O drama de Gaza segue
Luciano Siqueira
O genocídio da população palestina residente na faixa de Gaza vítima da sanha guerreira inescrupulosa de Israel continua.
Entretanto, no mundo conturbado em que vivemos, o complexo midiático parece julgar o que importa e o que nem tanto dentre os dramas humanitários ora vigentes.
Critério jornalístico estranho, que prioriza ora a guerra Ucrânia versus Rússia, ora agravos climáticos de grandes proporções e assim por diante ou jogos olímpicos e quejandos.
A capacidade de captar informações por via digital, em tempo real, de toda a face da Terra, contrasta com uma espécie de seleção de prioridades que tanto leva em conta a capacidade de emocionar e de prender a atenção, de determinadas notícias, como sobretudo obedece a motivos políticos.
A grande mídia brasileira situa-se plenamente nisso.
Adota postura pro norte-americana diante dos acontecimentos que marcam a conflitante transição da ordem outrora vigente, unipolar, sob hegemonia plena dos EUA, a uma nova ordem multipolar, em que se destaca a grandiosa ascensão da República Popular da China.
A pauta da nossa grande mídia se orienta por essa escolha. E o leitor fica privado de saber o que acontece de fato e em plenitude a partir de uma desejada visão global.
O genocídio de Gaza — que segundo a ONU mata 130 seres humanos por dia — se torna assim fato aparentemente menor, embora se agrave como catástrofe humanitária.
Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/04/implicados-no-horror-em-gaza.html
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