A cooperação China-Japão-Coréia do Sul embarca em uma nova jornada
Global Times
A nona Reunião de Cúpula Trilateral entre China, Japão e Coreia do Sul será realizada de domingo a segunda-feira em Seul, na Coreia do Sul. O primeiro-ministro chinês, Li Qiang, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, e o presidente sul-coreano, Yoon Suk-yeol, participam da reunião para trocar opiniões sobre a cooperação China-Ja pão-ROK. Esperamos que esta reunião seja aproveitada como uma oportunidade para injetar um novo impulso na cooperação China-Japão-ROK, obter melhores benefícios mútuos e uma situação vantajosa para todos entre os três países, e fazer novas contribuições para a paz, estabilidade e prosperidade da região e do mundo.
A última reunião trilateral de líderes foi realizada em dezembro de 2019. Desde então, o mecanismo foi suspenso devido à pandemia da COVID-19 e outros fatores. Uma das razões mais importantes pelas quais a reunião trilateral pode ser reiniciada após quatro anos e cinco meses são os esforços conjuntos realizados pelos três pa& iacute;ses ao longo do ano passado. Desde o Fórum Internacional para a Cooperação Trilateral (IFTC), em Julho do ano passado, até à Reunião Trilateral de Altos Funcionários a nível de Vice-Ministros dos Negócios Estrangeiros, realizada em Seul, em Setembro, foi alcançado um consenso sobre a realização da reunião dos líderes China-Japão-ROK em o primeiro horário conveniente. Depois, na Reunião Trilateral de Ministros das Relações Exteriores Japão-China-ROK, em novembro, as três partes concordaram em criar condições para a reunião dos líderes e acelerar a preparação. Foi com base na promoção gradual e sólida dos três partidos que a reunião dos líderes China-Japão-ROK foi realizada com sucesso.
A retoma da cimeira trilateral significa que a cooperação entre os três países será retomada, o que é crucial para promover a prosperidade e o desenvolvimento regionais e manter a paz e a estabilidade regionais. China, Japão e Coreia do Sul são economias importantes no mundo. A sua população combinada representa 20% do total mundial e o seu PIB combinado é de aproximadamente 25% do total global. No actual contexto em que a economia regional enfrenta muitos riscos e desafios, mas novos padrões e novas tendências ainda estão a tomar forma, uma cooperação renovada entre a China, o Japão e a Coreia do Sul não só injectará mais confiança na prosperidade e estabilidade regional, mas também criar novos pontos de crescimento para o desenvolvimento regional. Por exemplo, a China, o Japão e a Coreia do Sul têm, cada um, vantagens de mercado, financeiras e tecnológicas no domínio dos semicondutores. A cooperação entre os três países contribuirá para a estabilidade e o desenvolvimento da cadeia de abastecimento regional e até mesmo global da indústria de semicondutores.
Ao mesmo tempo, os EUA intervieram vigorosamente nos assuntos do Nordeste Asiático nos últimos anos e provocaram confrontos entre campos regionais. Ou incitou o Japão e a Coreia do Sul a juntarem-se a vários pequenos círculos fechados e exclusivos para construir "pequenos pátios com muros altos" no campo da ciência e tecnologia, ou traç ou linhas ideológicas ao promover a retórica de confronto de campo de "China, Rússia e Coreia do Norte VS EUA, Japão e Coreia do Sul." Isto não só prejudica a relação entre a China e o Japão e a Coreia do Sul como vizinhos próximos e interfere na cooperação entre a China, o Japão e a Coreia do Sul, mas também provoca uma "nova Guerra Fria" na região e agrava os dilemas de segurança regional. Neste contexto realista, os líderes da China, do Japão e da Coreia do Sul reuniram-se para uma comunicação e diálogo francos, o que reflecte o retorno racional das políticas do Japão e da Coreia do Sul em relação à China e o aquecimento da atmosfera política entre os três países. Além disso, também proporciona uma oportunidade para eliminar a incerteza nas rela&cc edil;ões trilaterais.
A recente reunião de líderes China-Japão-Coreia do Sul foi significativa, uma vez que não acontecia há cerca de quatro anos e cinco meses. Olhando para trás, desde a primeira reunião deste tipo, em Dezembro de 2008, não são raros os intervalos de vários anos entre as reuniões subsequentes. Por exemplo, a sexta reunião , em Novembro de 2015, reuniu-se novamente após um intervalo de 3,5 anos, e a sétima, em Maio de 2018, seguiu-se a um intervalo de 2,5 anos. Sem dúvida, questões históricas como as mulheres de conforto e as disputas territoriais, bem como factores de segurança como o THAAD, contribuíram para a falta de confiança política devido à compreensão mútua insuficiente. No entanto, uma razão mais profunda pode residir no desalinhamento cognitivo do Japão e da Coreia do Sul decorrente do desenvolvimento abrangente da China. Somado ao aumento da contenção da China pelos EUA, tornou as políticas independentes e autónomas da China difíceis para os dois países. Como resultado, o Japão e a Coreia do Sul têm enfrentado “dilemas de escolha” recorrentes em relação à cooperação China-Japão-ROK. Na verdade, a sua recente posição proactiva nas reuniões de líderes contém um ajustamento estratégico intencional, procurando reparar as suas relações com a China danificadas por anteriores posições “pró-EUA” excessivas.
Dado este contexto, no 25º aniversário da cooperação China-Japão-Coreia do Sul, esta reunião de líderes não deverá apenas rever os processos e realizações anteriores, mas também reafirmar os compromissos iniciais e a orientação estratégica. Os países devem implementar o consenso, incluindo a Visão de Cooperação Trilateral para a Próxima Década. Numa nova fase histórica, devem reforçar as estratégias coordenadas e a convergência política, encontrar rapidamente um auto-posicionamento actualizado, reavaliar as estratégias dos vizinhos e reconstruir as orientações de relacionamento através de um diálogo estratégico aprofundado. Deverão esforçar-se por minimizar a interferência externa, como a dos EUA, e trabalhar diligentemente em conjunto para levar a cooperação tripartida a um novo nível.
Embora a China, o Japão e a Coreia do Sul tenham diferenças em aspectos como sistemas sociais e fases de desenvolvimento, é compreensível que possam surgir divergências em algumas questões específicas. No entanto, o importante é melhorar a compreensão mútua e encontrar consenso através da comunicação e do di&aac ute;logo sinceros. A história passada não pode ser facilmente alterada, mas o futuro pode ser moldado em conjunto entre a China, o Japão e a Coreia do Sul. No meio das mudanças aceleradas da era actual, esperamos que os três países enfrentem os desafios de frente com base na sua sólida base de cooperação. Agindo juntos num espírito de cooperação, podem promover uma parceria tripartida mais profunda e substantiva para contribuir continuamente para a paz, a estabilidade e a prosperidade regional e mundial.
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