Um terrorista bolsonarista e os mortos-vivos do bolsonarismo
Enio Lins,
www.eniolins.com.br
Desmontada
na véspera de Natal, a tentativa bolsonarista de um atentado
terrorista em Brasília comprova a essência criminosa do movimento criado em
torno de Jair B. Conforme amplamente reportado pela mídia convencional e pelas
redes sociais, a Polícia Civil do Distrito Federal identificou e frustrou a
ação de terror que havia montado uma bomba acoplada a um caminhão de
combustível.
Principal acusado e preso pela PCDF, George Washington de Oliveira Sousa, 54
anos, é identificado ora como “empresário” e ora como “gerente de um posto de gasolina”,
e declarou em depoimento à polícia que teria investido “mais de R$ 170 mil com
a compra de armamentos e munições que seriam usados na explosão de uma bomba na
área do Aeroporto Internacional de Brasília”.
Causar pânico, mortes, e com isso gerar um clima propício para a decretação do
Estado de Sítio, pretendendo daí uma intervenção militar e, como consequência,
a permanência de Jair B na presidência – era a meta. Uma maluquice criminosa,
doidice assassina, urdida no acampamento bolsonarista montado defronte ao
Quartel-General do Exército em Brasília.
Esse bolsonarista, George Washington, deixou o que quer que estivesse
fazendo no estado do Pará e se mudou para um acampamento circense de
bolsonaristas há meses, e sua confissão, depois de preso, revela pistas e
interrogações importantes. Estão à espera de repostas questões como a origem do
dinheiro (seria mesmo da conta do terrorista detido?) e quem mais participou da
tentativa terrorista.
Supostamente chorando sem parar há 60 dias, o “mito”, Jair B – o “Führer”
inconteste e inspirador do movimento que, desde 30 de outubro, transformou as
portas dos quartéis em picadeiro –, nada falou sobre essa tentativa de ato
terrorista em seu benefício. Mais um momento de silêncio eloquente e cúmplice.
Por falar nisso, o GSI do general Helenão falou algo sobre esse plano de
explodir a segurança institucional do País?
Enquanto isso, um sem-número de bolsonaristas segue como zumbis de
filme B perambulando para além dos bloqueios nas vias públicas e/ou defronte às
instituições militares, autoexistindo num mundo morto, numa bolha de
irracionalidade que teima em unir milhões de pessoas espalhadas por todo Brasil
e que tolera todo tipo de explicação e justificativa, por mais insólita que
seja, desde que seja em defesa do famigerado mito. Esse é o perigo real,
evidência de um retrocesso civilizatório e moral que contamina parte do povo
brasileiro. Essa é a bomba mais difícil de desarmar.
O
múltiplo tempo presente https://bit.ly/3Ye45TD
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