Jornalismo é
paixão
Jéssica Barbosa*
“Porque o jornalismo é uma paixão
insaciável, que só se pode digerir e humanizar, mediante a confrontação
descarnada com a realidade. Quem não sofreu essa servidão que se alimenta dos
imprevistos da vida, não pode imaginá-la”.
Começo essa segunda-feira citando
Gabriel García Márquez, para falar que para ser um bom jornalista, você precisa
ser movido a paixões. Tem algo mais apaixonante do que conhecer pessoas e poder
contar suas histórias de vida? Mais emocionante do que usar a sua voz para dar
voz a essa gente muitas vezes esquecida? Na minha opinião não tem.
E tudo isso vem misturado à inquietação
de fazer a diferença, de contar o que ninguém quer que seja contado, de ir onde
ninguém teve coragem de ir.
A quem diga que o jornalismo é uma
paixão inconveniente. Aquela que a gente se envolve, quebra a cabeça, jura que
nunca mais vai querer, mas não consegue largar, sabe?
Já o jornalista Caco Barcelos diz que o jornalismo é uma profissão que combina mais com os poetas, com pessoas que gostam de outras pessoas, pois é fundamental ser apaixonado por gente, senão não dá certo. Eu concordo sem titubear.
Já fiz muitas pautas, escutei muitas
histórias, e na maioria das vezes foi inevitável
não mergulhar nelas.
Imparcial? Talvez eu devesse tentar ser um pouco, mas eu jamais deixaria de
admirar e torcer por Dona Maria, Seu Zé… pessoas que eu nunca imaginei conhecer
e que me ensinaram sobre como ser alguém melhor.
*Jéssica Barbosa é jornalista
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