Palavra de poeta: Chico de Assis
Cárcere infinito
Chico de Assis*
Não é comum
o cárcere onde me encontro
nem traz as grades férreas
do passado.
Ele remete às curvas
do presente que antecedem
as brumas labirínticas
do futuro.
Lá foi-se o tempo
de amor perene
esvaído em gotas
de dor recorrente.
Agora é tempo
de horror silente
em meio a trevas
que anunciam o sempre.
[Ilustração: Edvard Munch]
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