No Vermelho:
Renato comenta resultado do PCdoB e conduta no 2º turno
"O PCdoB fez um grande investimento nesta campanha. Investiu como nunca. Tivemos oito candidatos nas capitais, pela primeira vez, e muitos candidatos a prefeito em cidades-pólo. Qual é o resultado?" – indaga Renato Rabelo, presidente do partido. Ele falou ao Vermelho na noite de domingo (5), na nova sede própria do PCdoB no centro de São Paulo, inclusive sobre algumas perspectivas, critérios e alternativas no segundo turno.
. Em meio a informações sobre o andamento da apuração Renato passou em revista os principais êxitos e revezes do PCdoB na eleição para prefeito das maiores cidades.
. Aracaju - "É a primeira vez que o PCdoB elege um prefeito de capital", destacou Renato. O comunista Edvaldo Nogueira, que se elegeu como vice-prefeito de Aracaju em 2004, assumiu a Prefeitura em 2006 quando Marcelo Déda concorreu ao governo de Sergipe; neste domingo, venceu a eleição no primeiro turno, com 51,7% dos votos válidos e 30 pontos de vantagem sobre o segundo colocado. "Aracaju é uma administração muito bem avaliada. Basta dizer que foi considerada pelo IBGE como a capital com melhor qualidade de vida do Norte e Nordeste do país", observou o presidente do PCdoB.
. São Luís - "Além disso", prosseguiu o dirigente comunista, "o PCdoB vai para o segundo turno numa outra capital importante do norte do país, São Luís, com um companheiro que tem muitas chances de vencer". O deputado federal Flávio Dino, em uma escalada fulminante, passou de 8% nas pesquisas para 34% no resultado deste domingo; enquanto seu adversário, o ex-governador tucano João Castelo, que concorre pela quinta vez à Prefeitura da cidade e nunca ganhou, escorregou de 56% das intenções de voto para 43% na apuração.
. Porto Alegre - "Em Porto Alegre, podemos dizer que o PCdoB fez uma boa campanha, com uma candidata – Manuela D'Ávila – com muita influência e capacidade. Mas foi a primeira vez que lençamos candidato a prefeito de Porto Alegre, e logo disputando com quem, com o prefeito (José Fogaça, do PMDB) e com o próprio PT, que governou a cidade durante 16 anos", prossegue Renato. Manuela, que tem 27 anos, conseguiu 15,3% dos votos, a terceira colocação, enquanto Fogaça (43,8%) e a deputada petista Maria do Rosário (22,7%) irão para o segundo turno.
. Rio - "No Rio de Janeiro a Jandira (Feghali, candidata do PCdoB) tem muito prestígio, mas não conseguimos reunir um conjunto de forças razoável para um enfrentamento desse porte. Ficou uma luta desigual, com um tempo de TV pequeno, para enfrentar o candidato do governador (Eduardo Paes, PMDB, foi lançado pelo governador Sérgio Cabral, da mesma sigla). E na reta final também se destacou o crescimento de (Fernando) Gabeira (PV-PSDB), sobretudo nessa camada média sensível aos apelos éticos com uma base udenista, lacerdista (referência à UDN, partido da direita brasileira entre 1945 e 1964, e seu principal expoente, o carioca Carlos Lacerda). Houve uma atitude explícita da mídia, sobretudo na reta final, na última semana, de abanar a candidatura Gabeira, o chamado voto útil no Gabeira", comentou Renato.
. Belo Horizonte - "Em Belo Horizonte acontece um fato interessante: foi o PCdoB que abriu caminho para demonstrar que essa candidatura do Márcio Lacerda (PSB) como sendo sem personalidade, sem vôo próprio. O nosso partido não conseguiu capitalizar esse esforço, coube ao PMDB capitalizar, com o Leonardo Quintão quase encostando na votação de Lacerda. Mas foi um grande mérito do PCdoB em Belo Horizonte", avaliou Renato. O resultado na capital mineira foi 43,6% para Lacerda a 41,3% para Quintão, e 8,8% para a candidata comunista Jô Moraes.
Olinda"Destaco uma experiência importante para nós: Olinda (PE). Faz oito anos que é uma gestão do PCdoB, e continua com o PCdoB. É um exemplo, em uma cidade com muitos problemas o PCdoB ganhar duas eleições seguidas no primeiro turno", disse ainda Renato. Luciana Costa elegeu-se em 2000 no segundo turno e reelegeu-se em 2004 já na primeira votação; neste domingo, o deputado Renildo Calheiros, candidato da prefeita, teve 56,4% dos votos válidos.
