21 julho 2008

Debate & consciência política

De Audísio Costa sobre o nosso artigo O imediato e o estratégico no debate eleitoral: A questão eleitoral constitui-se um marco de definição política de gestão, no caso do Brasil, a cada quatro anos, tanto no que se refere ao poder municipal, quantos ao estadual e federal. Na realidade é um marco de luta pelo poder. Esta luta pelo poder sempre existiu na história da humanidade. Se expressa como força política propriamente dita ou articulada como força religiosa, embora muitas vezes estão intimamente associadas.

A questão maior é o fato do debate político essencial da concepção ideológica do estado não ocorre durante o debate eleitoral e só raramente no período entre as eleições. Esta é uma fragilidade fundamental dos nossos partidos políticos. Pois o debate político tem que ser cotidiano, pois a vida é todo dia.

A prática mostra que onde existe um trabalho continuo de formação política do povo, a qual tem que estar associado à sua luta, no período eleitoral as estratégias de campanha do atual sistema burguês não funcionam. Este é um grande desafio as ser vencido pelos partidos e pelo eleitor ao votar nestas eleições. Isto porque teremos que eleger prefeito e vereador. O primeiro, prefeito, responsável pela execução das políticas de acordo com o definido nas Leis e o segundo por ter três tarefas importantes: fiscalizar as ações do prefeito, criar Leis que favoreçam a maioria da população (que é classe trabalhadora), e principalmente estar em íntima associação com o povo, para ouvindo suas angústias e necessidades, promover o debate político para explicitar as relações entre estas necessidades e o modelo político vigente. Assim, pode-se fazer valer a construção coletiva, com efetiva participação do povo, nas mudanças que se exigem na sociedade. Não adianta se votar em alguém que muito promete, mas na determinação política que estrutura o seu partido está determinado que seu compromisso não é com o povo, mas com o capital. Isto é votar para continuar na miséria. No meu entender se na prática cotidiano do mandato de vereador isto for feito as estratégias eleitorais terão que serem modificadas. Digo isto baseado na minha prática, inclusive quando fui vereador, dando continuidade a este modo de vida, de estar nas comunidades, debatendo seus problemas, fazendo sua correlação política e construindo as alternativas de soluções dos problemas com o povo. Nestas áreas a consciência política leva a população a ter uma definição do voto de forma politizada e não como conseqüência da máquina imposta pelos marqueteiros das diversas candidaturas. No meu entender esta é uma questão fundamental na construção de uma sociedade justa, fraterna e solidária que se constrói na luta do cotidiano.

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