a mulher de maio
Cida Pedrosa creio em ti
pois vejo os anos da
tua alma
— guerra e paz
—
que repousam em
minhas mãos.
não te deixastes
perder nas ladeiras
da tua infância
e nas braçadas deste
mar de olinda.
como teus olhos me
comovem
mulher de maio
acho que são
vocacionados à tragédia
e amores impossíveis.
tua boca,
encravada
neste rosto de
guerreiro, amedronta
e atrai
carícias.
teu cabelo, amigo
do vento
e das causas
invencíveis.
ontem vi tua alma
passear
pelas ladeiras
trajando uma calça de
estrelas...
hoje... andarilhas
entre as nuvens
tecendo a rede para o
universo.
[Ilustração: Carl Holsoe]
Leia sobre "Claranã", de Cida Pedrosa https://lucianosiqueira.blogspot.com/2024/08/palavra-de-marcelo-barros.html
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