21 de junho: em 1662, padre Antônio Vieira é julgado pela Inquisição
Enio Lins www.eniolins.com.br
21 de junho de 1662 – O padre Antônio Vieira é levado ao tribunal da Santa Inquisição, sob acusação de defender judeus e de acreditar no Sebastianismo (mito popular sobre o retorno de Dom Sebastião, monarca português sumido em batalha no ano de 1578).
Considerado um dos maiores oradores de todos os tempos, Antônio Vieira nasceu em Portugal, em 1608. Seu pai, Cristóvão Vieira, foi enviado ao Brasil como escrivão, em 1614, e quatro anos depois mandou buscar sua família. Desde os dez anos, portanto, Antônio vivera e crescera no Brasil, onde estudou se tornou padre. Mais tarde, voltou à Europa onde prosseguiu brilhante carreira não só em Lisboa, mas outras cortes também.
Diz-nos a Wikipédia: “António Vieira defendeu os judeus, a abolição da distinção entre cristãos-novos (judeus convertidos a força ao catolicismo, perseguidos e exterminados pela Inquisição) durantes mais de 300 anos e cristãos-velhos (aqueles cujas famílias eram católicas há gerações), e a abolição da escravatura. Criticou ainda severamente os sacerdotes da sua época e a própria Inquisição”.
Depois de dois anos de julgamento, Vieira foi condenado a uma espécie de prisão domiciliar, ficando três anos detido em conventos, entre 1665 e 1668, até receber o perdão das penas. Livre, não se acovardou, seguiu com suas lutas na Europa até 1681, quando, doente, voltou para o Brasil. Morreu em Salvador, Bahia, no dia 18 de julho de 1697.
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