Não querem que a economia cresça
Luciano Siqueira
Tem sido assim no Brasil sob a influência dominante do neoliberalismo. Basta que a economia indique sinais de crescimento para que através do complexo midiático se disparem questionamentos e alertas, sempre confluindo para a necessidade de se manter elevada a taxa Selic.
O jornal Folha de S. Paulo, espécie de partido político informal a serviço do capital financeiro, reconhece hoje em editorial sinais de expansão das atividades econômicas.
Mas alerta para o "perigo" que isso pode significar.
Os sinais de crescimento são o crescimento do PIB além do previsto, o aumento da renda do trabalho em 5,8% acima da inflação no trimestre concluído em junho, a expansão das oportunidades de trabalho e o aumento do consumo.
Indicadores que expressam relativa satisfação das necessidades básicas da população, com melhoria da qualidade de vida dos mais pobres.
Tudo isso é um perigo para quem? Para o rentismo, para os modernos agiotas!
Especuladores da bolsa pouco se importam com as condições de existência da maioria da população. Antes de tudo desejam garantia da capacidade do governo honrar os títulos públicos negociados por eles de olho na usura.
Daí esse assanhamento todo.
Para deter essa gente o governo precisa se fortalecer na base da sociedade, para a qual prioritariamente governa.
Urge, portanto, elevar o nível de consciência e de organização do povo.
As eleições municipais de agora, principalmente nas capitais e cidades de mais de 100 mil habitantes, são uma oportunidade de avançarmos no debate político para além dos problemas locais, sincronizando-os com as grandes questões nacionais, a exemplo dos rumos da economia.
Tarefa de candidaturas e partidos do campo popular e democrático.
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