03 dezembro 2024

Minha opinião

Pressão permanente 
Luciano Siqueira 

Nos estertores do mandato do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto — fidelíssimo agente do sistema financeiro privado—, o complexo midiático dominante não abre a guarda e já antecipa a pressão sobre o futuro presidente do banco, Gabriel Galípolo.

Hoje, em editorial, a Folha de S. Paulo afirma que sob nova guarda o banco central terá que carregar a política econômica. 

Diz que a autoridade monetária deve se manter a salvo de pressão política para conter o que chama de “descrédito da gestão petista do Orçamento”.

Ou seja, deve seguir a orientação do capital financeiro, que com o grande agronegócio exportador forma os pilares do poder real, via funcionamento da economia, que a classe dominante exerce, tentando impedir a todo custo que vingue o projeto de reconstrução nacional do governo Lula.

Adverte o jornal paulista que com três novos indicados pelo presidente da República para a diretoria do banco, muda a correlação de forças no Comitê de Política Monetária (Copom), que arbitra a taxa básica de juros. 

Nesse contexto, agem corretamente os que criticam partes substanciais do recente pacote econômico adotado pelo governo, nos aspectos que refletem claramente os interesses rentistas. 

E o pronunciamento oficial do PCdoB é politicamente justo ao elencar as críticas, porém sem ataques ao ministro Fernando Haddad. 

Haddad obviamente não deve ser o alvo da crítica popular e progressista, digamos assim. O alvo é o capital financeiro encalacrado na Faria Lima, este sim inimigo da nação e do povo. 

Leia sobre o pacote de medidas econômicas do governo https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/11/palavra-do-pcdob_29.html 

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