“Meu reino por um bom debate”
Luciano Siqueira
Há momentos na vida em que tudo parece depender de um gesto ou de um meio de realizar algo. Aquilo é decisivo, sem o que a cadeia de acontecimentos é interrompida, a oportunidade vai pelo ralo. Como na dramática narrativa de Shakespeare, em que Ricardo III, vendo-se perdido na batalha de Bosworth, em 1485, exclama “Um cavalo, um cavalo, meu reino por um cavalo!” no afã fugir do tacão implacável do inimigo.
Os militantes do Partido Comunista do Brasil bem que poderiam proclamar agora, parodiando o indigitado monarca inglês, “meu reino por um bom debate!” Mas com um sentido inteiramente diverso: aqui se deseja discutir idéias que guardam em sua essência um extraordinário poder mobilizador de consciências e energias em prol da luta social transformadora. Nada a ver com fracasso; antes com a elucidação de problemas atuais e a projeção de ingentes vitórias futuras.
É que a direção nacional do PCdoB trouxe à luz um conjunto de textos relativos à situação atual no Brasil e no mundo e às linhas de construção partidária, a serem submetidos ao crivo da militância e dos amigos no transcurso do seu 12º. Congresso – que se inicia agora, com reuniões de base, evoluirá em etapas municipais e estaduais e terminará no início de novembro em plenária nacional.
Congresso no caso do PCdoB significa acima de tudo muito debate, dentro e fora do Partido; muitas novas filiações; ação política revigorada pela renovação das idéias.
Você quer compreender a crise global e seus efeitos sobre o Brasil? Quer discutir os caminhos da superação plena das políticas neoliberais e a formatação de um novo projeto nacional de desenvolvimento na perspectiva do socialismo? São questões nodais nos documentos do 12º. Congresso.
Mais: você é ainda daqueles que ainda imaginam que ser militante do PCdoB é se submeter a um cortejo de sacrifícios no interior de uma organização política fechada e infensa a novas contribuições? Pois saiba, discutindo o texto que trata da política de quadros, como e por que a militância, muito ao contrário, é uma fonte permanente de felicidade pessoal e o Partido uma escola de patriotismo, consciência socialista e solidariedade humana.
Daí, caro leitor, esse militante de mais de três décadas repete “meu reino por um bom debate” como expressão de um convite para que leia e discuta os textos do 12º. Congresso. Para seu esclarecimento e o fortalecimento de nossa luta comum. www.lucianosiqueira.com.br
A construção coletiva das idéias é uma das mais fascinantes experiências humanas. Pressupõe um diálogo sincero, permanente, em cima dos fatos. Neste espaço, diariamente, compartilhamos com você nossa compreensão sobre as coisas da luta e da vida. Participe. Opine. [Artigos assinados expressam a opinião dos seus autores].
29 junho 2009
Bom sinal
. Está no Valor Econômico. Aumentam as consultas para obtenção de financiamentos no BNDES, indicando um ambiente mais favorável para investimento em bens de capital, favorecidos pela redução dos juros, pela recuperação na demanda do mercado interno e pelo aumento da utilização da capacidade instalada.
. Sinal de recuperação das atividades industriais.
. Sinal de recuperação das atividades industriais.
28 junho 2009
Parlamento defasado
No Vermelho, por Eduardo Bomfim:
O Brasil e os atos secretos
A grande verdade é que já faz um bom tempo que existe um desencontro entre a realidade brasileira e o nobre exercício da atividade política. O País começa a atingir as condições de alcançar o patamar de uma nação desenvolvida, deixando para trás o status de emergente.
Muito embora ainda sejam necessárias algumas décadas de crescimento acima de sete por cento ao ano, em média, para que venha a acumular uma riqueza essencial para investimentos em infra-estrutura básica, educação, saúde, defesa nacional, habitação popular etc.
Se conseguirmos esse feito, não há a menor dúvida de que a face do Brasil será alterada radicalmente e a qualidade de vida dos brasileiros atingirá patamares bastante elevados.
O que há de novidade nessa premissa é o fato de que neste atual estágio de crescimento em que vivemos é possível fazer tal afirmação sem que ela pareça um sonho ou uma formulação com base em uma profissão de esperança.
Em decorrência do avanço que a nação experimentou nas últimas décadas, ficou para trás a frase de Stefan Zweig, “Brasil, País do futuro”, título de um de seus livros, que soava como alguma coisa exorcizando o sofrimento permanente do presente.No entanto, mesmo com os significativos avanços experimentados, que já são suficientes para destacar o país no cenário internacional, nos campos da geopolítica e da economia, continuamos uma nação de extremas distâncias sociais.
De tal forma que já é possível declarar que o Brasil não é mais uma nação pobre, mas significativamente desigual. Uma desigualdade que se apresenta na zona rural e que se acentua enormemente nos centros urbanos.
E quanto maior for a cidade, mais gritante, agressiva e vergonhosa mesmo, é a disparidade social, com os miseráveis à mostra como uma chaga aberta no tecido social, gerando a mendicância massiva, a prostituição das filhas do povo, um exército de traficantes de drogas, a insuportável criminalidade.
Tudo isso, somado ao emprego informal massivo, resulta em uma espécie de geração de emprego e renda perverso, criminoso. O Brasil vive uma contradição aguda.Que se expressa também no Congresso Nacional, entre uma parcela razoável de excelentes parlamentares e um contingente expressivo, possivelmente majoritário, de congressistas que atuam em função dos seus próprios interesses escusos, secretos e contrários à nação.
O Brasil e os atos secretos
A grande verdade é que já faz um bom tempo que existe um desencontro entre a realidade brasileira e o nobre exercício da atividade política. O País começa a atingir as condições de alcançar o patamar de uma nação desenvolvida, deixando para trás o status de emergente.
Muito embora ainda sejam necessárias algumas décadas de crescimento acima de sete por cento ao ano, em média, para que venha a acumular uma riqueza essencial para investimentos em infra-estrutura básica, educação, saúde, defesa nacional, habitação popular etc.
Se conseguirmos esse feito, não há a menor dúvida de que a face do Brasil será alterada radicalmente e a qualidade de vida dos brasileiros atingirá patamares bastante elevados.
O que há de novidade nessa premissa é o fato de que neste atual estágio de crescimento em que vivemos é possível fazer tal afirmação sem que ela pareça um sonho ou uma formulação com base em uma profissão de esperança.
Em decorrência do avanço que a nação experimentou nas últimas décadas, ficou para trás a frase de Stefan Zweig, “Brasil, País do futuro”, título de um de seus livros, que soava como alguma coisa exorcizando o sofrimento permanente do presente.No entanto, mesmo com os significativos avanços experimentados, que já são suficientes para destacar o país no cenário internacional, nos campos da geopolítica e da economia, continuamos uma nação de extremas distâncias sociais.
De tal forma que já é possível declarar que o Brasil não é mais uma nação pobre, mas significativamente desigual. Uma desigualdade que se apresenta na zona rural e que se acentua enormemente nos centros urbanos.
E quanto maior for a cidade, mais gritante, agressiva e vergonhosa mesmo, é a disparidade social, com os miseráveis à mostra como uma chaga aberta no tecido social, gerando a mendicância massiva, a prostituição das filhas do povo, um exército de traficantes de drogas, a insuportável criminalidade.
Tudo isso, somado ao emprego informal massivo, resulta em uma espécie de geração de emprego e renda perverso, criminoso. O Brasil vive uma contradição aguda.Que se expressa também no Congresso Nacional, entre uma parcela razoável de excelentes parlamentares e um contingente expressivo, possivelmente majoritário, de congressistas que atuam em função dos seus próprios interesses escusos, secretos e contrários à nação.
Bilinguismo infantil: bom ou ruim?
Ciência Hoje Online:
Estudo avalia consequências do aprendizado de mais de uma língua durante a infância
. Quais os efeitos do aprendizado precoce de uma língua estrangeira? Para responder a essa pergunta, uma psicóloga paulista investigou a fundo estudos que apontam vantagens ou desvantagens do bilinguismo em crianças de até quatro anos. Ela concluiu que os possíveis benefícios do ensino de uma segunda língua dependem em grande parte do ambiente em que a criança vive.
. Quais os efeitos do aprendizado precoce de uma língua estrangeira? Para responder a essa pergunta, uma psicóloga paulista investigou a fundo estudos que apontam vantagens ou desvantagens do bilinguismo em crianças de até quatro anos. Ela concluiu que os possíveis benefícios do ensino de uma segunda língua dependem em grande parte do ambiente em que a criança vive.
. Embora a língua oficial do Brasil seja o português, é crescente o número de crianças que aprendem outro idioma ainda nos primeiros anos de vida. A importância do inglês no mundo globalizado, a manutenção de línguas indígenas em escolas dentro de reservas e a existência de projetos bilíngues em escolas que ficam nas fronteiras com outros países sul-americanos são alguns motivos para o fenômeno.
. A psicóloga Elizabete Flory analisou inúmeros trabalhos brasileiros e estrangeiros sobre o desenvolvimento de crianças que aprenderam duas línguas ao mesmo tempo, ou que pelo menos começaram o aprendizado do segundo idioma antes de dominarem o primeiro. O estudo foi feito durante o doutorado da pesquisadora na Universidade de São Paulo (USP).
. Flory verificou que, até meados dos anos 1960, o bilinguismo era mal-visto pela maioria dos estudiosos. Testes feitos nos Estados Unidos compararam crianças bilíngues e monolíngues e apontaram uma possível confusão de identidade e quociente de inteligência (QI) mais baixo naquelas que falavam mais de uma língua.
. Leia mais http://cienciahoje.uol.com.br/147171
27 junho 2009
26 junho 2009
Nagib Jorge Neto: Diploma necessário
A vanguarda do atraso
Nagib Jorge Neto
A categoria não deve ficar espantada, ou desencantada, com a decisão do supremo tribunal e as ilações e sofismas do presidente do órgão visando justificar a dispensa de formação e registro para o exercício da profissão de jornalista. A medida é apenas uma tentativa de suprimir conquistas e impor um retrocesso, com velhas práticas definidas e reguladas pelo tacape do mercado. E faz parte de ações e reações antigas contra o jornalismo, os jornalistas, também outras profissões, numa escalada para enfraquecer as lutas sociais, estratégia que pode ser um tiro no pé do sistema.
Por dois ou três equívocos: supor que escrever, fazer artigos, ensaios ou ficção, assegura o domínio de técnicas inerentes às funções de repórter, redator e editor; admitir que qualquer escriba tem noção do fazer jornalístico e daí as empresas podem reduzir custos com pessoal, obrigações e questões trabalhistas; ou mais grave: ignorar o avanço da internet, que cresce como espaço de notícia e crítica, ameaçando a mídia impressa e eletrônica, com limites de espaço, da liberdade de informação e do debate público.
Assim, a decisão prejudica os jornalistas, os cursos de jornalismo e as empresas, até porque ignora o fato de que “o aparecimento das profissões, diferenciadas e bem estruturadas, prende-se à divisão social do trabalho”. A conclusão é de Evaristo de Morais Filho, segundo o qual a regulamentação das profissões e a organização de associações e sindicatos no país só começou em 1903, através do decreto-lei 979, que atendeu os agricultores e foi ampliada, em 1907, com as sociedades cooperativas e o direito de associação para todos os profissionais, inclusive os liberais.”
