13 setembro 2024

Minha opinião: redes

Tem que estar no Instagram? 

Luciano Siqueira  

Até recentemente se dizia que "se não saiu na Globo, não aconteceu".

Agora é o Instagram. 

Como se fosse um cartório digital onde é preciso validar fatos, sensações, ideias. 

— Por que não estou lhe vendo no insta?, perguntou-me ontem uma amiga.

— Porque tenho postado pouco, salvo no story, onde diariamente ponho versos de um poema e links do blog www.lucianosiqueira.blogspot.com

— Sinto falta de saber o que você anda fazendo.

 

Eis a questão: uma vez figura pública, sempre exposto publicamente.

 

As redes sociais reforçam uma curiosidade culturalmente marcante na sociedade brasileira. Essa é a razão porque colunas de fofocas em jornais e revistas e programas de rádio e TV semelhantes sempre tiveram muita audiência. 

Imaginem um tímido feito eu expondo nas redes cada detalhe da vida cotidiana. Nunca! 

Assim mesmo, além da luta política, de vez em quando registro cenas da vida em família. Discretamente.

Agora, quem não estiver assim tão interessado em detalhes íntimos, mas em fatos e opiniões da cena política, arte, cultura, esportes, humor... basta frequentar diariamente o 'Blog de Luciano Siqueira'.

Não me parece positivo como experiência humana e cultural essa ânsia de exposição nas redes. 

Uma espécie de "complexo de influencer", que gera um tipo particular de competição, explícita ou velada, acerca do número de seguidores de cada um. 

Como se isso fosse métrica de alguma coisa consistente. 

Até porque, ao que se sabe, importa essencialmente o grau de interação entre o dono do perfil e os seus seguidores, sem o quê os números não passarão de números...

Sim, estou na redes — Instagram, Facebook e Tik Tok— mas sem outra pretensão além de estimular o debate de idéias e a luta política.

Leia também: https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/01/contra-fake-news.html

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