Quando a munição engasga
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Próximo dos 10 dias passados (ou alguns mais?), articulistas americanófilos do complexo midiático brasileiro seguem criticando a viagem de Lula à Rússia e os acordos firmados na China.
Omitem o mérito e se esbaldam em firulas e lantejoulas.
Na Rússia estiveram cerca de 70 chefes e Estado, inclusive o presidente
chinês Xi Jinping, para comemorar a histórica vitória da então União Soviética
sobre o nazifascismo.
Reclamam que Lula teria errado ao se perfilar no palanque com muitos
chefes de Estado cujos países adotam regimes totalitários (sic). Nem de longe
lembram que um princípio fundante das relações diplomáticas é a
autodeterminação dos povos e, por conseguinte, o respeito ao modelo
político-institucional de cada um.
Também se queixam da extensão e do volume dos acordos firmados entre
Lula e Xi Jinping, incluindo pesados investimentos em infraestrutura em
território brasileiro necessários ao desenvolvimento do país.
Pouco se importam, neste momento, com os rumos tomados pelos Estados
Unidos — internamente antidemocráticos, externamente desrespeitosos das regras
mínimas de convivência entre as nações e do comércio internacional.
Uma cantilena desgastada e pouco criativa. Como se manejassem armas com
munição engasgada, impedidos de brandir argumentos minimamente consistentes.
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Fórum China-Celac, cooperação e do multilateralismo https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/05/parceria-estrategica.html
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