Contrastes às vésperas da decisão
Luciano
Siqueira
Já vivi situações assim, desde que o PCdoB me deu tarefas na chamada frente institucional — a partir de 1982, quando fui eleito deputado estadual pela primeira vez.
Daí em diante, como dirigente partidário, representei nossa corrente
política no comando de importantes campanhas majoritárias, para a prefeitura do
Recife e para o governo do estado.
Em quatro delas, na capital pernambucana, integrando chapas vitoriosas
na condição de candidato a vice-prefeito.
Bem situados nas pesquisas disponíveis, ou não, concorrentes na reta
final vivem os últimos dias de campanha sob certa tensão. Que fatos novos
poderão consolidar uma vitória previsível ou reverter uma situação
adversa?
Assim, os últimos passos dos litigantes costumam ser emblemáticos.
Em São Paulo, por exemplo, o contraste entre o candidato Guilherme
Boulos, pela coalisão liderada pela esquerda; e o seu oponente, o atual
prefeito Ricardo Nunes, de composição conservadora hegemonizada pela extrema
direita.
Enquanto Boulos almoça com pobres em situação de rua, Nunes vai à mesa
com o governador Tarcísio de Freitas e o ex-presidente Jair Bolsonaro, próceres
destacados do neofascismo brasileiro.
Evidente contraste visual, de simbolismo muito forte.
Terá efeito nas urnas?
Talvez nem tanto, mas fica como registro de uma demarcação de campos que
exibe os fortes matizes oponentes da atual cena política brasileira.
Leia sobre a
reta final deste segundo turno https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/10/minha-opiniao_21.html
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