Para fortalecer os partidos
Tanta se reclama, e com razão, da fragilidade dos partidos no Brasil. Ao longo de nossa história, desde o Império, têm sido instituições efêmeras, conjunturais, nada programáticas – a exceção do Partido Comunista, que existe e atua há 85 anos.
A reforma política, se vier a acontecer, e se acontecer com sentido democrático, poderia instituir o sistema eleitoral de votação em lista preordenada.
O eleitor votaria no partido, sem desconhecer a presença de personalidades e lideranças de grande conceito e visibilidade na lista partidária. Prestaria mais atenção ao programa partidário, elevando, assim, o seu nível de compreensão política.
Os partidos, por seu turno, divulgariam seus programas, dariam conteúdo mais nítido ao que criticam e ao que propõem.
A campanha seria da chapa partidária, e não individualizada. Seria mais barata, reduzindo a influência do poder econômico.
Por mudar paradigmas e exigir novos comportamentos, não é uma proposta fácil de passar o atual Congresso, dominado por grandes agremiações conservadoras.
Não creio que os partidos conservadores, que dominam a Câmara e o Senado, queiram fazer uma reforma política boa, e essa coisa da votação em lista não é do interesse deles.
ResponderExcluirHermano