07 junho 2024

Minha opinião

Por que se mantém a ameaça das fake news? 

Luciano Siqueira 


A ministra Cármen Lúcia assume a presidência do Tribunal Superior Eleitoral-TSE, substituindo o antecessor Alexandre de Moraes. 

Diz-se, com razão, que a nova presidente terá como principal desafio o enfrentamento das fake news nas eleições municipais vindouras.

Ou seja, terá que mobilizar todo um instrumental jurídico e os mecanismos de fiscalização para coibir a prática de um instrumento por natureza antidemocrático. 

E os que a praticam o fazem brandindo a bandeira da liberdade de expressão! 

É a extrema direita que aqui em mundo afora vale-se das chamadas redes sociais — com o apoio escancarado das chamadas big techs — para disseminar mentiras destinadas a enfraquecer e, se possível, desmoralizar adversários. 

Tudo em favor do ultra conservadorismo nos costumes e de uma profissão de fé extremada ao Deus Mercado. 

Subproduto do sistema capitalista vigente, em crise continuada, que compensa a queda tendencial da taxa média de lucro com a subtração de direitos fundamentais, num cenário geral de concentração cada vez maior da produção, da renda e da riqueza e a exclusão progressiva dos que vivem da sua força de trabalho. 

A questão, portanto, que se coloca na primeira linha de prioridades do TSE diz respeito ao definhamento da democracia liberal burguesa. 

Os que concentram em suas mãos o capital e o poder político tornam-se inimigos ferozes do debate de ideias precisamente porque nada têm mais a oferecer.

Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2023/05/propagacao-da-mentira.html

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