Retórica, como assim?
Luciano
Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
É notório que o ex-presidente da República Jair Bolsonaro exibe inteligência limitada e raciocínio duplamente rasteiro e fantasioso.
Em seu depoimento no STF, a propósito da trama golpista, obviamente que
deveria negar tudo, como de fato negou, seguindo roteiro pré-estabelecido por
seus advogados.
Mas é incrível como por diversas vezes e a propósito de fatos
absolutamente comprometedores, reverberados de modo textual e ofensivo pelo
então presidente, agora os justifique em nome da "retórica".
Supõe-se que ele queira dizer afirmações impensadas.
Acontece que o termo retórica significa precisamente o uso de linguagem
pretensamente convincente e capaz de mobilizar pessoas numa determinada
direção.
Ou seja, quando Bolsonaro, repetidas vezes, ameaçou desrespeitar as
instituições e as normas constitucionais vigentes, como ele próprio reconheceu
perante o STF, a retórica pretendia precisamente atrair seguidores para a
prática de suas intenções.
Ou seja, ao negar ilícitos com tal argumento na prática o ex-presidente
se auto incriminou.
[Ilustração: Frank Hoppmann]
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"Permitam-me
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