PCdoB conclama trabalhadores à unidade, luta e esperança
No marco dos 400 mil mortos por
Covid-19 no país, contabilizados nesta quinta-feira (29), a presidência do
Partido Comunista do Brasil (PCdoB) ressalta, em nota, o cenário em que se
celebra o Dia Internacional dos Trabalhadores.
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No
Brasil, diz o documento assinado pela presidenta do PCdoB Luciana Santos, o
governo “ultraliberal” de Jair Bolsonaro empurra o país para uma grave crise
econômica e para um quadro de verdadeira tragédia social. “Cerca de 800 mil
empresas foram fechadas durante a pandemia e o Brasil voltou ao mapa da fome,
com cerca de 59% dos domicílios brasileiros com insegurança alimentar e 19,1
milhões pessoas não têm o quer comer”, destaca.
“Esse
cenário de ruína penaliza sobretudo a classe trabalhadora”, aponta a nota,
ressaltando o elevado número de desemprego que atinge a população, o aumento do
subemprego e da precarização do trabalho. “Entre os trabalhadores com idade de
18 a 24 anos, a taxa de desemprego é ainda mais elevada, chegando perto de 30%.
Segundo o IBGE, mais de 76 milhões de pessoas estão fora da força de trabalho”,
pontua o documento.
Para tanto, o
dia do trabalhador, celebrado no próximo sábado (1º/5), “deve ser marcado por
uma condenação veemente a esse cenário”. Neste sentido, defende o texto, é
preciso apoiar a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) aberta esta semana no
Senado, pois, segundo o documento, a análise do caso “pode aumentar o
isolamento de Bolsonaro e contribuir para desmascará-lo, comprovando e
demonstrando sua conduta criminosa e genocida”.
No documento,
o PCdoB saúda ainda a realização do Primeiro de Maio unitário, convocado pelas
Centrais Sindicais. “Valorizamos e estamos engajados nas jornadas de luta pelas
quatro bandeiras da unidade: Vacina Já para Todos, Auxílio Emergencial de R$
600,00, Defesa do Emprego e Ações de solidariedade”.
O texto
intitulado “Unidade, luta e esperança” aponta que mesmo “nesse momento difícil,
é preciso persistir no caminho da unidade e da mobilização para enfrentar essa
maré de retrocessos civilizatórios. Somente assim será possível manter a
esperança de que o mais breve quanto possível o país retomará o rumo do
crescimento, do desenvolvimento nacional e do progresso social”.
Primeiro de Maio: Unidade, luta e esperança!
A classe
trabalhadora celebra o seu dia internacional em meio a um cenário dos mais
adversos para os povos de todo mundo. Com a eclosão da pandemia da Covid-19, a
grande crise capitalista que se iniciou em 2007-2008 se agravou e se desdobrou
em várias faces. E, como sempre, pelo planeta afora, o peso dessa crise
múltipla está sendo lançado sobre os ombros dos trabalhadores e trabalhadoras.
A pandemia
atinge a todos, mas os dados mostram que são os trabalhadores os que mais
morrem. Há uma brutal concentração de vacinas nos países ricos – de acordo com
a Organização Mundial da Saúde (OMS), enquanto 87% dos vacinados são de países
ricos, nos menos desenvolvidos apenas 0,2% da população foi imunizada. A
pandemia vai pondo a nu a essência desumana e injusta do capitalismo.
Em contraste,
os países socialistas – como China, Vietnã e Cuba –, apoiados na ciência e na
mobilização de seus povos, enfrentam a pandemia com êxito e praticam ações de
cooperação e solidariedade com outros países, como é o caso da parceria entre o
Instituto Butantan e a empresa chinesa Sinovac para produção da vacina
Coronavac.
No Brasil, a
conduta criminosa de Bolsonaro resultou em elevar a pandemia à gravidade de
catástrofe nacional. Já são 400 mil mortes! E, tanto a média móvel de óbitos,
como de novos casos, embora em declínio, estão ambos num patamar alto. O Brasil
tem 2,7% da população mundial e atingiu 13,6% de todos os óbitos por Covid no
mundo.
