As
oportunidades na construção de ferrovias ultrarrápidas
Construção de ferrovias
movimentaria setores importantes de nossa economia, permitindo, ainda,
complementar as grandes rotas transoceânicas
Luís Nassif/Jornal GGN
Agora que o país está retomando tradição do planejamento, há um tema que poderá se transformar rapidamente em ponto de partida para a reindustrialização. Trata-se da construção de ferrovias super-rápidas, capazes não só de ligar grandes centros – como São Paulo-Rio de Janeiro- como rasgar o país de norte a sul e, especialmente, permitir complementar as grandes rotas transoceânicas, as obras do PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), tocadas pelo Ministério de Orçamento e Planejamento.
Aqui,
um levantamento dos setores envolvidos em obras desse vulto.
1. Engenharia e Construção
Civil:
*
Empresas de construção pesada: Responsáveis pela terraplanagem, escavações,
túneis, viadutos, pontes e outras obras de arte necessárias para o leito da
ferrovia.
*
Empresas de pavimentação: Encarregadas da construção da superestrutura da via,
incluindo a colocação de balastro, dormentes e fixadores.
* Empresas de fabricação
de materiais de construção: Fornecem cimento, aço, agregados, concreto e outros
materiais essenciais.
*
Escritórios de engenharia e consultoria: Realizam estudos de viabilidade,
projetos executivos, supervisão de obras e gerenciamento de projetos.
*
Empresas de topografia e geotecnia: Responsáveis pelos levantamentos
topográficos, estudos do solo e estabilidade de taludes.
2. Indústria Ferroviária:
*
Fabricantes de material rodante: Produção interna dos trens de alta velocidade,
incluindo locomotivas (se aplicável), carros de passageiros e seus componentes
(bogies, sistemas de freio, etc.).
*
Fabricantes de trilhos e AMVs (Aparelhos de Mudança de Via): Fornecem os
trilhos de alta precisão e os equipamentos que permitem a mudança de rota dos
trens.
*
Fabricantes de sistemas de sinalização e controle: Desenvolvem e instalam os
sistemas eletrônicos e de comunicação que garantem a segurança e o controle do
tráfego ferroviário em alta velocidade (ex: CBTC, ERTMS).
*
Fabricantes de sistemas de eletrificação: Responsáveis pela instalação da
catenária (rede aérea) ou do terceiro trilho, além das subestações de energia.
*
Fornecedores de componentes ferroviários: Produzem diversos itens como fixadores
de trilhos, isoladores, sistemas de portas, janelas, assentos, etc.
3. Tecnologia e
Telecomunicações:
*
Empresas de tecnologia da informação (TI): Desenvolvem softwares para controle
de tráfego, sistemas de informação aos passageiros, bilhetagem eletrônica e
gestão da manutenção.
*
Empresas de telecomunicações: Instalam e mantêm as redes de comunicação necessárias
para a operação segura e eficiente da ferrovia.
4. Energia:
*
Empresas de geração e transmissão de energia: Fornecem a eletricidade
necessária para a operação dos trens e dos sistemas auxiliares da ferrovia.
5. Serviços:
*
Empresas de consultoria ambiental: Realizam estudos de impacto ambiental e
propõem medidas mitigatórias.
*
Empresas de segurança: Responsáveis pela segurança das obras e da futura
operação da ferrovia.
*
Empresas de logística e transporte: Transportam os materiais e equipamentos
necessários para a construção.
6. Outros Setores:
*
Indústria de alumínio e aço: Fornece materiais para a fabricação dos trens e da
infraestrutura.
*
Indústria de vidro e plásticos: Produz componentes para os trens.
*
Setor imobiliário: Pode ser impactado pela construção de novas estações e pelo
desenvolvimento urbano ao longo da ferrovia.
* Setor de turismo: A ferrovia de alta velocidade pode impulsionar o turismo nas regiões conectadas.
[Se
comentar, assine]
Leia: Brasil-China, 50 anos depois, com olhos nas fronteiras da ciência https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/03/palavra-de-luciana.html
Nenhum comentário:
Postar um comentário