Na esteira
fantástica de Flash Gordon
Luciano Siqueira
instagram.com/lucianosiqueira65
Sim, sou do tempo de Flash Gordon, personagem de revista em quadrinhos criado pelo norte-americano Alex Raymond, que a partir de 1934 (ainda não era meu tempo, esclareço) encantou gerações com aventuras espaciais que imaginávamos jamais aconteceriam. Eu e minha turma da Lagoa Seca, bairro periférico de Natal, RN, vibrávamos com as historinhas traduzidas para o português em “gibis”.
Pensar que um dia
foguetes transportariam naves levando astronautas para explorar lugares
distantes anos luz da Terra, jamais! Até porque a primeira tentativa do nosso
herói, ao lado do Dr. Zarkov e Dale Arden, rumo ao imaginário planeta Mongo,
fracassou...
Pois bem. O mundo
evoluiu nas asas da ciência e as aventuras de Flash Gordon se tornaram
realidade. E quanto mais se aprimoram as técnicas de exploração desse imenso
universo formado por galáxias mil, mais novidade surge. A última é a descoberta
de uma planeta anão – vejam só! -, batizado Makemake, visualizado através
de uma combinação sofisticada de foguetes e telescópios, justo no momento em
que ele flertava com uma estrela.
O Makemake é um dos
cinco planetas anões pertencentes ao sistema solar. Por deduções engenhosas,
sabe-se que o dito cujo não dispõe de atmosfera consistente, assim como parece
carecer de atributos outros mais significativos. E por aí vai a análise do
pequenino planeta.
Tudo bem. Breve
mais se dirá, assim como serventia se encontrará para o achado. Por enquanto,
ao lado dos esforços extraordinários dos cientistas abre-se uma imensa estrada
para a imaginação dos poetas, que sempre enxergam nos corpos celestes mensagens
que tocam a sensibilidade dos enamorados, dos tristes, dos esperançosos, enfim
dos que vivem intensamente a vida cá embaixo.
Cá com meus botões,
sem a verve poética nem a imaginação criadora que instiga cientistas a saberem
mais do mundo material que nos envolve, limito-me a uma singela homenagem a
Alex Raymond e seus colaboradores, que expunham em quadrinhos mágicos a
possibilidade de se ir tão longe na busca de perscrutar o desconhecido.
Mais: com todo
respeito ao arsenal criativo da TV e do cinema da atualidade, rico em efeitos
especiais, hoje imaginar essas coisas é fichinha. Queria ver nos anos 50,
quando Flash Gordon e seus companheiros inventaram – aquilo sim, ousada
criatividade! – aquelas viagens fantásticas.
Crônica publicada
no Blog da revista Algomais em novembro de 2012
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Leia também: "Nosso amado planeta vítima da indiferença" https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/08/minha-opiniao_9.html

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