Nesse sentido, assegura: a medida foi tardia, pois “na idade média – com o sacerdócio, o direito e a medicina – se começou a cuidar propriamente do que se poderia chamar regulamentação da profissão”. Antes disso, portanto, sob pretexto de combater o corporativismo, vigorava a teoria da vontade geral, de Jean Jacques Rosseau, alterada na França em 1884, através de lei que assegurou a regulamentação e organização das profissões industriais, estendida depois aos agricultores.
É inegável, pois, que a decisão do supremo contraria os fundamentos do Estado do Moderno, as conquistas do século XX, numa reciclagem da “vontade geral”, sob o falso pretexto de defesa da liberdade de expressão e o argumento de que a exigência de diploma, de registro, tem base somente no decreto 972, de 1969, do período em que não havia liberdade de expressão intelectual, artística e científica. A tese não tem fundamento, pois antes do decreto os profissionais de comunicação, os sindicatos e associações, vinham lutando por normas, formação e qualificação profissional.
Tanto que o decreto foi editado depois de mais de um século da instalação do nosso primeiro jornal (Gazeta do Rio de Janeiro, em 1808) e de 23 anos do surgimento do primeiro curso de jornalismo no Brasil, em 1946, na Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio. O curso foi julgado esquisitice, pois os jornalistas eram literatos e bacharéis que faziam bico, ou focas com textos ou anotações que precisavam ser escritos ou reescritos.
É certo que havia nomes de prestígio nas letras nacionais, mas um repórter podia ser recrutado sem qualquer teste, curso, situação que passa a ser alterada em fins dos anos 40 e na década de 50. Em Pernambuco os jornalistas criaram sua primeira associação em 1941 e fundaram o Sindicato em 1947, reflexo das decisões da Conferência Internacional do Trabalho de Genebra e do empenho em defesa da liberdade e do papel da imprensa na missão de informar e contribuir para formar opinião. No país, em 1950, houve a adoção de técnicas modernas de redação, de enfoque, sendo exemplo disso o Jornal do Brasil e a Última Hora, que inovou na contratação de pessoal qualificado, com carteira assinada e melhorias salariais.
Os avanços das técnicas, da sistematização do conhecimento, vêm se consolidando nos cursos de formação, registro de jornalistas, inerentes ao exercício da profissão. Tal fato não impede que pessoas de outras profissões exerçam a liberdade de opinar, de escrever para os jornais, rádio ou televisão. A hipótese de prejudicar uma vocação, um talento, ou ser uma reserva de mercado, não passa de argumento contra as lutas em defesa da liberdade, de princípios éticos e da qualidade da informação.
As alegações ditas jurídicas, libertárias, não justificam a decisão e outras iguais que contrariam o direito e a justiça. A rigor comprova que a instituição assume “a vanguarda do atraso”, por ser intocável, nada temer e ficar impune com as práticas de nepotismo, distorções, abafadas com ameaças do poder aos meios de comunicação.
Nagib Jorge Neto
A categoria não deve ficar espantada, ou desencantada, com a decisão do supremo tribunal e as ilações e sofismas do presidente do órgão visando justificar a dispensa de formação e registro para o exercício da profissão de jornalista. A medida é apenas uma tentativa de suprimir conquistas e impor um retrocesso, com velhas práticas definidas e reguladas pelo tacape do mercado. E faz parte de ações e reações antigas contra o jornalismo, os jornalistas, também outras profissões, numa escalada para enfraquecer as lutas sociais, estratégia que pode ser um tiro no pé do sistema.
Por dois ou três equívocos: supor que escrever, fazer artigos, ensaios ou ficção, assegura o domínio de técnicas inerentes às funções de repórter, redator e editor; admitir que qualquer escriba tem noção do fazer jornalístico e daí as empresas podem reduzir custos com pessoal, obrigações e questões trabalhistas; ou mais grave: ignorar o avanço da internet, que cresce como espaço de notícia e crítica, ameaçando a mídia impressa e eletrônica, com limites de espaço, da liberdade de informação e do debate público.
Assim, a decisão prejudica os jornalistas, os cursos de jornalismo e as empresas, até porque ignora o fato de que “o aparecimento das profissões, diferenciadas e bem estruturadas, prende-se à divisão social do trabalho”. A conclusão é de Evaristo de Morais Filho, segundo o qual a regulamentação das profissões e a organização de associações e sindicatos no país só começou em 1903, através do decreto-lei 979, que atendeu os agricultores e foi ampliada, em 1907, com as sociedades cooperativas e o direito de associação para todos os profissionais, inclusive os liberais.”
Nesse sentido, assegura: a medida foi tardia, pois “na idade média – com o sacerdócio, o direito e a medicina – se começou a cuidar propriamente do que se poderia chamar regulamentação da profissão”. Antes disso, portanto, sob pretexto de combater o corporativismo, vigorava a teoria da vontade geral, de Jean Jacques Rosseau, alterada na França em 1884, através de lei que assegurou a regulamentação e organização das profissões industriais, estendida depois aos agricultores.
É inegável, pois, que a decisão do supremo contraria os fundamentos do Estado do Moderno, as conquistas do século XX, numa reciclagem da “vontade geral”, sob o falso pretexto de defesa da liberdade de expressão e o argumento de que a exigência de diploma, de registro, tem base somente no decreto 972, de 1969, do período em que não havia liberdade de expressão intelectual, artística e científica. A tese não tem fundamento, pois antes do decreto os profissionais de comunicação, os sindicatos e associações, vinham lutando por normas, formação e qualificação profissional.
Tanto que o decreto foi editado depois de mais de um século da instalação do nosso primeiro jornal (Gazeta do Rio de Janeiro, em 1808) e de 23 anos do surgimento do primeiro curso de jornalismo no Brasil, em 1946, na Faculdade Nacional de Filosofia, no Rio. O curso foi julgado esquisitice, pois os jornalistas eram literatos e bacharéis que faziam bico, ou focas com textos ou anotações que precisavam ser escritos ou reescritos.
É certo que havia nomes de prestígio nas letras nacionais, mas um repórter podia ser recrutado sem qualquer teste, curso, situação que passa a ser alterada em fins dos anos 40 e na década de 50. Em Pernambuco os jornalistas criaram sua primeira associação em 1941 e fundaram o Sindicato em 1947, reflexo das decisões da Conferência Internacional do Trabalho de Genebra e do empenho em defesa da liberdade e do papel da imprensa na missão de informar e contribuir para formar opinião. No país, em 1950, houve a adoção de técnicas modernas de redação, de enfoque, sendo exemplo disso o Jornal do Brasil e a Última Hora, que inovou na contratação de pessoal qualificado, com carteira assinada e melhorias salariais.
Os avanços das técnicas, da sistematização do conhecimento, vêm se consolidando nos cursos de formação, registro de jornalistas, inerentes ao exercício da profissão. Tal fato não impede que pessoas de outras profissões exerçam a liberdade de opinar, de escrever para os jornais, rádio ou televisão. A hipótese de prejudicar uma vocação, um talento, ou ser uma reserva de mercado, não passa de argumento contra as lutas em defesa da liberdade, de princípios éticos e da qualidade da informação.
As alegações ditas jurídicas, libertárias, não justificam a decisão e outras iguais que contrariam o direito e a justiça. A rigor comprova que a instituição assume “a vanguarda do atraso”, por ser intocável, nada temer e ficar impune com as práticas de nepotismo, distorções, abafadas com ameaças do poder aos meios de comunicação.
Resgate histórico
No Vermelho, por Priscila Lobregatte:
Anistia a camponeses resgata o Brasil escondido pela ditadura
. Nos anos 1970, aviões da Força Aérea Brasileira realizaram uma verdadeira operação de guerra na região do Bico do Papagaio, entre o Sudeste do Pará e Norte de Goiás (hoje Norte do Tocantins). Mais de 30 anos depois, em 18 de junho de 2009, uma aeronave da mesma FAB pousava no aeroporto de Marabá (PA) – outrora base militar da ditadura – levando o ministro da Justiça, Tarso Genro, cuja missão era pedir perdão em nome de Estado braisleiro a camponeses perseguidos. Um fato histórico e inédito num país que ainda se divide entre a necessidade de conhecer seu passado e punir seus algozes e os interesses daqueles que trabalham para manter na obscuridade algumas das páginas mais cruéis de nossa história.
. Leia a matéria completa http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=58577
Anistia a camponeses resgata o Brasil escondido pela ditadura
. Nos anos 1970, aviões da Força Aérea Brasileira realizaram uma verdadeira operação de guerra na região do Bico do Papagaio, entre o Sudeste do Pará e Norte de Goiás (hoje Norte do Tocantins). Mais de 30 anos depois, em 18 de junho de 2009, uma aeronave da mesma FAB pousava no aeroporto de Marabá (PA) – outrora base militar da ditadura – levando o ministro da Justiça, Tarso Genro, cuja missão era pedir perdão em nome de Estado braisleiro a camponeses perseguidos. Um fato histórico e inédito num país que ainda se divide entre a necessidade de conhecer seu passado e punir seus algozes e os interesses daqueles que trabalham para manter na obscuridade algumas das páginas mais cruéis de nossa história.
. Leia a matéria completa http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=58577
História: 26 de junho de 1968
Passeata dos 100 mil, permitida, contra a brutal Sexta-feira Sangrenta no Rio. Protestos em todo o país. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Renildo preside interinamente o PCdoB nacional
Partido Vivo:
Renato Rabelo afasta-se por 20 dias da presidência do PCdoB
Reunido nesta quinta-feira (25) na sede nacional do PCdoB em São Paulo, o Secretariado do Partido emitiu nota em que comunica à imprensa a licença médica de 20 dias do seu presidente, Renato Rabelo. Neste período, assume a presidência o atual prefeito de Olinda (PE), Renildo Calheiros.
Comunicado à Imprensa
A partir do próximo dia 30 de junho, o presidente do Partido Comunista do Brasil, José Renato Rabelo, estará em licença médica por 20 dias. Neste período, o vice-presidente do PCdoB – Renildo Calheiros – responderá interinamente pela presidência.
Renildo Calheiros é geólogo de formação e ingressou no PCdoB em 1979. Foi eleito vice-presidente nacional no XI Congresso do PCdoB, em 23 de outubro de 2005.
Renildo atualmente exerce o cargo de prefeito da cidade de Olinda, em Pernambuco.
Secretariado Nacional do PCdoB
São Paulo, 25 de junho de 2009
Renato Rabelo afasta-se por 20 dias da presidência do PCdoB
Reunido nesta quinta-feira (25) na sede nacional do PCdoB em São Paulo, o Secretariado do Partido emitiu nota em que comunica à imprensa a licença médica de 20 dias do seu presidente, Renato Rabelo. Neste período, assume a presidência o atual prefeito de Olinda (PE), Renildo Calheiros.
Comunicado à Imprensa
A partir do próximo dia 30 de junho, o presidente do Partido Comunista do Brasil, José Renato Rabelo, estará em licença médica por 20 dias. Neste período, o vice-presidente do PCdoB – Renildo Calheiros – responderá interinamente pela presidência.