. Pólos regionais - "Também em Pernambuco reelegemos o prefeito de Camaragibe e vencemos em Goiana. Ganhamos a Prefeitura de um pólo do norte da Bahia como é Juazeiro, um centro de desenvolvimento regional. O PCdoB comecará a administrar cidades importantes do interior", comentou o dirigente do PCdoB.
. "O que dizer das eleições deste domingo como um todo? À primeira vista, ela mostrou que os candidatos à reeleição, ou dos partidos no governo, tiveram mais possibilidades. O eleitor em geral escolheu manter quem está no governo. Em segundo lugar ela mostrou a importância das alianças, alianças amplas, inclusive para ter um tempo suficiente na televisão, porque as restrições legais hoje inibem os comícios", disse Renato.
. Segundos turnos - Como o PCdoB se comportará em capitais onde teve uma votação expressiva mas não vai estar no segundo turno, como Porto Alegre, Rio, Belo Horizonte e Florianópolis?
. "O PCdoB passa a ter uma influência importante no segundo turno nessas cidades. Os candidatos que irão à disputa têm interesse nele", avalia Renato. "Nossa linha geral é apoiar o campo de esquerda e o campo de apoio do governo do presidente Lula. Agora, vai depender também da plafatorma e das alianças dos candidatos no segundo turno para a gente se posicionar de forma conclusiva. A direção nacional (do PCdoB) fará isso nesta quinta-feira", adianta.
. "Em Porto Alegre, por exemplo, há uma candidatura de esquerda no segundo turno, (da deputada Maria do Rosário). A tendência é apoiá-la, mas levando em conta como ela se posiciona. A restrição que ela faz ao PPS (que se coligou com o PCdoB no primeiro turno, mas foi vetado por Rosário no palanque do segundo) é uma posição dela mas não é a do PCdoB. Essa é uma das questões que talvez vai ser motivo de controvérsias", adianta Renato.
. "Florianópolis é um segundo turno mais complicado: concorrem PMDB e PP, nenhum dos dois é de esquerda porém os dois são do campo de Lula. Vanos ter que ter uma sintonia fina", comenta o dirigente.
. "No Rio, seguindo esta mesma lógica, o que fica é o candidato do governador, que hoje – é bom dizer: hoje – está no campo do governo Lula", observa Renato Rabelo. A referência irônica é ao passado tucano do candidato do PMDB carioca.
. Aracaju - "É a primeira vez que o PCdoB elege um prefeito de capital", destacou Renato. O comunista Edvaldo Nogueira, que se elegeu como vice-prefeito de Aracaju em 2004, assumiu a Prefeitura em 2006 quando Marcelo Déda concorreu ao governo de Sergipe; neste domingo, venceu a eleição no primeiro turno, com 51,7% dos votos válidos e 30 pontos de vantagem sobre o segundo colocado. "Aracaju é uma administração muito bem avaliada. Basta dizer que foi considerada pelo IBGE como a capital com melhor qualidade de vida do Norte e Nordeste do país", observou o presidente do PCdoB.
. São Luís - "Além disso", prosseguiu o dirigente comunista, "o PCdoB vai para o segundo turno numa outra capital importante do norte do país, São Luís, com um companheiro que tem muitas chances de vencer". O deputado federal Flávio Dino, em uma escalada fulminante, passou de 8% nas pesquisas para 34% no resultado deste domingo; enquanto seu adversário, o ex-governador tucano João Castelo, que concorre pela quinta vez à Prefeitura da cidade e nunca ganhou, escorregou de 56% das intenções de voto para 43% na apuração.
. Porto Alegre - "Em Porto Alegre, podemos dizer que o PCdoB fez uma boa campanha, com uma candidata – Manuela D'Ávila – com muita influência e capacidade. Mas foi a primeira vez que lençamos candidato a prefeito de Porto Alegre, e logo disputando com quem, com o prefeito (José Fogaça, do PMDB) e com o próprio PT, que governou a cidade durante 16 anos", prossegue Renato. Manuela, que tem 27 anos, conseguiu 15,3% dos votos, a terceira colocação, enquanto Fogaça (43,8%) e a deputada petista Maria do Rosário (22,7%) irão para o segundo turno.
