Bananinha e a irracionalidade antidemocrática bolsonazista
Enio
Lins, tribunahoje.com
Seria
coisa de somenos importância per si, mas merece atenção redobrada a escapulida
do famigerado Dudu Bananinha, o tal zero-três, para o bem-bom no Qatar,
enquanto a torcida patriotária se lasca defronte aos quartéis.
Dudu Bananinha se evadiu
das zonas de mimimi contra a derrota do pai, o meliante zero-zero, e
foi curtir a Copa. Qual o problema disso? Só um: As tropas patriotárias,
organizadas e incentivadas pela familícia Bozonazi, estão relinchando e dando
coices em frente aos quartéis e tumultuando nas estradas há 32 dias, sem
intervalos, levando chuva e sol. E alguém (quem??) passou para essa boiada a
ordem-unida de que ficasse firme no posto e não podiam sequer torcer para a
seleção brasileira!! Aí, do nada, aparece o zero-três, sorridente e enganchado
com uma bela moça (esposa dele, se supõe), a 11.690 quilômetros de sua base de
luta, a Câmara dos Deputados.
Aí a merda virou boné
verde-amarelo. Bananinha foi descascado pelo esgoto
bolsominion, e para tentar fugir da bananosa, deu a seguinte justificativa:
tinha ido até o Qatar para levar uns pen-drive com relatórios sobre “a bagunça
que está o Brasil hoje”. Ora, a internet deixou de funcionar? E, se era para
divulgar, pra que viajar em segredo? Uma imbecilidade sem tamanho. E o pior, o
mais ridículo e dramático, é que existe quem acredita nessa “explicação”.
Esse fato patético tem
seu perigo, pois comprova a alienação radical que atinge uma
parcela considerável do povo brasileiro. É fato que o gesto do Bananinha gerou
alguma revolta no rebanho, mas os poucos mugidos não demonstram nada além de
chateação com o tour de zero-três; a maioria esmagadora do gado, em relação a
essa prova de picaretagem política da liderança, apenas tuge dentro do curral.
Defronte aos quartéis
seguem montados os circos pró-ditadura e, em vários pontos estradas
Brasil afora continuam atuantes os bloqueios terroristas, causando prejuízos e
afrontando abertamente a Lei e a Ordem. Bloqueios esses que contam com a
leniência, quando não apoio, de parte das autoridades policiais. Assim, o crime
organizado avança, alardeando sua disposição de desrespeitar o resultado das
eleições presidenciais de 2022.
Nesse cenário bizarro, a ida de um membro da família irreal à Copa do Mundo
revela mais um pouco sobre a política de pantomimas, a decadência moral, a
irracionalidade, além do vezo antidemocrático que contamina significativa
parcela do eleitorado brasileiro.
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