Renildo Calheiros é geólogo de formação e ingressou no PCdoB em 1979. Foi eleito vice-presidente nacional no XI Congresso do PCdoB, em 23 de outubro de 2005.
Renildo atualmente exerce o cargo de prefeito da cidade de Olinda, em Pernambuco.
Secretariado Nacional do PCdoB
São Paulo, 25 de junho de 2009
Meu artigo semanal no Blog de Jamildo (JC Online)
Impressões (superficiais) sobre as eleições argentinas
Luciano Siqueira
Quantas vezes não nos queixamos, cá entre nós, de campanhas eleitorais ricas em glamour, porém pobres de conteúdo? É aquela coisa: candidatos produzem frases de efeito e gestos pirotécnicos no intuito (nem sempre bem sucedido) de despertar a emoção do eleitor; e a mídia a bisbilhotar fuxicos ou desaforos – em prejuízo do debate de idéias. Perdemos todos: partidos, candidatos, eleitores e, mais ainda, nossa débil democracia.
Pois bem. Quatro dias em Buenos Aires é muito pouco para me encorajar a dar opinião sobre as eleições parlamentares na Argentina, que ocorrerão domingo próximo. Nem pretendo. Apenas registro algumas impressões superficiais de observador en passant, já aqui vim para aproveitar uma brecha na atribulada agenda, sem outro compromisso além de viver o ambiente dessa bela e romântica cidade. Mas fica impossível fechar os olhos à política – inclusive ao que aqui acontece.
Começa pelos taxistas. Quase todos querem saber de Lula e pelos menos três deles me propuseram uma troca de Cristina Kirchner (rejeitada por 71% dos portenhos, segundo pesquisa feita pela consultoria Graciela Römer e Associados, divulgada no domingo) pelo nosso presidente, prometendo uma boa usura que me pagariam com “muchos pesos”. Depois, pela flagrante apatia (pelos menos na capital federal) da população: não se vê nada de campanha, salvo alguns cartazes em algumas paredes e tapumes. Mais: nos jornais e na TV, ganha uma caixa de alfajores Havanna quem descobrir as propostas dos candidatos – mesmo quando se mostram cenas de alguns atos públicos em recintos fechados.
E não é pouco o que está em causa no pleito de domingo próximo: 127 cadeiras na Câmara de Deputados, das quais 35 são eleitas na Província de Buenos Aires.
A disputa se dá com o voto em partidos ou coligações, que fazem listas fechadas com ordem predeterminada - quanto mais votos conquistados, mais candidatos são eleitos. Há, contudo, destaque para alguns nomes que encabeçam as listas, como o ex-presidente Néstor Kirchner, maior nome da situação, e Francisco De Narváez, da oposição.
Passeio pelos canais de TV, abro os jornais de maior prestígio, Clarin e La Nacion – e, sinceramente, nada mais do que um bate-boca tremendo sobre a autenticidade de pesquisas sobre intenção de voto!
Estranho, muito estranho, a julgar pelo grau de politização dos taxistas, esses porta-vozes informais do senso comum em toda grande cidade. Aqui eles são capazes de falar das dificuldades econômicas, da crescente favelização do entorno metropolitano; fazem críticas ao governo, mostram-se por dentro da política. E concordam quando reclamo da ausência de propostas na campanha. Donde se pode concluir que algo não anda bem com partidos e candidatos argentinos.
Ou será mera impressão do observador que está apenas de passagem?
Luciano Siqueira
Quantas vezes não nos queixamos, cá entre nós, de campanhas eleitorais ricas em glamour, porém pobres de conteúdo? É aquela coisa: candidatos produzem frases de efeito e gestos pirotécnicos no intuito (nem sempre bem sucedido) de despertar a emoção do eleitor; e a mídia a bisbilhotar fuxicos ou desaforos – em prejuízo do debate de idéias. Perdemos todos: partidos, candidatos, eleitores e, mais ainda, nossa débil democracia.
Pois bem. Quatro dias em Buenos Aires é muito pouco para me encorajar a dar opinião sobre as eleições parlamentares na Argentina, que ocorrerão domingo próximo. Nem pretendo. Apenas registro algumas impressões superficiais de observador en passant, já aqui vim para aproveitar uma brecha na atribulada agenda, sem outro compromisso além de viver o ambiente dessa bela e romântica cidade. Mas fica impossível fechar os olhos à política – inclusive ao que aqui acontece.
Começa pelos taxistas. Quase todos querem saber de Lula e pelos menos três deles me propuseram uma troca de Cristina Kirchner (rejeitada por 71% dos portenhos, segundo pesquisa feita pela consultoria Graciela Römer e Associados, divulgada no domingo) pelo nosso presidente, prometendo uma boa usura que me pagariam com “muchos pesos”. Depois, pela flagrante apatia (pelos menos na capital federal) da população: não se vê nada de campanha, salvo alguns cartazes em algumas paredes e tapumes. Mais: nos jornais e na TV, ganha uma caixa de alfajores Havanna quem descobrir as propostas dos candidatos – mesmo quando se mostram cenas de alguns atos públicos em recintos fechados.
E não é pouco o que está em causa no pleito de domingo próximo: 127 cadeiras na Câmara de Deputados, das quais 35 são eleitas na Província de Buenos Aires.
A disputa se dá com o voto em partidos ou coligações, que fazem listas fechadas com ordem predeterminada - quanto mais votos conquistados, mais candidatos são eleitos. Há, contudo, destaque para alguns nomes que encabeçam as listas, como o ex-presidente Néstor Kirchner, maior nome da situação, e Francisco De Narváez, da oposição.
Passeio pelos canais de TV, abro os jornais de maior prestígio, Clarin e La Nacion – e, sinceramente, nada mais do que um bate-boca tremendo sobre a autenticidade de pesquisas sobre intenção de voto!
Estranho, muito estranho, a julgar pelo grau de politização dos taxistas, esses porta-vozes informais do senso comum em toda grande cidade. Aqui eles são capazes de falar das dificuldades econômicas, da crescente favelização do entorno metropolitano; fazem críticas ao governo, mostram-se por dentro da política. E concordam quando reclamo da ausência de propostas na campanha. Donde se pode concluir que algo não anda bem com partidos e candidatos argentinos.
Ou será mera impressão do observador que está apenas de passagem?
25 junho 2009
Artigo semanal no site da Revista Algomais
Quem nos dera um robô desses!
Luciano Siqueira
Dia desses um amigo viciado em livros, como eu, comentou que todo um piso da Biblioteca Pública do Estado tem o seu acervo inacessível ao público para evitar danos, tais as precárias condições de conservação. Não conferi, mas não será surpresa se assim estiver acontecendo – igual a muitas bibliotecas por todo esse imenso Brasil.
Dá-se pouca importância a bibliotecas em nosso país, infelizmente. De modo que leio com satisfação, e uma indisfarçável ponta de inveja, que um robô vai digitalizar, até 2012, cem mil livros da coleção do empresário José Mindlin e da Universidade de São Paulo. Quem nos dera um robô desses!
O tal robô – um Kirtas APT 2.400 BookScan – custa cerca de 220 mil dólares. Foi adquirido pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) e doado à USP. Segundo reportagem na Carta Capital, ele é capaz de ler 2.400 páginas por hora, de modo que um livro de 300 páginas, por exemplo, pode arquivado num computador em apenas oito minutos.
Mais fantástico é o resultado. Imagine que raríssimos exemplares de autores como Machado de Assis, José de Alencar e Joaquim Manoel de Macedo; os Sermões do Padre Antônio Vieira; gravuras de Jean-Baptiste Debret – pertencentes ao empresário – depois de concluído todo o processo (após digitalizado, o livro é examinado por pesquisadores através de soft-wares livres e customizados), manuscritos, mapas, ilustrações as mais diversas, textos antigos se tornam disponíveis a todo e qualquer cidadão interessado. Gratuitamente.
E não ficará apenas no acervo citado. Futuramente se poderá fazer o mesmo com acervos de outras bibliotecas igualmente importantes.
Tudo ainda está em fase experimental, mas você já pode fazer seu próprio teste acessando o endereço http://brasiliana.usp.br/. Eu já fiz e me dei muito bem, tendo acesso à edição da História do Brasil (1627), de Frei Vicente do Salvador, preparada por Capistrano de Abreu, que já está online.
Além da democratização do acesso a tão extraordinário acervo, várias outras serventias vêm junto – como a facilidade de realização de pesquisas e estudos diversos e a preservação de parte significativa da cultura brasileira e universal.
Também duas verdades são demonstradas: a informática e a internet não “matam” o livro, antes o complementam e o fortalecem; e servem para muito mais do que armazenar e difundir o “lixo” intelectual produzido diariamente a muitas mãos e consumido por internautas semialienados.
Pernambuco tem realizado em seu território parte de nossa História e de nossa cultura. Guarda acervos importantíssimos. Bom seria se tivéssemos um robô desses na terra de Gilberto Freyre, José Antonio Gonçalves de Mello Neto, Pereira da Costa e Carlos Pena Filho.
Luciano Siqueira
Dia desses um amigo viciado em livros, como eu, comentou que todo um piso da Biblioteca Pública do Estado tem o seu acervo inacessível ao público para evitar danos, tais as precárias condições de conservação. Não conferi, mas não será surpresa se assim estiver acontecendo – igual a muitas bibliotecas por todo esse imenso Brasil.
Dá-se pouca importância a bibliotecas em nosso país, infelizmente. De modo que leio com satisfação, e uma indisfarçável ponta de inveja, que um robô vai digitalizar, até 2012, cem mil livros da coleção do empresário José Mindlin e da Universidade de São Paulo. Quem nos dera um robô desses!
O tal robô – um Kirtas APT 2.400 BookScan – custa cerca de 220 mil dólares. Foi adquirido pela Fundação de Amparo à Pesquisa de São Paulo (Fapesp) e doado à USP. Segundo reportagem na Carta Capital, ele é capaz de ler 2.400 páginas por hora, de modo que um livro de 300 páginas, por exemplo, pode arquivado num computador em apenas oito minutos.
Mais fantástico é o resultado. Imagine que raríssimos exemplares de autores como Machado de Assis, José de Alencar e Joaquim Manoel de Macedo; os Sermões do Padre Antônio Vieira; gravuras de Jean-Baptiste Debret – pertencentes ao empresário – depois de concluído todo o processo (após digitalizado, o livro é examinado por pesquisadores através de soft-wares livres e customizados), manuscritos, mapas, ilustrações as mais diversas, textos antigos se tornam disponíveis a todo e qualquer cidadão interessado. Gratuitamente.
E não ficará apenas no acervo citado. Futuramente se poderá fazer o mesmo com acervos de outras bibliotecas igualmente importantes.
Tudo ainda está em fase experimental, mas você já pode fazer seu próprio teste acessando o endereço http://brasiliana.usp.br/. Eu já fiz e me dei muito bem, tendo acesso à edição da História do Brasil (1627), de Frei Vicente do Salvador, preparada por Capistrano de Abreu, que já está online.
Além da democratização do acesso a tão extraordinário acervo, várias outras serventias vêm junto – como a facilidade de realização de pesquisas e estudos diversos e a preservação de parte significativa da cultura brasileira e universal.
