Nós e os orangotangos
Luciano Siqueira
Procurando me manter bem informado, visito diariamente várias publicações na internet — a começar do portal Vermelho www.vermelho.org.br até o da BBC e o do Le Monde Diplomatique, passando pelos principais jornais e sites de opinião do país.
Sempre com foco na cena política, obviamente.
Mas, aqui e acolá, permito-me a distração de notícia (para mim) inusitada.
E é assim que hoje fico sabendo que um orangotango de Sumatra, na Indonesia, foi flagrado por cientistas ao se automedicar com uma pasta feita de plantas diversas para curar uma ferida no próprio rosto.
Vida consciente na selva!, anoto cá com meu teclado.
A matéria assinada pela repórter Georgina Rannard, da BBC, assegura que é a primeira vez que uma criatura selvagem é flagrada nesse mister.
Mais: a tal ferida cicatrizou em um mês!
Uma evidência a mais de que nós humanos e os ditos orangotangos somos originários de um mesmo ancestral.
Ou seja, somos parentes próximos — apenas diferenciados por distintas capacidades que desenvolvemos muito mais, para o bem ou para o mal, do que nossos primos que seguem morando nas árvores.
Não sou da área, obviamente, mas bem gostaria de os observar cientificamente no intuito de comprovar o que me parece muito sério: eles, os selvagens, brigam entre si muito menos do que nós humanos hoje organizados em nações e grupos de interesse e separados por divergências e ambições que nos envolvem agora, sobre a face da Terra, em pelo menos dez guerras e dezenas de conflitos locais.
Uma constatação óbvia: eles, nossos primos, ainda não evoluíram para a divisão em classes sociais antagônicas, fio condutor da evolução do que chamamos humanidade.
O mundo gira. Saiba mais https://bit.ly/3Ye45TD
A vida na humanidade é complexa: de um lado podemos imaginar a Simplicidade como o resultado ideal do coletivismo que se busca. Do outro, há uma ”psiquê humana” que busca proteger família e bens durante um processo de mudanças (sejam essas pontuais ou drásticas).
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