John Waine, eu, hein?
Luciano Siqueira
Taxista em geral é bom de conversa — embora haja também uma parcela de sisudos, calados ou monossilábicos.
Ontem, um dos loquazes me recebeu com um cumprimento:
— O senhor parece John Wayne!
— Não creio. Ele tinha quase dois metros de altura, era fisicamente pesado e eu não passo de 1,72 m e de pouco mais de 70 kg.
— Eu digo aquele do cinema americano, o senhor lembra?
— Pois é dele que eu falo, não tenho a menor semelhança física!
— Mas é o jeito de falar...
— Ora, amigo, ele falava inglês, eu falo esse português meio arrastado.
— Isso, é esse jeito mesmo!
Calei-me sem obviamente consentir, claro. Só pode ser muita criatividade na tentativa de agradar (sic) o passageiro.
Do ator Marion Robert Morrison (nome artístico John Wayne) creio que só vi "No tempo das diligências", o que me faz sentir descuidado, pois até que assisti muitos outros clássicos do faroeste norte-americano.
O grandalhão John Wayne estrelou vários e, se não me engano, chegou até a receber o Oscar de melhor ator.
Mas, por que diabo o taxista lembrou exatamente de um ator do passado, falecido em junho de 1979, na tentativa frustrada de me agradar?
Não sei, nem perguntei. Não me interessou. E foi uma corrida tão rápida que nem daria tempo.
Felizmente.
Eu, hein?
Araruta tem seu dia de mingau https://bit.ly/3Ye45TD
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