Também duas verdades são demonstradas: a informática e a internet não “matam” o livro, antes o complementam e o fortalecem; e servem para muito mais do que armazenar e difundir o “lixo” intelectual produzido diariamente a muitas mãos e consumido por internautas semialienados.
Pernambuco tem realizado em seu território parte de nossa História e de nossa cultura. Guarda acervos importantíssimos. Bom seria se tivéssemos um robô desses na terra de Gilberto Freyre, José Antonio Gonçalves de Mello Neto, Pereira da Costa e Carlos Pena Filho.
Assimetria social
. No Jornal do Brasil de hoje: socorro a bancos supera ajuda a pobres.
. O sistema financeiro mundial recebeu no último ano quase 10 vezes mais dinheiro público por causa da crise internacional do que todos os países pobres em meio século. Os dados são de um relatório da ONU, segundo o qual a destinação de dinheiro ao desenvolvimento dos países mais pobres não é questão de falta de recursos, mas de vontade política.
. O sistema financeiro mundial recebeu no último ano quase 10 vezes mais dinheiro público por causa da crise internacional do que todos os países pobres em meio século. Os dados são de um relatório da ONU, segundo o qual a destinação de dinheiro ao desenvolvimento dos países mais pobres não é questão de falta de recursos, mas de vontade política.
Boa notícia na Amazônia?
. Informa a Agência Brasil, que o desmatamento na Amazônia em maio atingiu uma área de 123 quilômetros quadrados (km²), de acordo com relatório do Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), divulgado hoje (24) pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Em relação aos dados de maio de 2008, quando o Inpe registrou 1.096 km² de desmate, houve queda de 88%.
. A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais. . De agosto de 2008 até maio de 2009, o Deter já registrou 2.957 km² de desmatamento na Amazônia. No período anterior (agosto de 2007 a maio de 2008) a soma foi de 6.952 km².. A redução verificada pelo Deter pode sinalizar queda na taxa anual de desmatamento, medida pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). O número atual é de 11,9 mil km².
. A medição do Deter considera as áreas que sofreram corte raso (desmate completo) e as que estão em degradação progressiva. O sistema serve de alerta para as ações de fiscalização e controle dos órgãos ambientais. . De agosto de 2008 até maio de 2009, o Deter já registrou 2.957 km² de desmatamento na Amazônia. No período anterior (agosto de 2007 a maio de 2008) a soma foi de 6.952 km².. A redução verificada pelo Deter pode sinalizar queda na taxa anual de desmatamento, medida pelo Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal (Prodes). O número atual é de 11,9 mil km².
Em defesa do diploma de jornalista
Chegou a hora da grande batalha
Sérgio Augusto Silveira*
sergioaugusto_s@yahoo.com.br
Depois do encarniçado enfrentamento com o autoritarismo ditatorial repressivo e assassino, ao longo dos anos de 1970, os jornalistas brasileiros chegam agora à primeira grande batalha do novo século, em nome da qualidade e da liberdade da informação. Ao mesmo tempo querem saber até onde vai chegar esse processo atual de decadência que atinge as instituições, ao ponto de agora os transformar em vítimas.
A exigência do diploma para o exercício desta profissão, a partir de 1969, durante o primeiro governo da ditadura, transformou-se, com o passar do tempo, numa vitória da profissão, elevando a qualidade e precisão da técnica de informar. Ou seja, transformou-se numa ferramenta essencial para a dinâmica da democracia.
Se existem, em todos os órgãos da mídia, os colaboradores intelectuais não jornalistas – tal como foram Gilberto Freyre, Dom Hélder Câmara e muitos outros de maior ou menor envergadura – isto não quer dizer que a comunicação social não precise de especialidade e formação. A realidade é exatamente o contrário do que acha a maioria dos integrantes do Supremo Tribunal Federal, os quais estão precisando de um entendimento sobre o que é cobrir os fatos, organizá-los e dar-lhes redação, transformando-os em notícia, em reportagem.
Por não estarem ao par desta realidade – “príncipes” que são, vendo o mundo lá do alto de suas magistraturas – os juízes do STF avaliam o resto da sociedade tal como se fosse um mundão homogêneo, anódino. Entre esses “príncipes”, raros são os que não perderam contato com a realidade, a exemplo dos ministros Joaquim Barbosa (que não compareceu à reunião que rejeitou o diploma) e Marco Aurélio Mello (abertamente contra essa rejeição).
Os nomes destes dois merecem, sim, ser citados e aplaudidos, em nome da liberdade de Imprensa, da democracia e da necessária e eficiente formação profissional. Agora, diante da decisão patronal do STF, abre-se um novo front de batalha, que já está mobilizando os jornalistas em todos os quadrantes do Brasil, com o apoio da maior parte do poder Judiciário. A missão de cada jornalista é alinhar-se à luta pela manutenção do diploma.
Alinhamento em todas as partes porque a mobilização precisa ser grande e sonora. É de uma dimensão histórica e mais profunda do que um ato por aumento salarial ou contra demissões. É uma luta pelo resgate da conquista feita no início do século XX, no alvorecer da República, quando a sociedade brasileira reconheceu como profissão a tarefa de colher dados, escrever e noticiá-los, em nome da cidadania. Chegou a hora da grande batalha.
* Jornalista
Sérgio Augusto Silveira*
sergioaugusto_s@yahoo.com.br
Depois do encarniçado enfrentamento com o autoritarismo ditatorial repressivo e assassino, ao longo dos anos de 1970, os jornalistas brasileiros chegam agora à primeira grande batalha do novo século, em nome da qualidade e da liberdade da informação. Ao mesmo tempo querem saber até onde vai chegar esse processo atual de decadência que atinge as instituições, ao ponto de agora os transformar em vítimas.
A exigência do diploma para o exercício desta profissão, a partir de 1969, durante o primeiro governo da ditadura, transformou-se, com o passar do tempo, numa vitória da profissão, elevando a qualidade e precisão da técnica de informar. Ou seja, transformou-se numa ferramenta essencial para a dinâmica da democracia.
Se existem, em todos os órgãos da mídia, os colaboradores intelectuais não jornalistas – tal como foram Gilberto Freyre, Dom Hélder Câmara e muitos outros de maior ou menor envergadura – isto não quer dizer que a comunicação social não precise de especialidade e formação. A realidade é exatamente o contrário do que acha a maioria dos integrantes do Supremo Tribunal Federal, os quais estão precisando de um entendimento sobre o que é cobrir os fatos, organizá-los e dar-lhes redação, transformando-os em notícia, em reportagem.
Por não estarem ao par desta realidade – “príncipes” que são, vendo o mundo lá do alto de suas magistraturas – os juízes do STF avaliam o resto da sociedade tal como se fosse um mundão homogêneo, anódino. Entre esses “príncipes”, raros são os que não perderam contato com a realidade, a exemplo dos ministros Joaquim Barbosa (que não compareceu à reunião que rejeitou o diploma) e Marco Aurélio Mello (abertamente contra essa rejeição).
Os nomes destes dois merecem, sim, ser citados e aplaudidos, em nome da liberdade de Imprensa, da democracia e da necessária e eficiente formação profissional. Agora, diante da decisão patronal do STF, abre-se um novo front de batalha, que já está mobilizando os jornalistas em todos os quadrantes do Brasil, com o apoio da maior parte do poder Judiciário. A missão de cada jornalista é alinhar-se à luta pela manutenção do diploma.
Alinhamento em todas as partes porque a mobilização precisa ser grande e sonora. É de uma dimensão histórica e mais profunda do que um ato por aumento salarial ou contra demissões. É uma luta pelo resgate da conquista feita no início do século XX, no alvorecer da República, quando a sociedade brasileira reconheceu como profissão a tarefa de colher dados, escrever e noticiá-los, em nome da cidadania. Chegou a hora da grande batalha.
* Jornalista
23 junho 2009
Esqueci de avisar...
. Desde a sexta-feira 19 encontro-me fora do Recife. E decicido a retomar o convívio com vocês aqui no blog apenas após o São João.
. Esqueci de avisar.
. Mas agora todos ficam sabendo...
. Esqueci de avisar.
. Mas agora todos ficam sabendo...
18 junho 2009
Artigo semanal no Blog de Jamildo (JC Online)
Uma discussão incorreta e inoportuna
Luciano Siqueira
Primeiro foi por ocasião da enfermidade que obrigou o vice-governador Joao Lyra Neto a uma prolongada licença do cargo. Agora – registra um dos jornais locais – o assunto volta à baila sob o estímulo de processo que o Lyra responde perante a Justiça Eleitoral. Em parte da chamada base aliada do governador Eduardo Campos, a especulação em torno de cargo de vice no pleito de 2010.
Além de um flagrante desrespeito e total ausência de solidariedade ao atual vice-governador, a atitude revela uma imensa imaturidade. Não é assim que se constrói uma chapa majoritária, muito menos no caso específico do lugar de vice-governador.
Há casos, sim, em que o cargo de vice foi fruto de acordo político. Paulo Guerra, vice de Miguel Arraes em 1962, por exemplo. Não havia plena identidade entre ambos, tanto que Guerra assumiu e permaneceu no cargo quando Arraes foi deposto pelos militares em 1964. Mas não é a regra. O mais comum é que, em condições normais de temperatura e pressão, o vice seja escolhido pelo titular, mesmo quando pertencente a outra legenda. Assim ocorreu com João Lyra Neto, do PDT, escolhido por Eduardo Campos, do PSB. Assim ocorreu duas vezes consecutivas comigo, do PCdoB, a partir de uma preferência explícita de João Paulo, do PT, nos pleitos de 2000 e 2004, no Recife.
Demais, é preciso considerar um conjunto de variáveis na construção da chapa majoritária de 2010: do cenário político-eleitoral ao ambiente social em que o pleito vai acontecer. E há variáveis que ainda não se apresentaram.
Se a coalizão partidária que dá sustentação ao presidente Lula tiver mais de um candidato à presidência da República – Dilma Roussef, pelo PT, Ciro Gomes pelo PSB -, será possível uma candidatura única a governador em Pernambuco? Que implicações isso teria na disputa pelas duas vagas ao Senado?
Essa é outra questão. Não está escrito nem na Constituição nem Bíblia que as duas vagas para senador já estejam preenchidas. Os nomes mais citados estão mais do que credenciados para tanto. Mas não podem se impor como fato consumado. Primeiro, porque não são os únicos em condições de bem representar o conjunto das forças aliadas, há outros igualmente aptos. Segundo, porque não podem prescindir jamais de um entendimento político com os demais partidos interessados.
Por essas e outras, discutir agora – mesmo intramuros – a substituição de João Lyra Filho na futura chapa de 2010 é incorreto e inoportuno. Os que assim procedem, melhor fariam se desejassem o melhor para o vice-governador, que esteja bem de saúde, que vença a causa na Justiça e que esteja em condições de prosseguir ao lado de Eduardo Campos, caso o governador se candidate à reeleição. www.lucianosiqueira.com.br
Luciano Siqueira
Primeiro foi por ocasião da enfermidade que obrigou o vice-governador Joao Lyra Neto a uma prolongada licença do cargo. Agora – registra um dos jornais locais – o assunto volta à baila sob o estímulo de processo que o Lyra responde perante a Justiça Eleitoral. Em parte da chamada base aliada do governador Eduardo Campos, a especulação em torno de cargo de vice no pleito de 2010.
