O futebol brasileiro está se renovando, com novos nomes e
novas ideias
Espero
por mudanças na organização e nas eleições dos clubes, das federações e da CBF
Tostão,
Folha de S. Paulo
A
vacinação começou em outros países.
No Brasil, está confusa e atrasada. Lamentável a postura do governo federal.
Enquanto isso, aumenta o número de mortes. A vacinação é urgente.
Os
especialistas têm chamado a atenção para algumas pessoas infectadas, que tinham
poucos sintomas ou eram assintomáticas, e que, mesmo depois de curadas,
apareceram com alguns problemas. Os clubes deveriam ficar atentos, já que são muitos atletas que
contraíram a Covid-19.
Neste
domingo, pelo Brasileiro, é dia de clássicos, entre Corinthians e São Paulo e
entre Flamengo e Santos. Artilheiros estarão presentes, como Gabigol, Pedro e
Bruno Henrique.
Haverá gol de Brenner?
Ele é um jovem atacante, conciso, minimalista, rápido e preciso nas
finalizações.
Faz
também uma ótima parceria com Luciano. As duplas de atacantes, como as do São
Paulo e do Flamengo, que eram habituais no passado, estão, aos poucos, voltando
aos times brasileiros e de todo o mundo.
Em
algumas partidas, é nítida a enorme importância do treinador, na atuação do
time e nos resultados. No empate em 1 a 1 entre Grêmio e Santos, pela
Libertadores, o Santos foi melhor. Cuca foi certeiro ao pressionar e anular o
ponto forte do Grêmio, os armadores Maicon e Matheus Henrique.
O substituto do contundido Jean Pyerre, o meia chileno Pinares, em vez
de recuar para ajudar na armação das jogadas, atuou muito à frente. Quase não
pegou na bola. Pepê, melhor atacante do Grêmio, ficou também isolado, já que a
bola não chegava.
Noto que Jean Pyerre, com frequência, atua também mais adiantado, mais
perto do centroavante do que dos armadores. Em vez de esperar a bola, deveria
buscá-la mais, para, depois, avançar e finalizar. Jean Pyerre não é um meia
ofensivo nem um volante. É um meio-campista que faz muito bem as duas funções.
Ele une a lentidão criativa dos armadores do passado com a velocidade
operatória dos do presente.
Na coluna anterior, citei inúmeros jovens bons de bola do futebol
brasileiro, que são muito bem orientados por seus treinadores. Faltaram os
jovens de outras equipes, como Kaio Jorge, do Santos, que atua na seleção
brasileira sub-20. Cuca, apesar de algumas idiossincrasias, continua brilhante
no comando da equipe.
Pituca,
que não é mais tão jovem, cada dia está melhor. Ele, Daniel Alves, do São
Paulo, Gerson, do Flamengo, Zé Rafael, do Palmeiras, e Jean Pyerre (quando não
joga muito adiantado) são ótimos meio-campistas, que atuam de uma intermediária
à outra. Marcam, organizam e finalizam.
São
um tipo de jogador que havia desaparecido no futebol brasileiro, por causa da
divisão que houve no meio-campo, durante décadas, entre os volantes que marcam
e os meias que atacam.
Temos
hoje no futebol brasileiro vários jovens técnicos, atualizados, modernos,
eficientes, como Fernando Diniz,
Abel Ferreira, Rogério Ceni, além de outros mais experientes, como Cuca,
Sampaoli e Renato Gaúcho.
O
futebol brasileiro está se renovando, com novos nomes e novas ideias. Espero
que ocorram também mudanças na organização e nas eleições dos clubes,
das federações e da CBF, com a presença de profissionais competentes e
independentes.
Treinadores, dirigentes e
profissionais, de todas as áreas, envelhecem e são substituídos, uns antes dos
outros. Como analista, tento me atualizar, evoluir, não perder a gana e o
desejo, sem dizer "no meu tempo".
Tento
retardar o tempo.
Veja uma dica de leitura: Raimundo
Carrero https://bit.ly/3pCHkXY
Nenhum comentário:
Postar um comentário