Escolha de ministro é coisa séria
Uma vez Flávio Dino indicado pelo presidente Lula para o STF, de pronto se especula sobre quem deve substituí-lo no Ministério da Justiça.
Palpites diversos convivem com uma grande bobagem: a enquete feita pela TV 247 segundo qual Marco Aurélio de Carvalho, coordenador do grupo Prerrogativas — que reúne advogados de alta competência e viés progressista, seria o preferido pela maioria dos expectadores.
E o que isso a ver com as calças?
Não se deve questionar este ou outro nome igualmente qualificado. Nem especulações que circulam nos meios políticos e na mídia.
O palpite é livre e democrático.
Mas não faz sentido nenhuma tentativa de pressionar o presidente da República pela nomeação deste ou de outra ilustre figura dos meios jurídicos.
O cargo de ministro é de absoluta confiança do governante, que embora leve em conta diversas variáveis de caráter político e técnico, há de ter a liberdade de escolha.
Lembro de Miguel Arraes, quando eleito governador de Pernambuco pela segunda vez. Ao lhe informar que na área da saúde se ensaiava um movimento pela escolha de um nome para a Secretaria correspondente, ele me respondeu taxativo:
— Quem escolhe secretário é o governador, que tanto nomeia como demite, quando é o caso.
Estava certo. Mesmo sendo sensível ao respaldo social de técnicos que escolheria para o seu primeiro escalão.
Imagine agora se Lula resolvesse a substituição de Flávio Dino mediante pesquisa de opinião ou algo semelhante!
Já são tantos os desafios políticos no esforço de viabilizar a agenda da reconstrução nacional, por que ainda inventar esse tipo de pressão sobre o presidente da República?
Governo Lula 3 sobre terreno minado https://bit.ly/46yge8V
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