O bolsonazismo não acabará em 1º de janeiro
Enio Lins, www.eniolins.com.br
Nas suas
derradeiras 24 horas, o desgoverno bozonazi não pode ser considerado, nem
tão-cedo, como uma múmia de museu. O bolsonarismo é um vírus resiliente por
corresponder ao que de pior existe na humanidade, tem ressonância no âmago de
milhões de pessoas, independentemente do que o famigerado mito diga, ou faça. O
bolsonarismo é o penico da alma, está sempre cheio de dejetos, e a coprofilia é
fenômeno real.
É erro de avaliação julgar o bolsonarismo em crise porque o mito está em
crise e se esvai em lágrimas há 60 dias. O bolsonarismo não está depressivo nem
verte uma lágrima sentida, e sim se dedica há sessenta dias a fazer o mal, a
prejudicar o próximo, a melar a imagem do país. O bolsonarismo trabalha pela
subversão, espalha a indisciplina nos meios militares, afronta a hierarquia,
tenta destruir o Estado de Direito Democrático.
Corrente de posicionamento de extrema-direita, o bolsonarismo se apoia mais no crime
organizado que em quaisquer teorias. Nem o finado Olavo de Carvalho,
pseudointelectual, doutor da ignorância e das frases-feitas, jogou papel
realmente importante no pensar do rebanho do Jair, nem no raciocínio do próprio
mito ou dos mitos-juniores. Pensar não é a praia deles. Teorias existem por lá,
sim, mas são supérfluas, vale mesmo a garantia de privilégios, grana no bolso e
impunidade.
Esses valores do bolsonarismo seguem firmes, unindo numa corrente de ação muita gente
espalhada por todos os cantos do País. Essa teia do mal não vai se desfazer com
a posse de Lula e Alckmin no primeiro dia de 2023. O espectro do crime
organizado, o terror e a covardia bolsonarista seguem à espreita, prontos para
um bote. Nunca imaginem que a guerra contra o golpismo e o autoritarismo
acabou. Não confundam a faixa verde-amarela cingida por Luiz Inácio Lula da Silva
como o resultado de um campeonato ganho e findo. A luta continua e, talvez, num
patamar mais perigoso ainda.
Um dos pilares do bolsonarismo, o principal deles, é a impunidade. Ser impune é coluna de
sustentação do rebanho do Jair, montada em paralelo com o pilar da covardia. A
pilastra da impunidade precisa ser a primeira a ser quebrada, e imediatamente,
pois quanto mais tempo se mantenha em pé, mais males o bolsonazismo causará ao
País. A punibilidade precisa abrir as asas sobre as mentes pensantes e mãos
executantes dos crimes urdidos por, e em prol de, Jair B.
Verso e reverso do que acontece
https://bit.ly/3Ye45TD
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