Além de um flagrante desrespeito e total ausência de solidariedade ao atual vice-governador, a atitude revela uma imensa imaturidade. Não é assim que se constrói uma chapa majoritária, muito menos no caso específico do lugar de vice-governador.
Há casos, sim, em que o cargo de vice foi fruto de acordo político. Paulo Guerra, vice de Miguel Arraes em 1962, por exemplo. Não havia plena identidade entre ambos, tanto que Guerra assumiu e permaneceu no cargo quando Arraes foi deposto pelos militares em 1964. Mas não é a regra. O mais comum é que, em condições normais de temperatura e pressão, o vice seja escolhido pelo titular, mesmo quando pertencente a outra legenda. Assim ocorreu com João Lyra Neto, do PDT, escolhido por Eduardo Campos, do PSB. Assim ocorreu duas vezes consecutivas comigo, do PCdoB, a partir de uma preferência explícita de João Paulo, do PT, nos pleitos de 2000 e 2004, no Recife.
Demais, é preciso considerar um conjunto de variáveis na construção da chapa majoritária de 2010: do cenário político-eleitoral ao ambiente social em que o pleito vai acontecer. E há variáveis que ainda não se apresentaram.
Se a coalizão partidária que dá sustentação ao presidente Lula tiver mais de um candidato à presidência da República – Dilma Roussef, pelo PT, Ciro Gomes pelo PSB -, será possível uma candidatura única a governador em Pernambuco? Que implicações isso teria na disputa pelas duas vagas ao Senado?
Essa é outra questão. Não está escrito nem na Constituição nem Bíblia que as duas vagas para senador já estejam preenchidas. Os nomes mais citados estão mais do que credenciados para tanto. Mas não podem se impor como fato consumado. Primeiro, porque não são os únicos em condições de bem representar o conjunto das forças aliadas, há outros igualmente aptos. Segundo, porque não podem prescindir jamais de um entendimento político com os demais partidos interessados.
Por essas e outras, discutir agora – mesmo intramuros – a substituição de João Lyra Filho na futura chapa de 2010 é incorreto e inoportuno. Os que assim procedem, melhor fariam se desejassem o melhor para o vice-governador, que esteja bem de saúde, que vença a causa na Justiça e que esteja em condições de prosseguir ao lado de Eduardo Campos, caso o governador se candidate à reeleição. www.lucianosiqueira.com.br
16 junho 2009
Os "bric"em ascensão
Artigo de Lula no Valor Econômico:
Os Bric atingem sua maioridade
Luiz Inácio Lula da Silva
A cidade de Ecaterimburgo, na Rússia, recebe hoje os líderes de Brasil, Rússia, Índia e China - os chamados Bric -, que realizam seu primeiro encontro. Essa reunião celebra mais que apenas a primeira cúpula dos Bric. Ela marca uma profunda mudança na maneira pela qual nossos países se engajam em um mundo que experimenta profundas mudanças.
Em Ecaterimburgo, selaremos um compromisso que objetiva trazer novas respostas a velhos problemas e oferecer uma liderança corajosa para enfrentarmos a inércia e a indecisão.
Afinal, o mundo enfrenta hoje desafios de grande complexidade, mas que exigem respostas urgentes. Estamos diante de ameaças que nos afetam a todos - para as quais alguns muito contribuíram, enquanto outros se veem na posição de vítimas inocentes de suas consequências.
Mas vivemos entre paradigmas superados e instituições multilaterais desacreditadas. A atual crise econômica apenas aumenta um sentimento crescente de perplexidade e impotência diante da mudança do clima e do risco de escassez mundial de alimentos e energia. Claramente, a sociedade moderna precisa repensar um sistema que, de forma acintosa, fomenta o desperdício dos recursos naturais e finitos da Terra, ao mesmo tempo que condena bilhões de pessoas à pobreza e ao desespero.
Essa é a razão pela qual, na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2008, eu afirmei que "é a hora da política". Chegou a hora de fazermos escolhas difíceis e de enfrentarmos responsabilidades coletivas.
Estarão os países ricos dispostos a aceitar supervisão supranacional e o controle do sistema financeiro internacional, de maneira a evitar o risco de outra crise econômica?Estarão dispostos a ceder seu controle sobre as tomadas de decisão no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI)?
Concordarão em cobrir os custos da adaptação tecnológica para que as pessoas nos países em desenvolvimento possam se beneficiar dos progressos científicos sem ameaçar o meio ambiente global?
Eliminarão os subsídios protecionistas que tornam inviável a agricultura moderna em muitos países em desenvolvimento, ao deixar agricultores pobres à mercê de especuladores e doadores generosos?
Essas são as questões que os Bric querem ver respondidas.
É por isso que cobramos, durante a recente reunião do G-20, em Londres, que os países desenvolvidos comprometam-se com a reforma do sistema de votação e de cotas das instituições do sistema de Bretton Woods. Apenas assim a voz dos países em desenvolvimento será ouvida. Obtivemos também um compromisso de que será estabelecido um fundo que proverá apoio financeiro eficiente e rápido - livre de dogmas neoliberais - a países afetados por uma repentina queda em suas exportações ou pelo encolhimento do crédito.
Esse é apenas o primeiro passo de uma revisão nos fundamentos das políticas que gostaríamos de ver avançar na próxima reunião do G-20. Faremos todos os esforços para levar a Rodada de Desenvolvimento de Doha a uma conclusão rápida e equilibrada.
É igualmente urgente renovar as Nações Unidas, se queremos que as instituições multilaterais recuperem relevância. Postergar reformas, especialmente a do Conselho de Segurança, apenas servirá para erodir ainda mais a autoridade das instituições internacionais.
Em 2004, patrocinei o Plano de Ação contra a Fome da ONU. Fiquei contente ao saber que a segurança alimentar estará na agenda de Ecaterimburgo.
Essas iniciativas demonstram que os Bric são mais que um grupo de países grandes, unidos apenas pelo tamanho de suas economias, vastidão de seus recursos naturais e vontade de projetar seus valores e interesses.
Nós nos destacamos nos últimos anos porque nossas quatro economias têm mostrado crescimento robusto. O comércio entre nós cresceu 500% desde 2003. Isso ajuda a explicar porque hoje geramos 65% do crescimento global, o que faz dos Bric a principal esperança para uma rápida recuperação da recessão global.
Isso gera redobradas expectativas sobre os nossos quatro países, para que exerçam liderança responsável com o objetivo de reconstruir a governança global e o crescimento sustentado para todos. Trata-se de um desafio que, tenho certeza, todos aceitaremos. Digo isso porque, ao longo de minha carreira política, e em função de minha experiência como sindicalista, aprendi uma lição básica: para ser efetivo, não é suficiente estar certo ou ter a justiça a seu lado. Ninguém falará pelos fracos e vulneráveis a não ser que eles próprios se unam. Para ter sua voz realmente ouvida, mas de uma posição de imperturbável convicção respaldada por nosso peso político. Essa é uma tarefa e um compromisso que espero sejam assumidos pelos Bric em Ecaterimburgo.
Os Bric atingem sua maioridade
Luiz Inácio Lula da Silva
A cidade de Ecaterimburgo, na Rússia, recebe hoje os líderes de Brasil, Rússia, Índia e China - os chamados Bric -, que realizam seu primeiro encontro. Essa reunião celebra mais que apenas a primeira cúpula dos Bric. Ela marca uma profunda mudança na maneira pela qual nossos países se engajam em um mundo que experimenta profundas mudanças.
Em Ecaterimburgo, selaremos um compromisso que objetiva trazer novas respostas a velhos problemas e oferecer uma liderança corajosa para enfrentarmos a inércia e a indecisão.
Afinal, o mundo enfrenta hoje desafios de grande complexidade, mas que exigem respostas urgentes. Estamos diante de ameaças que nos afetam a todos - para as quais alguns muito contribuíram, enquanto outros se veem na posição de vítimas inocentes de suas consequências.
Mas vivemos entre paradigmas superados e instituições multilaterais desacreditadas. A atual crise econômica apenas aumenta um sentimento crescente de perplexidade e impotência diante da mudança do clima e do risco de escassez mundial de alimentos e energia. Claramente, a sociedade moderna precisa repensar um sistema que, de forma acintosa, fomenta o desperdício dos recursos naturais e finitos da Terra, ao mesmo tempo que condena bilhões de pessoas à pobreza e ao desespero.
Essa é a razão pela qual, na Assembleia Geral das Nações Unidas, em 2008, eu afirmei que "é a hora da política". Chegou a hora de fazermos escolhas difíceis e de enfrentarmos responsabilidades coletivas.
Estarão os países ricos dispostos a aceitar supervisão supranacional e o controle do sistema financeiro internacional, de maneira a evitar o risco de outra crise econômica?Estarão dispostos a ceder seu controle sobre as tomadas de decisão no Banco Mundial e no Fundo Monetário Internacional (FMI)?
Concordarão em cobrir os custos da adaptação tecnológica para que as pessoas nos países em desenvolvimento possam se beneficiar dos progressos científicos sem ameaçar o meio ambiente global?
Eliminarão os subsídios protecionistas que tornam inviável a agricultura moderna em muitos países em desenvolvimento, ao deixar agricultores pobres à mercê de especuladores e doadores generosos?
Essas são as questões que os Bric querem ver respondidas.
É por isso que cobramos, durante a recente reunião do G-20, em Londres, que os países desenvolvidos comprometam-se com a reforma do sistema de votação e de cotas das instituições do sistema de Bretton Woods. Apenas assim a voz dos países em desenvolvimento será ouvida. Obtivemos também um compromisso de que será estabelecido um fundo que proverá apoio financeiro eficiente e rápido - livre de dogmas neoliberais - a países afetados por uma repentina queda em suas exportações ou pelo encolhimento do crédito.
Esse é apenas o primeiro passo de uma revisão nos fundamentos das políticas que gostaríamos de ver avançar na próxima reunião do G-20. Faremos todos os esforços para levar a Rodada de Desenvolvimento de Doha a uma conclusão rápida e equilibrada.
É igualmente urgente renovar as Nações Unidas, se queremos que as instituições multilaterais recuperem relevância. Postergar reformas, especialmente a do Conselho de Segurança, apenas servirá para erodir ainda mais a autoridade das instituições internacionais.
Em 2004, patrocinei o Plano de Ação contra a Fome da ONU. Fiquei contente ao saber que a segurança alimentar estará na agenda de Ecaterimburgo.
Essas iniciativas demonstram que os Bric são mais que um grupo de países grandes, unidos apenas pelo tamanho de suas economias, vastidão de seus recursos naturais e vontade de projetar seus valores e interesses.
Nós nos destacamos nos últimos anos porque nossas quatro economias têm mostrado crescimento robusto. O comércio entre nós cresceu 500% desde 2003. Isso ajuda a explicar porque hoje geramos 65% do crescimento global, o que faz dos Bric a principal esperança para uma rápida recuperação da recessão global.
