No Acerto de Contas, por Pierra Lucena:
Surfando na aprovação de João Paulo
Muito difícil João da Costa perder a eleição
. Quem acompanha o blog sabe que não voto no petista. Para falar a verdade, não gosto da segunda gestão de João Paulo.
. Acho que fez algumas obras “cosméticas”, e se faz de morto para dois sérios problemas na cidade: segurança e saneamento. No primeiro diz que é problema do Estado, e no segundo da União.
. Mas isso não vem ao caso, pois todo mundo que lê um blog como o nosso, já é alfabetizado para entender que vou votar em outro candidato, e que os comentários feitos por mim podem conter algum tipo de parcialidade.
. Acredito que é um comportamento mais honesto, até porque nunca anulo meu voto. Mas aqui ninguém vai me ver agredindo o candidato que não gosto, até porque acho que nessa eleição estamos com um bom nível de candidatos. Isso vale inclusive para João da Costa.
Enfim….vamos ao tema do post.
. O livro “Cabeça do Eleitor“, de Alberto Carlos Almeida, é uma verdadeira aula de análise de pesquisas eleitorais, em seu capítulo 2. O autor acompanhou dezenas de pesquisas eleitorais em municípios, durante anos, e apresenta uma análise consistente.
. Segundo o autor, quando o prefeito alcança um nível de aprovação de mais de 50% de bom e ótimo, só não elege o sucessor (ou não se reelege) se acontecerem vários erros de campanha. Ele relata dois casos conhecidos, onde isso aconteceu.
. O primeiro foi em Duque de Caxias, onde o Prefeito Zito (hoje é deputado estadual), tinha 75% de bom e ótimo, e não conseguiu eleger seu secretário. Mas quem se elegeu foi seu vice, que era uma pessoa querida na cidade, e por motivos óbvios, não fez campanha de oposição.
. O segundo caso foi Roberto Magalhães, cujo episódio da “banana” em plena Avenida Boa Viagem, acabou levando a eleição para o segundo turno, onde tudo mudou.
. Dados os exemplos, se as coisas se manterem como estão, dificilmente João da Costa perde esta eleição. A gestão João Paulo tem 61% de bom e ótimo, e pelo jeito está sendo muito bem sucedido na ligação do seu nome com o do seu candidato.
. Claro que Recife é uma cidade peculiar, que tem suas diferenças, já demonstradas em outras eleições, mas a situação da oposição é muito complicada.
. Se a eleição for para o segundo turno, a eleição pode endurecer. Mas a provável desidratação sofrida por Cadoca deve ajudar a liquidar a fatura logo no primeiro turno.
. Se Luciano Siqueira estivesse na disputa, a eleição no segundo turno seria mais tranquila. Acredito inclusive que se Luciano fosse o candidato oficial, a eleição poderia ser mais fácil, mas essa é outra história.
. Na Região Metropolitana, dois prefeitos perigam não se reeleger, pela baixa aprovação: Nilton Carneiro e Yves Ribeiro.
. Em Olinda, Luciana Santos poderia encontrar sérias dificuldades em eleger seu candidato, Renildo Calheiros, já que a aprovação de sua gestão também é muito baixa. Mas neste caso, a diferença de nível entre Renildo e seus concorrentes é tão grande, que deve se eleger.
. Mas como eleição é um evento que pode apresentar surpresas, e a oposição apresenta 3 candidatos competitivos, a disputa promete apresentar vários capítulos emocionantes.
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