11 julho 2022

O presidente tem culpa

Quem promove a violência política no Brasil?

Luciano Siqueira

 

Durante toda a sua bisonha carreira o atual presidente da República sempre fez apologia da violência política.

Defensor persistente da ditadura militar, chegou a criticar aquele regime por ter matado “poucos” oponentes. Por ele, conforme disse em entrevista em programa de TV, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso deveria ter sido executado, assim como dezenas de notórios democratas.

Muitas imagens se fizeram de Bolsonaro empunhando metralhadora como símbolo de sua campanha eleitoral à presidência da República.

Seus filhos, identificados por números, são igualmente contumazes apologistas da violência.

A retórica odiosa do bolsonarismo, embora mencione frequentemente uma falsa defesa da liberdade de expressão, costuma convocar seus seguidores a atacar supostos ou verdadeiros inimigos políticos de modo a não apenas derrotá-los, mas destruí-los.

Veja: Bolsonaro age como derrotado https://bit.ly/3wzziDL   

E na cantilena presidencial focada em conturbar e confundir o processo eleitoral que se avizinha, o uso da violência por supostos

Nessas circunstâncias, o assassinato de um dirigente municipal petista por um bolsonarista notório, em Foz do Iguaçu, se insere dramaticamente no contexto dos ataques as instituições e do estímulo à violência política que a nação ouve, quase que diariamente, na voz do próprio presidente da República.

Assim, no ambiente de consternação e fundados receios, Bolsonaro sequer foi capaz de pronunciar uma frase mínima que fosse de primária sensatez.

E quanto mais as pesquisas eleitorais vão consolidando forte tendência a uma vitória da oposição através da eleição do ex-presidente Lula, mas desesperado e sem controle se faz o presidente, com rebatimento direto sobre sua base radicalizada e inconsequente.

É absolutamente necessário que se ampliem as vozes em defesa da liberdade e da democracia, contra a violência política e pela da lisura do pleito em respeito à vontade soberana do eleitor.

Mais do que nunca é preciso deter as nefastas forças da barbárie.

[Ilustração: Aroeira]

Veja: O inferno astral de Jair Bolsonaro https://bit.ly/3Pf8TTy

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