Isso gera redobradas expectativas sobre os nossos quatro países, para que exerçam liderança responsável com o objetivo de reconstruir a governança global e o crescimento sustentado para todos. Trata-se de um desafio que, tenho certeza, todos aceitaremos. Digo isso porque, ao longo de minha carreira política, e em função de minha experiência como sindicalista, aprendi uma lição básica: para ser efetivo, não é suficiente estar certo ou ter a justiça a seu lado. Ninguém falará pelos fracos e vulneráveis a não ser que eles próprios se unam. Para ter sua voz realmente ouvida, mas de uma posição de imperturbável convicção respaldada por nosso peso político. Essa é uma tarefa e um compromisso que espero sejam assumidos pelos Bric em Ecaterimburgo.
Para aquecer a economia
. A informação é da Agência Brasil. Micro e pequenas empresas terão até R$ 11,6 bilhões a mais para pegar emprestado no Banco do Brasil. A instituição financeira ampliou o limite de crédito para 303 mil clientes desse segmento. O banco também reduziu os juros para os financiamentos desse tipo de empresa.
. Em comunicado, o Banco do Brasil informou que a medida permitirá que os empresários tenham mais recursos para comercialização. Segundo a instituição, a circulação desse dinheiro contribuirá para o estímulo à atividade econômica, favorecendo a criação de emprego e renda.
. A partir de amanhã (16), os juros estarão reduzidos. De acordo com o banco, a carteira de crédito das micro e pequenas empresas soma R$ 37,4 bilhões.. Em menos de um mês, é a segunda vez que o Banco do Brasil aumenta a oferta de crédito. Há três semanas, a instituição elevou os limites de empréstimo de 10 milhões de clientes, o que liberou até R$ 13 bilhões em financiamentos. O banco também reduziu o juro para pessoas físicas.
. Em comunicado, o Banco do Brasil informou que a medida permitirá que os empresários tenham mais recursos para comercialização. Segundo a instituição, a circulação desse dinheiro contribuirá para o estímulo à atividade econômica, favorecendo a criação de emprego e renda.
. A partir de amanhã (16), os juros estarão reduzidos. De acordo com o banco, a carteira de crédito das micro e pequenas empresas soma R$ 37,4 bilhões.. Em menos de um mês, é a segunda vez que o Banco do Brasil aumenta a oferta de crédito. Há três semanas, a instituição elevou os limites de empréstimo de 10 milhões de clientes, o que liberou até R$ 13 bilhões em financiamentos. O banco também reduziu o juro para pessoas físicas.
15 junho 2009
De olho na defesa civil
. Quarta-feira próxima, 17, o PCdoB reúne no Recife os integrantes das direções municipal, distritais e de base no auditório do Comitê Estadual, às 19 horas, para discutir com Nina Celeste, diretora da CODECIR, o Plano da Defesa Civil para o período de chuvas recém-iniciado.
. A reunião é uma iniciativa conjunta do Comitê Municipal e da bancada de vereadores.
. A reunião é uma iniciativa conjunta do Comitê Municipal e da bancada de vereadores.
Meus artigos no blog de Charles Meira
. O vereador de Carpina, Charles Meira (PDT), mantém em ótimo estilo um blog onde comenta coisas da vida e da política.
. E me avisa que publicará regularmente textos meus – o que me honra muito. Charles cumpre o segundo mandato consecutivo, é bacharel em Administração de Empresas e funcionário público. Sempre militou na política estudantil, no curso médio e na faculdade. E é uma das lideranças mais atuantes da região.
. Veja essa nota no blog http://www.charlesmeira.blogspot.com/: Bem na foto -
Estive na Câmara Municipal de Recife está manhã, para junto com muitos convidados prestar nossa homenagem ao mais novo cidadão recifense o nosso amigo André Negromonte, Superintendente do Ministério do Trabalho em Pernambuco, além de várias autoridades presentes destaca-se o Ministro do Trabalho Carlos Lupi. Na foto o ilustre vereador do Recife Luciano Siqueira-PCdoB, no qual já tive a honra em outra oportunidade de ser presenteado com seu livro “O vermelho é Verde e Amarelo". http://www.lucianosiqueira.com.br/
. E me avisa que publicará regularmente textos meus – o que me honra muito. Charles cumpre o segundo mandato consecutivo, é bacharel em Administração de Empresas e funcionário público. Sempre militou na política estudantil, no curso médio e na faculdade. E é uma das lideranças mais atuantes da região.
. Veja essa nota no blog http://www.charlesmeira.blogspot.com/: Bem na foto -
Estive na Câmara Municipal de Recife está manhã, para junto com muitos convidados prestar nossa homenagem ao mais novo cidadão recifense o nosso amigo André Negromonte, Superintendente do Ministério do Trabalho em Pernambuco, além de várias autoridades presentes destaca-se o Ministro do Trabalho Carlos Lupi. Na foto o ilustre vereador do Recife Luciano Siqueira-PCdoB, no qual já tive a honra em outra oportunidade de ser presenteado com seu livro “O vermelho é Verde e Amarelo". http://www.lucianosiqueira.com.br/
Automóveis: a força dos emergentes
. Com a crise, o peso de Brasil, China, Índia e Rússia (que formam o Bric) nas vendas mundiais de automóveis subirá de 21% para até 30% em 2015, diz estudo da Price, segundo matéria no jornal O Globo.
. EUA e Europa terão queda ou estagnação. Em 2009, deixarão de ser produzidos 31 milhões de carros.
. EUA e Europa terão queda ou estagnação. Em 2009, deixarão de ser produzidos 31 milhões de carros.
É o Estado como indutor do crescimento econômico
. Mesmo um arauto da tese neoliberal do Estado mínimo não consegue esconder a força do Estado como indutor do crescimento econômico. É o que ocorre hoje com O Estado de São Paulo, que publica reportagem intitulada “Com R$ 300 bi, obras puxam a economia”.
. A matéria assinala que a infraestrutura para a Copa do Mundo, o programa 'Minha Casa, Minha Vida' e investimentos estatais vão impulsionar crescimento nos próximos 5 anos.
. Mais: de olho nas obras da Copa do Mundo, no programa "Minha Casa, Minha Vida" e num ambicioso plano de investimento das estatais, o setor da construção civil faz planos para retomar o ciclo de crescimento interrompido pelo impacto da crise mundial no segundo semestre de 2008.
. O otimismo baseia-se nos números dos projetos – mais de R$ 300 bilhões – e na volta do crédito. No programa habitacional, a expectativa é aprovar a construção de 600 mil unidades até julho do ano que vem num total de R$ 45 bilhões. Para a Copa do Mundo, estima-se que só em transporte serão necessários mais de R$ 30 bilhões (sem contar o trem-bala, que custará US$ 14 bilhões). No total, o evento exigirá de R$ 60 bilhões a R$ 100 bilhões. E os especialistas destacam ainda a ampliação de investimentos de estatais, como a Eletrobras, que anunciou R$ 30 bilhões para o período de 2009 a 2012, e a Petrobras, que vai investir R$ 174 bilhões entre 2009 e 2013.
. A matéria assinala que a infraestrutura para a Copa do Mundo, o programa 'Minha Casa, Minha Vida' e investimentos estatais vão impulsionar crescimento nos próximos 5 anos.
. Mais: de olho nas obras da Copa do Mundo, no programa "Minha Casa, Minha Vida" e num ambicioso plano de investimento das estatais, o setor da construção civil faz planos para retomar o ciclo de crescimento interrompido pelo impacto da crise mundial no segundo semestre de 2008.
. O otimismo baseia-se nos números dos projetos – mais de R$ 300 bilhões – e na volta do crédito. No programa habitacional, a expectativa é aprovar a construção de 600 mil unidades até julho do ano que vem num total de R$ 45 bilhões. Para a Copa do Mundo, estima-se que só em transporte serão necessários mais de R$ 30 bilhões (sem contar o trem-bala, que custará US$ 14 bilhões). No total, o evento exigirá de R$ 60 bilhões a R$ 100 bilhões. E os especialistas destacam ainda a ampliação de investimentos de estatais, como a Eletrobras, que anunciou R$ 30 bilhões para o período de 2009 a 2012, e a Petrobras, que vai investir R$ 174 bilhões entre 2009 e 2013.
Não chegarei a tempo da homenagem a Elza
. A Folha de Pernambuco também destaca o ato político de homenagem a Elza Monnerat. E me cita entre os dirigentes do PCdoB que deverão comparecer.
. Mas não chegarei a tempo no meu retorno de Belém, Pará, onde me encontro desde a sexta-feira e onde cumpri tarefa da Comissão Política Nacional do PCdoB - presente a um encontro de quadros e militantes destinado a examinar o desempoenho dos comnistas na frente institucional.
. Eis a matéria da Folha de Pernambuco: Ato relembra Elza Monnerat em Olinda - O plenário da Câmara de Vereadores de Olinda será “tomado” hoje por comunistas. É que o PCdoB reúne militantes e convidados para prestar homenagem à professora Elza Monnerat, uma ação promovida em conjunto com o grupo de mulheres do partido. O evento acontecerá às 19h.
. Falecida em 2004, aos 91 anos, Elza lutou junto com os “camaradas” para combater a dutadura militar. Filiada ao PCdoB desde 1964, teve que viver na clandestinidade, até ser presa.
Elza ajudou, inclusive, na organização da guerrilha do Araguaia. E foi além dessa organização, chegando a combater junto com outros comunistas. Na prisão, sofreu as mais cruéis torturas e sua liberdade só foi possível com a anistia, no governo do general João Figueiredo.
. Em junho de 1944, quando o mundo comemorava o desembarque dos aliados no Norte da França e o começo da derrota nazista, Elza lutava para evitar a aliança entre os ditadores Getúlio Vargas e alemão Adolf Hittler. Monnerat teve participação ativa na redemocratização do País, após a Segunda Guerra Mundial.
. As lideranças do PCdoB estarão presentes durante a homenagem. Confirmaram participação o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, sua antecessora, Luciana Santos, os deputados estaduais Nelson Pereira e Luciano Moura, o vereador do Recife, Luciano Siqueira, entre outros.
. Mas não chegarei a tempo no meu retorno de Belém, Pará, onde me encontro desde a sexta-feira e onde cumpri tarefa da Comissão Política Nacional do PCdoB - presente a um encontro de quadros e militantes destinado a examinar o desempoenho dos comnistas na frente institucional.
. Eis a matéria da Folha de Pernambuco: Ato relembra Elza Monnerat em Olinda - O plenário da Câmara de Vereadores de Olinda será “tomado” hoje por comunistas. É que o PCdoB reúne militantes e convidados para prestar homenagem à professora Elza Monnerat, uma ação promovida em conjunto com o grupo de mulheres do partido. O evento acontecerá às 19h.
. Falecida em 2004, aos 91 anos, Elza lutou junto com os “camaradas” para combater a dutadura militar. Filiada ao PCdoB desde 1964, teve que viver na clandestinidade, até ser presa.
Elza ajudou, inclusive, na organização da guerrilha do Araguaia. E foi além dessa organização, chegando a combater junto com outros comunistas. Na prisão, sofreu as mais cruéis torturas e sua liberdade só foi possível com a anistia, no governo do general João Figueiredo.
