Luciano Siqueira
Felizes eram todos os da minha geração que, por décadas, só tínhamos conhecimento dos atributos deste ou daquele produto através de spots nas emissoras de rádio ou em álbum de figurinha ou ainda nas famosas estampas Eucalol.
Ou ainda em anúncios em revistas e jornais.
Depois, com o advento da televisão, inicialmente ao vivo e posteriormente em vídeos e filmetes previamente gravados, todo intervalo virou mercado persa, tal o volume de produtos e serviços anunciados.
Nos streamings, idem.
Em podcasts, enchem o saco do ouvinte.
E, já faz algum tempo, na tela do computador ou do smartphone virou um inferno.
Uma vez algoritimizado, o usuário de qualquer serviço que envolva algum procedimento eletrônico torna-se vítima de anúncios tão persistentes quanto chatos.
Semana passada, desgraçadamente, com leve toque na tela do smartphone baixei um aplicativo sem querer, e anúncios repetitivos e enervantes do Nubank e da Magalu (Magazine Luiza) me tiraram do sério a todo instante!
(Não fosse a espertise e a solidariedade do meu genro Alexandre ainda estaria sofrendo).
O Nubank eu já o tenho como inimigo figadal, como todo banco privado do mundo — essa instituição que afere lucros astronômicos através da usura e inibe investimentos produtivos.
Do Magazine Luiza confesso que nutro certa simpatia — embora jamais tenha feito alguma compra em uma de suas lojas —, em razão da liderança progressista da dona Maria Luiza Trajano.
Mas, por causa do torturante anúncio, manterei distância por tempo indeterminado.
O pior é que esse instrumento eletrônico de tortura — anúncios repetitivos e enervantes — deve mesmo dar resultado, ampliando o leque de vítimas consumidoras. Do contrário já teriam desaparecido da cena cibernética da qual somos todos partícipes ativos ou involuntários.
A realidade é furta-cor https://bit.ly/3Ye45TD
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