Estranheza
Taciana Valença*
Há um quê de estranheza,
sem foco ou nitidez.
Sobreaviso.
Tatear no vácuo.
Algo sem solidez.
Um talvez.
Irrevelado, velado.
Sem relevância?
Mudança de itinerário
misturada ao vestígio
dum soneto sem memória
adoçando café quase amargo.
Beber num só gole,
num só trago.
Engolir a seco
o que resvalou.
Há um quê de estranheza
nas tardes vencidas,
no copo engaiolado
medindo o que sobrou.
[Ilustração: Amedeo Modigliani]
*Poeta, editora da revista Perto de Casa
A gente se
encontra em várias trincheiras https://bit.ly/3vhYCww
Um prazer estar no seu Blog, Luciano. Muito obrigada. Um abraço.
ResponderExcluirUma grande poeta!
ResponderExcluirUma honra ter um poema meu em seu Blog, Luciano. Um grande abraço.
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