Palavra de poeta
VISITA
Donizete
Galvão
Que
ela chegue
sem
clarins ou trombetas,
entre
como facho de luz
pelas
gretas da janela
e
atravesse o quarto
na
sua claridade.
Que
ela chegue
inesperada,
como
a chuva
na
tarde calorenta
e
faça subir o odor
de
poeira molhada.
Que
ela chegue
e
se deite ao meu lado,
sem
que a perceba.
Que
me lave
com
água de fonte
e
me cubra
com
o bálsamo branco
do
silêncio.
[Ilustração: Joseph Beuys]
Veja: Caetano canta
Tom Jobim: 'Inútil paisagem' https://tinyurl.com/4rntpshz
Nenhum comentário:
Postar um comentário