. Em junho de 1944, quando o mundo comemorava o desembarque dos aliados no Norte da França e o começo da derrota nazista, Elza lutava para evitar a aliança entre os ditadores Getúlio Vargas e alemão Adolf Hittler. Monnerat teve participação ativa na redemocratização do País, após a Segunda Guerra Mundial.
. As lideranças do PCdoB estarão presentes durante a homenagem. Confirmaram participação o prefeito de Olinda, Renildo Calheiros, sua antecessora, Luciana Santos, os deputados estaduais Nelson Pereira e Luciano Moura, o vereador do Recife, Luciano Siqueira, entre outros.
ProUni passa bem por teste
Folha de S. Paulo:
Bolsistas do ProUni têm nota acima da média
Programa paga as mensalidades para universitários de baixa renda
. Os bolsistas do ProUni tiveram desempenho igual ou superior ao de seus colegas no Enade (exame do Ministério da Educação que substitui o Provão), aponta o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
. A comparação dos formandos de 2007 foi feita entre os alunos pagantes e os beneficiados pelo programa do MEC - que dá bolsas em faculdades e universidades privadas para estudantes com renda familiar per capita inferior a três mínimos.
. Havia nas universidades, o temor de que o nível caísse com a entrada dos bolsistas. Mas especialistas afirmam que o ProUni seleciona os melhores alunos das escolas públicas, uma vez que exige bom desempenho em teste no final do ensino médio.
. Representantes das universidades dizem que os bolsistas são mais aplicados que aqueles que têm a mensalidade paga pelos pais. Segundo a PUC-Rio, a evasão também é menor entre os alunos do ProUni.
Bolsistas do ProUni têm nota acima da média
Programa paga as mensalidades para universitários de baixa renda
. Os bolsistas do ProUni tiveram desempenho igual ou superior ao de seus colegas no Enade (exame do Ministério da Educação que substitui o Provão), aponta o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais.
. A comparação dos formandos de 2007 foi feita entre os alunos pagantes e os beneficiados pelo programa do MEC - que dá bolsas em faculdades e universidades privadas para estudantes com renda familiar per capita inferior a três mínimos.
. Havia nas universidades, o temor de que o nível caísse com a entrada dos bolsistas. Mas especialistas afirmam que o ProUni seleciona os melhores alunos das escolas públicas, uma vez que exige bom desempenho em teste no final do ensino médio.
. Representantes das universidades dizem que os bolsistas são mais aplicados que aqueles que têm a mensalidade paga pelos pais. Segundo a PUC-Rio, a evasão também é menor entre os alunos do ProUni.
Elza Monnerat vive!
Diário de Pernambuco:
Homenagem a Elza Monnerat em Olinda
A Câmara de Olinda vai abrir suas portas na noite de hoje, a partir das 19h, para uma homenagem a Elza Monnerat, uma das fundadoras do PCdoB, que faleceu em 2004, aos 91 anos. Integrante da União da Juventude Socialista (USJ), Edjane Quirino, organiza com outras mulheres, um seminário para destacar a trajetória de luta de dona Elza, liderança que teve papel fundamental para evitar que o getulismo se atrelasse aos nazistas na 2ª Guerra Mundial. Ela também será lembrada pela contribuição que deu para redemocratização do país e por conseguir, aos 70 anos, ajudar na fuga de muitos militantes na Guerrilha do Araguaia, movimento armado, que foi sufogado pelos militares em 1973 no Pará. Haverá debate e a exibição de um vídeo sobre as ideias da comunista que foi presa em 1976, torturada e só libertada com a anistia.
A Câmara de Olinda vai abrir suas portas na noite de hoje, a partir das 19h, para uma homenagem a Elza Monnerat, uma das fundadoras do PCdoB, que faleceu em 2004, aos 91 anos. Integrante da União da Juventude Socialista (USJ), Edjane Quirino, organiza com outras mulheres, um seminário para destacar a trajetória de luta de dona Elza, liderança que teve papel fundamental para evitar que o getulismo se atrelasse aos nazistas na 2ª Guerra Mundial. Ela também será lembrada pela contribuição que deu para redemocratização do país e por conseguir, aos 70 anos, ajudar na fuga de muitos militantes na Guerrilha do Araguaia, movimento armado, que foi sufogado pelos militares em 1973 no Pará. Haverá debate e a exibição de um vídeo sobre as ideias da comunista que foi presa em 1976, torturada e só libertada com a anistia.
Os muitos esportes de Che
No Vermelho:
Escritor argentino traça o perfil de Che como esportista
. Nos seus curtos 39 anos de vida, Che praticou 26 desportos, como decodificou o escritor argentino Walter Vodopiviz, autor do livro Che e os desportos. Para Ariel Scharer, outro escritor argentino, Che Guevara foi “o desportista asmático mais célebre da história”, ainda que a sua fama “não proviesse nem do esporte, nem da asma”.
. 80 anos após o seu nascimento e 40 depois da sua morte, não param de surgir histórias sobre Che Guevara. Relatos que o transportam do mito à realidade, que humanizam o ícone e o símbolo de uma geração. A relação estreita de Ernesto com o desporto (na infância, na adolescência e mesmo na fase de guerrilheiro) destapam-lhe uma face menos visível.
. Leia a matéria completa: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57926
Escritor argentino traça o perfil de Che como esportista
. Nos seus curtos 39 anos de vida, Che praticou 26 desportos, como decodificou o escritor argentino Walter Vodopiviz, autor do livro Che e os desportos. Para Ariel Scharer, outro escritor argentino, Che Guevara foi “o desportista asmático mais célebre da história”, ainda que a sua fama “não proviesse nem do esporte, nem da asma”.
. 80 anos após o seu nascimento e 40 depois da sua morte, não param de surgir histórias sobre Che Guevara. Relatos que o transportam do mito à realidade, que humanizam o ícone e o símbolo de uma geração. A relação estreita de Ernesto com o desporto (na infância, na adolescência e mesmo na fase de guerrilheiro) destapam-lhe uma face menos visível.
. Leia a matéria completa: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57926
14 junho 2009
Onde estão os sem escola?
Agência Brasil:
MEC quer identificar onde estão as 680 mil crianças que não frequentam a escola
. O Ministério da Educação (MEC) quer descobrir quem são e onde vivem as 680 mil crianças que estão fora da escola em todo o país.. Nesta semana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou relatório que destaca as dificuldades de algumas populações no acesso à educação e na permanência na escola.. Crianças indígenas, moradoras do campo, quilombolas, negras e com deficiência física são as mais afetadas.
. De acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, uma equipe de estatísticos já conseguiu identificar 95 mil das 680 mil crianças a partir do cruzamento de diversos bancos de dados.
. O trabalho começou pela Região Norte, apontada pelo Unicef como uma das mais problemáticas. Regiões como o Semiárido também serão foco da ação.
. O ministério entrou em contato com 55 municípios para detectar o motivo pelo qual essas crianças não estão na escola, seja falta de acesso ou evasão.
. O mapeamento mostra diferentes realidades: “Em alguns lugares o problema é de ônibus escolar, em outros de barco escolar e até de búfalo, porque em Marajó, nem ônibus nem barco resolvem. Em outras [regiões] é preciso construir escolas ou adaptar o calendário escolar aos fluxos migratórios de uma população que se desloca em tempos de colheita, por exemplo”, contou o secretário.
. O relatório do Unicef aponta que “as desigualdades presentes na sociedade ainda têm um importante reflexo no ensino brasileiro”. Segundo o fundo, as populações mais vulneráveis são as mais privadas do direito de aprender. Para Lázaro, essa análise ajuda a focar um problema que é invisível para a sociedade.
. “O Unicef coloca no centro do debate a questão da equidade e das desigualdades na educação. Para nós isso é muito bom, é um estímulo para a sociedade enxergar aquilo que não está visível.”
. A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) foi criada em 2004 justamente com a função de trabalhar a questão das desigualdades. Na avaliação de Lázaro, historicamente as políticas educacionais não foram fortes o bastante para enxergar as especificidades “desse público socialmente mais fragilizado”.
. “Para eles, você tem que dar o que todos têm e mais um pouco, porque o ponto de partida desses públicos é inferior. Por isso o MEC tem muita clareza da necessidade de ações afirmativas, que não se reduzem a cotas. Ação afirmativa é também você reconhecer que a população indígena e a quilombola têm que ter um adicional de merenda para combater as dificuldades de acesso”, exemplificou.
. Como cada uma dessas populações têm características distintas, não há uma fórmula específica para trabalhar a diversidade na educação, explica Lázaro.
. “São situações muito complexa e distintas. Uma situação é a população das periferias nos grandes centros urbanos, outra é o atendimento adequando à população do campo. Também há a singularidade dos grupos indígenas e o atendimento aos quilombolas. Não há um único fator”, disse.
. Mas, para o secretário, o fato de 97,6% das crianças estarem na escola deve ser comemorado. “O desafio agora é que todos permaneçam na escola e aprendam. A escola ainda não está conseguindo garantir a todos o direito de aprender. E, quando você olha quem não aprende, são sempre os pobres, os negros. Portanto a escola precisa dar mais um passo para que não seja um lugar a mais que reproduza a desigualdade.”
MEC quer identificar onde estão as 680 mil crianças que não frequentam a escola
. O Ministério da Educação (MEC) quer descobrir quem são e onde vivem as 680 mil crianças que estão fora da escola em todo o país.. Nesta semana, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) divulgou relatório que destaca as dificuldades de algumas populações no acesso à educação e na permanência na escola.. Crianças indígenas, moradoras do campo, quilombolas, negras e com deficiência física são as mais afetadas.
. De acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade do MEC, André Lázaro, uma equipe de estatísticos já conseguiu identificar 95 mil das 680 mil crianças a partir do cruzamento de diversos bancos de dados.
. O trabalho começou pela Região Norte, apontada pelo Unicef como uma das mais problemáticas. Regiões como o Semiárido também serão foco da ação.
. O ministério entrou em contato com 55 municípios para detectar o motivo pelo qual essas crianças não estão na escola, seja falta de acesso ou evasão.
. O mapeamento mostra diferentes realidades: “Em alguns lugares o problema é de ônibus escolar, em outros de barco escolar e até de búfalo, porque em Marajó, nem ônibus nem barco resolvem. Em outras [regiões] é preciso construir escolas ou adaptar o calendário escolar aos fluxos migratórios de uma população que se desloca em tempos de colheita, por exemplo”, contou o secretário.
. O relatório do Unicef aponta que “as desigualdades presentes na sociedade ainda têm um importante reflexo no ensino brasileiro”. Segundo o fundo, as populações mais vulneráveis são as mais privadas do direito de aprender. Para Lázaro, essa análise ajuda a focar um problema que é invisível para a sociedade.
. “O Unicef coloca no centro do debate a questão da equidade e das desigualdades na educação. Para nós isso é muito bom, é um estímulo para a sociedade enxergar aquilo que não está visível.”
. A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização e Diversidade (Secad) foi criada em 2004 justamente com a função de trabalhar a questão das desigualdades. Na avaliação de Lázaro, historicamente as políticas educacionais não foram fortes o bastante para enxergar as especificidades “desse público socialmente mais fragilizado”.
