01 junho 2024

Por que o futebol brasileiro não muda?

Acostumados e acomodados com problemas frequentes e crônicos no futebol

Discute-se muito sobre os mais diversos problemas no país e nada é mudado
Tostão/Folha de S. Paulo

 

Além da tragédia no Rio Grande do Sul, convivemos diariamente no futebol e no país com problemas permanentes, algumas tragédias, que assolam o Brasil. Fala-se muito sobre o assunto e muito pouco se faz para resolvê-los. Passam a ser curiosidades e até atrações turísticas.

Acostumamo-nos e acomodamo-nos com problemas frequentes, crônicos no futebol e nada é mudado, como o péssimo calendário, os gramados ruins, o excesso de faltas, o tumulto durante as partidas, os muitos erros dos árbitros, a demora do VAR para tomar decisões, o comportamento raivoso de alguns treinadores durante os jogos. Discute-se muito sobre tudo isso e nada é mudado. A tão esperada Liga dos Clubes nunca chega. 

Além da tragédia no Rio Grande do Sul, convivemos diariamente no futebol e no país com problemas permanentes, algumas tragédias, que assolam o Brasil. Fala-se muito sobre o assunto e muito pouco se faz para resolvê-los. Passam a ser curiosidades e até atrações turísticas.

Acostumamo-nos e acomodamo-nos com problemas frequentes, crônicos no futebol e nada é mudado, como o péssimo calendário, os gramados ruins, o excesso de faltas, o tumulto durante as partidas, os muitos erros dos árbitros, a demora do VAR para tomar decisões, o comportamento raivoso de alguns treinadores durante os jogos. Discute-se muito sobre tudo isso e nada é mudado. A tão esperada Liga dos Clubes nunca chega. 

Abusamos também das bolas jogadas na área do adversário para contar com a sorte. O Palmeiras, que executa muito bem as jogadas aéreas porque treina bastante e tem jogadores com essas características, não conseguiu furar a retranca do San Lorenzo. Faltaram mais jogadas pelos lados já que o meio da área estava muito congestionado.

Acostumamo-nos e acomodamo-nos com a absurda violência, que aumenta a cada dia no país. As milícias e o crime organizado que dominam o Rio de Janeiro se espalharam pelo Brasil. Ainda não vi um forte planejamento para diminuir o problema.

Acostumamo-nos e acomodamo-nos com as frases feitas, chavões frequentes no futebol. Antes, havia muitos: quem corre é a bola e não o jogador, o melhor ataque é a defesa, a bola procura o artilheiro, e tantas outras que serviam mais para distração e conversas de botequim. O torcedor não entende a moda atual: quebrar as linhas, marcação alta, média e baixa, lateral construtor, extremos ou externos em vez de pontas e muitas outras. Surgiram novos verbos: espetado ao invés de avançado, entregar no lugar de executar. Saudades do Titês, dos externos desestruturantes.

Acostumamo-nos e acomodamo-nos com as mentiras (Fake News). Todos criticam as redes sociais e quase todos as procuram. Para muitos é a única fonte de informação. As redes sociais passaram a ser formadoras de opiniões.

Acostumamo-nos e acomodamo-nos com a medíocre e ultrapassada discussão sobre o que é mais importante, o resultado ou a qualidade e a beleza do jogo. O Manchester City, dirigido por Guardiola, o melhor técnico do mundo, joga bem, bonito e quase sempre vence. Guardiola é bastante pragmático e acredita que para vencer é preciso ter a bola, o domínio do jogo, trocar muitos passes e esperar o momento de envolver o adversário e fazer o gol.

Precisamos desacostumar-nos e desacomodar-nos das palavras e ações que se repetem. Necessitamos ser mais criativos, solidários, sem perder a disciplina, a estratégia e o planejamento.

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