O Banco Central não é nenhuma vestal
Luciano Siqueira
Em torno da decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que ontem promoveu nova redução na taxa SELIC de 13,25% para 12,75% ao ano, a grande mídia pró-rentismo se apressa em enaltecer o Banco Central como guardião do equilíbrio fiscal.
Pouco importa aos arautos do capital financeiro se os juros continuam impeditivos de novos e consistentes investimentos produtivos.
No setor industrial, entre o risco de empreender e a aposta na bolsa, a segunda alternativa parece ainda prevalecer.
Não se trata de meros artifícios contábeis — usemos essa expressão para simplificar o argumento —, e sim superproteção aos grandes detentores de títulos da dívida pública.
Enquanto isso, embora seja possível anotar leves melhoras, a nação segue patinando diante do ingente desafio de ofertar mais empregos com carteira assinada, elevar a renda média dos trabalhadores e expandir o consumo.
A CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil) e congêneres mantêm a bandeira da redução da taxa básica de juros e prometem redobrar a pressão sobre o Banco Central.
Que eu façam. Em defesa do Brasil.
O mercado não é tudo https://bit.ly/3Ye45TD
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