Nota da Comissão Política do PCdoB diz: “O povo palestino merece paz”
Manifestação de solidariedade se estende a todas as vítimas do conflito, israelenses e palestinas, mas Comissão destaca “não igualamos as responsabilidades”
Murilo da Silva/Vermelho
A escalada da tensão entre Palestina e Israel ganhou novos capítulos neste final de semana. O avanço israelense sobre o território palestino em oposição aos acordos estabelecidos levou à eclosão do atual conflito.
Neste sentido, a Comissão Política Nacional do PCdoB divulgou nota em que condena os ataques realizados por determinação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra a Palestina. A Comissão manifestou solidariedade em pé de igualdade com todas as vítimas desta escalada, israelenses e palestinas, mas lembra que as responsabilidades para o atual cenário não são iguais, uma vez que Israel não respeita as fronteiras estabelecidas em acordos internacionais.
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Na nota ainda é colocado que para se estabelecer paz na região é preciso a solução dos dois Estados, israelense e palestino, em convivência respeitosa. Dessa maneira, é fundamental um Estado Palestino viável, em respeito às fronteiras de 1967 e tendo como capital Jerusalém Oriental.
Confira a nota da Comissão Política Nacional do PCdoB na íntegra:
O povo palestino merece paz
O PCdoB condena os ataques realizados por determinação do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, contra a Palestina, como resposta ao contra-ataque, organizado pelo Hamas, a partir da Faixa de Gaza, nas últimas horas, e que atingiu áreas civis e militares.
Lamentamos e nos solidarizamos igualmente com todas as vítimas desta escalada, israelenses e palestinas, mas não igualamos as responsabilidades.
Esta guerra já está em curso há muitos anos e há três décadas os palestinos fizeram concessões importantes, nos chamados Acordos de Oslo, nunca cumpridos por Israel, que garantiam negociações pacíficas como caminho para o estabelecimento de um Estado Palestino independente, com fronteiras internacionalmente reconhecidas.
De lá para cá, não apenas tal promessa foi esquecida como o pouco que restava do território palestino foi sendo ocupado por assentamentos ilegais promovidos pelo Estado israelense, diante da inércia das Nações Unidas.
Tal inércia continuou diante dos cotidianos ataques e humilhações que a população palestina sofre em seu dia a dia, incluindo uma rotina de bombardeios e incursões militares.
A única maneira de construir a paz na região é a solução dos dois Estados, israelense e palestino, em convivência respeitosa. Para isso é necessário avançar no estabelecimento de um Estado Palestino viável, com as fronteiras de 1967 e tendo como capital Jerusalém Oriental.
O Brasil, como atual presidente do Conselho de Segurança da ONU, possui papel importante e prontamente convocou uma reunião de emergência com menção à solução dos dois Estados.
Sair do imobilismo e buscar propostas para a paz devem ser os objetivos a serem perseguidos no imediato momento.
Comissão Política Nacional do PCdoB
A paz como subproduto da guerra https://bit.ly/3Ye45TD
Camarada e grande líder, Luciano Siqueira, seguindo alguns teóricos, temo que já não seja mais possível a criação de dois Estados. Gaza está espremida entre o mar e o deserto e sem autonomia de água, luz e comida, para 2,2 milhões d3 Palestinos. Já a Cisjordânia é um emaranhado de queijo suíço, com 2,5 mil assentamentos de colonos judeus. Sou pela construção de um Estado Multinacional, com um homem, um voto. Uma mulher, um voto.
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