Essa
catástrofe e o programa ultraliberal e neocolonial do governo empurraram o país
à uma grave crise econômica e a um quadro de verdadeira tragédia social. Cerca
de 800 mil empresas foram fechadas durante a pandemia e o Brasil voltou ao mapa
da fome, com cerca de 59% dos domicílios brasileiros com insegurança alimentar
e 19,1 milhões pessoas não têm o quer comer.
Esse cenário
de ruína penaliza sobretudo a classe trabalhadora. Além do desemprego, que tem
se mantido acima de 14% da população economicamente ativa, há o aumento
significativo de subempregos. É uma regressão sem precedente, resultando em
forte precarização do trabalho. Entre os trabalhadores com idade de 18 a 24
anos, a taxa de desemprego é ainda mais elevada, chegando perto de 30%. Segundo
o IBGE, mais de 76 milhões de pessoas estão fora da força de trabalho.
E a dupla
Bolsonaro-Paulo Guedes dobra a aposta na desastrosa política ultraliberal,
mantendo o teto dos gastos não-financeiros, cortando recursos do SUS, da
Educação e dos programas de habitação popular. Além disso, tem continuidade a
nefasta agenda de privatizações, como é o caso dos Correios e da Eletrobrás, e
anunciam uma dita reforma administrativa como parte do enfraquecimento do
Estado brasileiro.
O Dia
Internacional dos Trabalhadores deve ser marcado por uma condenação veemente a
esse cenário, com decido apoio à CPI da Covid-19 instalada no Senado Federal.
Essa CPI pode aumentar o isolamento de Bolsonaro e contribuir para
desmascará-lo, comprovando e demonstrando sua conduta criminosa e genocida.
O Partido
Comunista do Brasil (PCdoB), por meio da sua bancada na Câmara dos Deputados e
da atuação de suas lideranças sindicais, tem se destacado na luta contra essa
onda devastadora para os trabalhadores. A ação do Partido em defesa da unidade
de amplas forças políticas e sociais tem sido decisiva, por um lado, para
conter o golpismo de Bolsonaro e sua conduta irresponsável no enfrentamento da
pandemia, e, por outro, proporcionado êxitos importantes, como na aprovação do
auxílio emergencial de 600 reais, socorro a pequenas e médias empresas e
proteção ao emprego.
Para o PCdoB,
o papel da classe trabalhadora na luta contra o bolsonarismo e as investidas do
capital especulativo e dos rentistas contra os direitos do povo é decisivo. Sua
capacidade de resistência e atuação efetiva tem sido demonstrada
sucessivamente, especialmente nesse período de agravamento da crise. Nesse
momento difícil, é preciso persistir no caminho da unidade e da mobilização
para enfrentar essa maré de retrocessos civilizatórios. Somente assim será
possível manter a esperança de que o mais breve quanto possível o país retomará
o rumo do crescimento, do desenvolvimento nacional e do progresso social.
O PCdoB saúda
a realização do Primeiro de Maio unitário, convocado pelo Fórum das Centrais
Sindicais. Valorizamos e estamos engajados nas jornadas de luta pelas quatro
bandeiras da unidade: Vacina Já para Todos, Auxílio Emergencial de R$ 600,00,
Defesa do Emprego e Ações de solidariedade.
Igualmente,
destacamos a importância da defesa da democracia, constantemente ameaçada pelo
bolsonarismo. O regime democrático é fundamental para todo o povo, mas
sobretudo para a classe trabalhadora, porque é com o ar puro das liberdades que
floresce e cresce a luta política contra a exploração e se abre caminhos à
jornada por um novo projeto nacional de desenvolvimento como caminho brasileiro
para o socialismo.
Viva o
Primeiro de Maio, de unidade, luta e esperança!
Fora
Bolsonaro!
Recife, 29 de
abril de 2021
Luciana
Santos
Presidenta do
Partido Comunista do Brasil (PCdoB)
.
Veja: Três pontos sobre a CPI da Covid https://bit.ly/2P5l2AZ
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