As muitas coisas que
não sei
Luciano Siqueira
Aqui em Itamaracá, em
nossas curtas férias anuais de apenas cinco dias, rola animada conversa com
familiares e amigos acerca das muitas coisas e fatos da vida que uns sabem,
outros não.
Bebidas, por exemplo.
A variedade é tão imensa que mesmo um cidadão que bebe pouco mas presta atenção
ao tema, como eu, conhece muito menos do que imaginava.
Bebidas originais e
suas combinações em coquetéis diversos.
O mesmo ocorre acerca
dá imensa e variada produção musical neste nosso imenso país continental,
muitas vezes — no meu caso — porque preferências pessoais terminam me levando
para um espectro de gueto, onde cabem a Bossa Nova, a MPB que a ela se seguiu,
jazz, música romântica francesa e italiana, coisas do Nordeste a partir de Luiz
Gonzaga e alguns clássicos.
Muito pouco,
reconheço, tamanha a imensidão do que gênios de toda parte têm produzido ao
longo de décadas, considerando o meu tempo de vida; Desde séculos, desde que os
seres humanos passaram a pensar e a usar a linguagem.
Para espanto de
todos, confessei que ao ouvir no rádio do carro a notícia da morte de Marília
Mendonça em desastre aéreo senti-me verdadeiro alienado, pois jamais ouvira
falar da tão prestigiada cantora.
Pior: pedi que me
explicassem como proceder para transitar pela cidade em ônibus das linhas
convencionais. Há pelos menos umas quatro décadas não uso o transporte
coletivo, sem contudo nenhuma vergonha por isso. Mas não deixa de ser um
embaraço em caso de emergência.
Nem tanto, logo me
explicaram. A condição de idoso me confere o privilégio da tarifa zero...
Mas me aflige a
sensação de que encerro o tumultuado ano de 2022 com a dolorosa consciência de
que não sou um cidadão tão bem informado quanto imaginava.
O mosaico da vida que segue https://bit.ly/3Ye45TD
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