01 novembro 2024

Mais empregos

Desemprego cai para 6,4%, segundo menor índice desde 2012
Número de pessoas que não estavam trabalhando e procuravam por uma ocupação recuou para 7 milhões, menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, segundo o IBGE
Priscila Lobregatte/Vermelho  

O desemprego segue diminuindo no Brasil e caiu para 6,4% no terceiro trimestre do ano, segunda menor taxa da série histórica da PNAD Contínua do IBGE, iniciada em 2012. O índice só é maior em relação à taxa do trimestre encerrado em dezembro de 2013 (6,3%). As informações foram divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), nesta quinta-feira (31).

Pelas redes sociais, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comemorou o índice. “Desemprego em 6,4%, o menor índice desde 2013. Em setembro de 2024, foram gerados 247 mil novos empregos, um aumento de 21% em relação ao ano passado. Com trabalho e diálogo, estamos construindo juntos um país melhor, com mais oportunidades”, declarou. 

O resultado obtido entre julho e setembro é 0,5 ponto percentual menor se comparado ao período anterior entre abril e junho de 2024, quando ficou em 6,9%. Em relação ao mesmo trimestre móvel de 2023, a queda é 1,3 p.p. Naquele momento a taxa era 7,7%. 

Segundo a pesquisa, o número de pessoas que não estavam trabalhando e procuravam por uma ocupação — isto é, a população desocupada — caiu para 7 milhões. Este é o menor contingente desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015, com recuos significativos nas duas comparações: -7,2% no trimestre, ou menos 541 mil pessoas buscando trabalho, e -15,8% frente ao mesmo trimestre móvel de 2023, ou menos 1,3 milhão de pessoas.

Leia também: Brasil atinge melhor saldo de empregos com 247,8 mil novas vagas em setembro

“A trajetória de queda da desocupação resulta da contínua expansão dos contingentes de trabalhadores que estão sendo demandados por diversas atividades econômicas”, explicou Adriana Beringuy, coordenadora de Pesquisas Domiciliares do IBGE. 

Com esses avanços, o número de trabalhadores subiu para 103 milhões, o que, de acordo com o Instituto, é também um novo recorde verificado pela Pnad Contínua. 

A população ocupada cresceu 1,2% no trimestre, o que significa mais 1,2 milhão de trabalhadores. Na comparação anual, a alta foi de 3,2%, o equivalente a mais 3,2 milhões de pessoas ocupadas.

“O terceiro trimestre aponta para retenção ou crescimento de ocupados na maioria dos grupamentos de atividades. Em particular, a indústria registrou aumento do emprego com carteira assinada. Já no comércio, embora a carteira assinada também tenha sido incrementada, o crescimento predominante foi por meio do emprego sem carteira”, observou Adriana.

No caso do segmento industrial, a alta foi de 3,2%; já o comércio avançou 1,5% — somados, os dois setores absorveram 709 mil trabalhadores. Cabe salientar ainda que no comércio, a população ocupada bateu recorde, chegando a 19,6 milhões de pessoas. Os outros grupamentos mantiveram estabilidade na comparação trimestral.

Quanto ao rendimento médio real das pessoas ocupadas, o valor foi de R$ 3.227 no trimestre encerrado em agosto, sem mostrar variação estatisticamente significativa frente ao trimestre móvel anterior e com alta de 3,7% quando comparado ao mesmo trimestre móvel de 2023.

Já a soma das remunerações de todos os trabalhadores, que é a massa de rendimentos, chegou a R$ 327,7 bilhões, mantendo estabilidade no trimestre e subindo 7,2% na comparação anual. (Com informações da Agência IBGE)

Leia sobre o proletariado jovem no Brasil https://lucianosiqueira.blogspot.com/2023/02/proletariado-jovem.html 

Nenhum comentário:

Postar um comentário