Nem tanto nem tão pouco
Luciano Siqueira
Óbvio que as trepidações que ocorrem nesse período pré-campanha das eleições presidenciais nos Estados Unidos são de interesse público. No mínimo como referência da decadência civilizacional da grande potência.
Então, é preciso acompanhar os acontecimentos, particularmente agora que o presidente Joe Biden jogou a toalha e a atual vice-presidente Kamala Harris provavelmente o substituirá na peleja contra o ex-presidente Donald Trump.
Porém nem tanto nem tão pouco.
Vozes femininas denotam entusiasmo com a possibilidade de Kamala ser confirmada candidata, como se o fato por si mesmo significasse um ganho na luta pela igualdade de gênero.
Não consta que a líder democrata seja feminista atuante.
Da mesma forma, equivocada é a postura de considerar que tanto faz uma presidência democrata como republicana.
Claro que qualquer presidente, e Biden comprova isso, zela pela condição da potência imperialista norte-americana. Víde o apoio incondicional, inclusive com dinheiro e armas, ao genocídio praticado por Israel na faixa de Gaza.
Porém, como bem arguia João Amazonas, em política não se deve colocar sinal de igualdade entre duas entidades distintas.
Das duas alternativas há uma pior. Donald Trump, guardadas as peculiaridades do seu discurso, é líder da extrema direita que mundialmente se põe na ofensiva e assume conteúdo neofascista.
Então, cabe acompanhar pari passu a suceção norte-americana no contexto geopolítico mundial, em transição para um desenho multipolar.
Sem arroubos nem precipitações.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/01/eua-decadente.html
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