. Rio - "No Rio de Janeiro a Jandira (Feghali, candidata do PCdoB) tem muito prestígio, mas não conseguimos reunir um conjunto de forças razoável para um enfrentamento desse porte. Ficou uma luta desigual, com um tempo de TV pequeno, para enfrentar o candidato do governador (Eduardo Paes, PMDB, foi lançado pelo governador Sérgio Cabral, da mesma sigla). E na reta final também se destacou o crescimento de (Fernando) Gabeira (PV-PSDB), sobretudo nessa camada média sensível aos apelos éticos com uma base udenista, lacerdista (referência à UDN, partido da direita brasileira entre 1945 e 1964, e seu principal expoente, o carioca Carlos Lacerda). Houve uma atitude explícita da mídia, sobretudo na reta final, na última semana, de abanar a candidatura Gabeira, o chamado voto útil no Gabeira", comentou Renato.
. Belo Horizonte - "Em Belo Horizonte acontece um fato interessante: foi o PCdoB que abriu caminho para demonstrar que essa candidatura do Márcio Lacerda (PSB) como sendo sem personalidade, sem vôo próprio. O nosso partido não conseguiu capitalizar esse esforço, coube ao PMDB capitalizar, com o Leonardo Quintão quase encostando na votação de Lacerda. Mas foi um grande mérito do PCdoB em Belo Horizonte", avaliou Renato. O resultado na capital mineira foi 43,6% para Lacerda a 41,3% para Quintão, e 8,8% para a candidata comunista Jô Moraes.
Olinda"Destaco uma experiência importante para nós: Olinda (PE). Faz oito anos que é uma gestão do PCdoB, e continua com o PCdoB. É um exemplo, em uma cidade com muitos problemas o PCdoB ganhar duas eleições seguidas no primeiro turno", disse ainda Renato. Luciana Costa elegeu-se em 2000 no segundo turno e reelegeu-se em 2004 já na primeira votação; neste domingo, o deputado Renildo Calheiros, candidato da prefeita, teve 56,4% dos votos válidos.
. Pólos regionais - "Também em Pernambuco reelegemos o prefeito de Camaragibe e vencemos em Goiana. Ganhamos a Prefeitura de um pólo do norte da Bahia como é Juazeiro, um centro de desenvolvimento regional. O PCdoB comecará a administrar cidades importantes do interior", comentou o dirigente do PCdoB.
. "O que dizer das eleições deste domingo como um todo? À primeira vista, ela mostrou que os candidatos à reeleição, ou dos partidos no governo, tiveram mais possibilidades. O eleitor em geral escolheu manter quem está no governo. Em segundo lugar ela mostrou a importância das alianças, alianças amplas, inclusive para ter um tempo suficiente na televisão, porque as restrições legais hoje inibem os comícios", disse Renato.
. Segundos turnos - Como o PCdoB se comportará em capitais onde teve uma votação expressiva mas não vai estar no segundo turno, como Porto Alegre, Rio, Belo Horizonte e Florianópolis?
. "O PCdoB passa a ter uma influência importante no segundo turno nessas cidades. Os candidatos que irão à disputa têm interesse nele", avalia Renato. "Nossa linha geral é apoiar o campo de esquerda e o campo de apoio do governo do presidente Lula. Agora, vai depender também da plafatorma e das alianças dos candidatos no segundo turno para a gente se posicionar de forma conclusiva. A direção nacional (do PCdoB) fará isso nesta quinta-feira", adianta.
. "Em Porto Alegre, por exemplo, há uma candidatura de esquerda no segundo turno, (da deputada Maria do Rosário). A tendência é apoiá-la, mas levando em conta como ela se posiciona. A restrição que ela faz ao PPS (que se coligou com o PCdoB no primeiro turno, mas foi vetado por Rosário no palanque do segundo) é uma posição dela mas não é a do PCdoB. Essa é uma das questões que talvez vai ser motivo de controvérsias", adianta Renato.
. "Florianópolis é um segundo turno mais complicado: concorrem PMDB e PP, nenhum dos dois é de esquerda porém os dois são do campo de Lula. Vanos ter que ter uma sintonia fina", comenta o dirigente.
. "No Rio, seguindo esta mesma lógica, o que fica é o candidato do governador, que hoje – é bom dizer: hoje – está no campo do governo Lula", observa Renato Rabelo. A referência irônica é ao passado tucano do candidato do PMDB carioca.
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