Bolsonarismo físico e
virtual
Luciano Siqueira
Uma rápida olhada em
jornais e sites me permite julgar que a partir da dissolução do acampamento de
bolsonaristas diante do QG do Exército, em Brasília, nos dias que seguem veremos a dispersão desse tipo que ajuntamento pelo país afora.
Acampamentos "físicos",
digamos assim, que produziram imagens patéticas registradas pelas redes de TV e
plataformas digitais, saem de cena.
Porém os acampamentos
"digitais", alimentados diuturnamente por fake news, certamente se
manterão por um tempo que não é fácil prever.
Isto como expressão
do movimento de extrema direita que logrou vencer o pleito presidencial de 2018 e perdeu
agora em 2022, mas continua ostentando uma força real que, por enquanto, não se
pode subestimar.
O novo governo Lula,
iniciado ontem com muitos atos e mensagens de grande significância, certamente
será o principal instrumento do desmonte gradativo dessa rede de acampamentos
"digitais", que vive em realidade paralela.
Fatos que
verdadeiramente impactem a vida de milhões e o confronto no terreno das ideias
— paciente, esclarecedor e convincente — serão decisivos para virar essa página
tão trágicomica quanto ameaçadora da democracia em nosso país.
Leia também: Suplantar a cultura do ódio é uma luta de longo curso https://bit.ly/3Us8tfj
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