Amplo leque de adversidades
De artigo de Luís Nassif no Jornal GGN (Xadrez da
Tempestade perfeita contra Bolsonaro) https://bit.ly/3gqN5p1, transcrevo:
Gradativamente, as magias de Bolsonaro e Guedes foram cansando por falta de inovação. Sempre a mesma coisa, Bolsonaro criando eventos para chocar e Guedes manipulando conclusões econômicas falsas. O avanço inexorável da realidade esvaziou ambos os discursos.
Agora se tem a derrota plena de Bolsonaro nas seguintes frentes:
·
perdeu a batalha
para o STF, depois de uma tentativa desastrada de tentar individualizar os
alvos – Luis Roberto Barroso e Alexandre de Moraes. Conseguiu a unanimidade do
Supremo em defesa dos seus.
·
O blefe do
impeachment de ambos os Ministros. Teve que voltar atrás na forma mais
atabalhoada possível: em uma mesma live, dizendo-se aberto para rever a ambos
e, ao mesmo tempo, reiterando as críticas. Um bufão!
·
O blefe da
intervenção militar, claramente exposto pelo cantor Sérgio Reis. Bolsonaro só
conseguiria mobilizar as Forças Armadas no bojo de grandes movimentações
populares em defesa do golpe. Não conseguiu uma coisa nem outra. Já Sérgio Reis
conseguiu um processo do qual não irá se livrar facilmente.
·
O blefe da ameaça
de Braga Netto ao Congresso. Teve que aceitar uma convocação para uma audiência
na qual ouviu de um deputado da oposição – Paulo Teixeira, do PT – que, se não
acatasse a Constituição, seria preso.
·
A total
desarticulação de Paulo Guedes com a reforma tributária, e tentando se
equilibrar entre o auxlio-emergência – essencial para a recondução de Bolsonaro
– e a Lei do Teto.
·
As declarações do
presidente do Senado, que desceu do muro para atacar as ameaças às eleições.
·
O cerco implacável
ao Procurador Geral da República Augusto Aras, obrigando-o a atuar com firmeza
na denúncia dos quadros bolsonaristas que ameaçavam manifestações no dia 7 de
Setembro.
·
Derretimento
gradativo de sua popularidade
Agora, o primarismo de Bolsonaro, que o habilita no
máximo a jogos de porrinha, terá que enfrentar um xadrez complexo.
Se avançar mais, será impichado.
Se não avançar, perderá sua base.
Não tem a menor condição de propor um pacto nacional,
por não ter dimensão política, nem credibilidade.
O pior é que, para ele, não há empate.
Sendo apeado do poder, será julgado, condenado e amargará prisão por seus
crimes. Não apenas ele como todos seus filhos.
Ele
não tem nem dimensão política para negociar uma lei da anistia, igual àquela
que preservou da Justiça militares sanguinários, que voltaram ao poder com ele.
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Veja: Um encontro entre velhos companheiros de luta https://bit.ly/3kbDHqq
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