Entre a tecnologia e a
convivência
Luciano Siqueira
Ontem, na terceira mesa de debates do ciclo “Desafios
Urbanos” - iniciativa conjunta da seção estadual da Fundação Maurício Grabois e
do mandato da vereadora Cida Pedrosa (PCdoB-Recife) -, que abordou o tema “A
quem servem as novas tecnologias?”, veio à tona a aplicação da tecnologia de
ponta no disciplinamento do trânsito e na segurança dos pedestres.
A amiga Alice Alcântara – que participou através do chat do
YouTube – manifestou sua inquietação diante do problema.
Guiherme Calheiros, do Ministério da Ciência, Tecnologia & Inovação, e a própria Cida Pedrosa, fizeram considerações teóricas e práticas sobre o assunto, convincentes, esclarecedoras.
O desafio é implementar instrumentos
tecnológicos e práticas pedagógicas no ambiente de nossas cidades – o que implica
decisão política, recursos financeiros e mobilização social.
O tema tem enorme relevância.
Em maio de 2011, a ONU
instituiu a primeira Década de Ação para Segurança no Trânsito, valendo-se de
dados da OMS que, já em 2009, registrava 1,3 milhão de mortes por acidente de
trânsito e aproximadamente 50 milhões de pessoas com sequelas em 178 países.
No Brasil, pelo décimo ano consecutivo, realiza-se o Maio Amarelo, iniciativa do Observatório
Nacional de Segurança Viária, mirando uma complexa e aparentemente difícil cultura
de paz na qual pedestres, ciclistas, motoristas e motociclistas ocupem as vias
públicas de forma segura e mutuamente respeitosa.
Nada simples.
Inclusive porque a vida nas
cidades médias e grandes é marcada por uma espécie de adoecimento emocional e
psicológico coletivo, em que a ansiedade e a intolerância se ressaltam.
Tudo a ver com o drama social
da terceira década deste século XXI, subproduto das transformações no mundo do
trabalho, no modo de vida das pessoas e na crescente exclusão das maiorias populacionais da produção, do
consumo e de novas oportunidades.
Portanto, complexa e oportuna bandeira de luta.
Veja: https://www.youtube.com/watch?v=m3IMHhPlFnw//bit.ly/3Ye45TD
Esse é um tema que vejo com preocupação devido ao elevado número de sinistros, à insegurança decorrente da má educação no trânsito e aos fatores sociais nos quais isso impacta, tais como o menor número de pedestres, ciclistas que NAO sejam entregadores e uma população mais sedentária e com a saúde comprometida.
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