. “Para eles, você tem que dar o que todos têm e mais um pouco, porque o ponto de partida desses públicos é inferior. Por isso o MEC tem muita clareza da necessidade de ações afirmativas, que não se reduzem a cotas. Ação afirmativa é também você reconhecer que a população indígena e a quilombola têm que ter um adicional de merenda para combater as dificuldades de acesso”, exemplificou.
. Como cada uma dessas populações têm características distintas, não há uma fórmula específica para trabalhar a diversidade na educação, explica Lázaro.
. “São situações muito complexa e distintas. Uma situação é a população das periferias nos grandes centros urbanos, outra é o atendimento adequando à população do campo. Também há a singularidade dos grupos indígenas e o atendimento aos quilombolas. Não há um único fator”, disse.
. Mas, para o secretário, o fato de 97,6% das crianças estarem na escola deve ser comemorado. “O desafio agora é que todos permaneçam na escola e aprendam. A escola ainda não está conseguindo garantir a todos o direito de aprender. E, quando você olha quem não aprende, são sempre os pobres, os negros. Portanto a escola precisa dar mais um passo para que não seja um lugar a mais que reproduza a desigualdade.”
13 junho 2009
Burle Marx
Coluna Diário Urbano (Diário de Pernambuco):
Arrumando a festa - O Conselho Estadual de Cultura e a Prefeitura já estão se entendendo sobre a programação que vai marcar o centenário de Roberto Burle Marx, no dia 4 de agosto. Na reunião desta semana, formaram comissão que tem entre os integrantes o atual vice-prefeito, Milton Coelho, e o anterior, Luciano Siqueira.
Arrumando a festa - O Conselho Estadual de Cultura e a Prefeitura já estão se entendendo sobre a programação que vai marcar o centenário de Roberto Burle Marx, no dia 4 de agosto. Na reunião desta semana, formaram comissão que tem entre os integrantes o atual vice-prefeito, Milton Coelho, e o anterior, Luciano Siqueira.
História: 13 de junho de 1645
Começa, contra a vontade de Portugal, a Insurreição Pernambucana para expulsar o domínio holandês. Emprega a guerra brasílica, (por oposição à européia). Em parte aprendida dos índios, usa a mata, mobilidade, agilidade, iniciativa, astúcia e manha. Gilberto Freire compara-a à dança e ao futebol. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).
Desmatar não é a solução
Ciência Hoje Online:
Índice de desenvolvimento humano é menor nas regiões em que a floresta amazônica foi degradada
. Se alguém ainda tinha dúvidas, um estudo publicado esta semana pela Science confirma que o desmatamento está na contramão do desenvolvimento da sociedade. Pesquisadores brasileiros e europeus avaliaram dados de centenas de municípios na Amazônia e constataram que o índice de desenvolvimento humano (IDH) é menor naqueles que têm a maior área de floresta derrubada.
. O trabalho foi coordenado pela portuguesa Ana Rodrigues, pesquisadora da Universidade de Cambridge (Reino Unido), em parceria com estudiosos do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), sediado em Belém, e de outras duas universidades britânicas.
. "Este estudo demonstra que a estratégia de desenvolvimento que historicamente tem sido seguida na Amazônia não é adequada, já que nem garante a conservação do extraordinário património natural da região, nem proporciona uma melhoria da qualidade de vida das populações", avalia Ana Rodrigues em entrevista à CH On-line. "Esperamos que estes resultados estimulem o debate político sobre futuras estratégias de desenvolvimento para a Amazônia. E que, a longo prazo, contribuam para a adoção de políticas e incentivos econômicos que permitam uma trajetória de desenvolvimento baseado na valorização da floresta e dos benefícios que ela providencia."
. O grupo reuniu dados colhidos no censo do ano 2000 relativos a 286 municípios da Amazônia brasileira que apresentavam diferentes estágios de preservação da floresta. Os municípios foram divididos em sete grupos, desde aqueles cujo desmatamento é considerado inativo (com mais de 90% de mata nativa), passando pelos que estavam em processo de desmatamento, até os que já foram quase totalmente desmatados (com quase 90% da área degradada). Em seguida, foram avaliados indicadores de desenvolvimento desses municípios, como expectativa de vida, taxa de alfabetização e renda per capita.
. O cruzamento dos dados permitiu aos pesquisadores identificar um padrão que relaciona os níveis de desmatamento de cada município com seu IDH. Esse índice geralmente é baixo nas regiões de mata nativa e cresce rapidamente com o início da derrubada da mata. Os municípios em que o desmatamento ainda estava em curso tinham IDH acima da média nacional. No entanto, aqueles em que a floresta já havia sido quase totalmente devastada apresentavam índices menores que a média do país.
Índice de desenvolvimento humano é menor nas regiões em que a floresta amazônica foi degradada
. Se alguém ainda tinha dúvidas, um estudo publicado esta semana pela Science confirma que o desmatamento está na contramão do desenvolvimento da sociedade. Pesquisadores brasileiros e europeus avaliaram dados de centenas de municípios na Amazônia e constataram que o índice de desenvolvimento humano (IDH) é menor naqueles que têm a maior área de floresta derrubada.
. O trabalho foi coordenado pela portuguesa Ana Rodrigues, pesquisadora da Universidade de Cambridge (Reino Unido), em parceria com estudiosos do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), sediado em Belém, e de outras duas universidades britânicas.
. "Este estudo demonstra que a estratégia de desenvolvimento que historicamente tem sido seguida na Amazônia não é adequada, já que nem garante a conservação do extraordinário património natural da região, nem proporciona uma melhoria da qualidade de vida das populações", avalia Ana Rodrigues em entrevista à CH On-line. "Esperamos que estes resultados estimulem o debate político sobre futuras estratégias de desenvolvimento para a Amazônia. E que, a longo prazo, contribuam para a adoção de políticas e incentivos econômicos que permitam uma trajetória de desenvolvimento baseado na valorização da floresta e dos benefícios que ela providencia."
. O grupo reuniu dados colhidos no censo do ano 2000 relativos a 286 municípios da Amazônia brasileira que apresentavam diferentes estágios de preservação da floresta. Os municípios foram divididos em sete grupos, desde aqueles cujo desmatamento é considerado inativo (com mais de 90% de mata nativa), passando pelos que estavam em processo de desmatamento, até os que já foram quase totalmente desmatados (com quase 90% da área degradada). Em seguida, foram avaliados indicadores de desenvolvimento desses municípios, como expectativa de vida, taxa de alfabetização e renda per capita.
. O cruzamento dos dados permitiu aos pesquisadores identificar um padrão que relaciona os níveis de desmatamento de cada município com seu IDH. Esse índice geralmente é baixo nas regiões de mata nativa e cresce rapidamente com o início da derrubada da mata. Os municípios em que o desmatamento ainda estava em curso tinham IDH acima da média nacional. No entanto, aqueles em que a floresta já havia sido quase totalmente devastada apresentavam índices menores que a média do país.
Artigo semanal no site da Revista Algomais
O consumo salvou o semestre
Luciano Siqueira
Considerados os números dos dois últimos semestres, a economia brasileira, dizem os analistas especializados, experimenta um estado de “recessão técnica”. Por que não simplesmente recessão? Porque, dizem alguns, há uma nítida tendência de recuperação, puxada pelo consumo.
Há aí um significado importante, que aponta para as possibilidades de continuarmos explorando nossas próprias potencialidades. Poucos são os países detentores de tamanho mercado interno e com chances reais de ampliá-lo.
As medidas anticrise adotadas pelo governo foram, até agora, nesse sentido, um experimento válido.
Vejamos. O quadro recessivo decorre do baixo desempenho da indústria e da queda do nível do investimento. No último trimestre o PIB sofreu uma retração de 0,8% em relação ao fim do ano passado, completando o sexto mês consecutivo de tendência negativa. Em relação ao primeiro trimestre de 2008, o recuo foi de 1,8%, o maior desde 1998.
Mas eis que entra o diferencial. O consumo das famílias (junto com gastos de governo) contribuiu decisivamente para o desempenho acima do esperado. E o consumo expandido é fruto direto das medidas adotadas para reduzir a carga tributária de produtos industrializados, assim como das destinadas a facilitar o acesso ao crédito.
Melhor seria se a queda das taxas de juros viessem caindo num ritmo mais acelerado. É o poderemos comprovar agora, com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que reduziu os juros básicos (Taxa Selic) em um ponto percentual, para 9,25% ao ano. Como uma reação em cadeia, logo em seguida ao anúncio do Copom, vários bancos anunciaram redução de suas taxas para empréstimos e cheque especial.
Um novo ambiente se instala na economia, que pode em muito ajudar a que o Brasil sobreviva indene à crise global. Desde que o governo persista no rumo atual e os agentes econômicos respondam positivamente.
Como a glória dos que produzem é escoar seus estoques no mercado em crescimento, quem sabe possamos viver agora um processo paulatino de recuperação das atividades econômicas, puxado por uma reanimação da indústria. www.lucianosiqueira.com.br
Luciano Siqueira
Considerados os números dos dois últimos semestres, a economia brasileira, dizem os analistas especializados, experimenta um estado de “recessão técnica”. Por que não simplesmente recessão? Porque, dizem alguns, há uma nítida tendência de recuperação, puxada pelo consumo.
Há aí um significado importante, que aponta para as possibilidades de continuarmos explorando nossas próprias potencialidades. Poucos são os países detentores de tamanho mercado interno e com chances reais de ampliá-lo.
As medidas anticrise adotadas pelo governo foram, até agora, nesse sentido, um experimento válido.
Vejamos. O quadro recessivo decorre do baixo desempenho da indústria e da queda do nível do investimento. No último trimestre o PIB sofreu uma retração de 0,8% em relação ao fim do ano passado, completando o sexto mês consecutivo de tendência negativa. Em relação ao primeiro trimestre de 2008, o recuo foi de 1,8%, o maior desde 1998.
Mas eis que entra o diferencial. O consumo das famílias (junto com gastos de governo) contribuiu decisivamente para o desempenho acima do esperado. E o consumo expandido é fruto direto das medidas adotadas para reduzir a carga tributária de produtos industrializados, assim como das destinadas a facilitar o acesso ao crédito.
Melhor seria se a queda das taxas de juros viessem caindo num ritmo mais acelerado. É o poderemos comprovar agora, com a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central que reduziu os juros básicos (Taxa Selic) em um ponto percentual, para 9,25% ao ano. Como uma reação em cadeia, logo em seguida ao anúncio do Copom, vários bancos anunciaram redução de suas taxas para empréstimos e cheque especial.
Um novo ambiente se instala na economia, que pode em muito ajudar a que o Brasil sobreviva indene à crise global. Desde que o governo persista no rumo atual e os agentes econômicos respondam positivamente.
Como a glória dos que produzem é escoar seus estoques no mercado em crescimento, quem sabe possamos viver agora um processo paulatino de recuperação das atividades econômicas, puxado por uma reanimação da indústria. www.lucianosiqueira.com.br
Bom dia, Walquíria Raizer
Aceleração
...é como se tudo tivesse
girando
Um giro calmo
(e calculado)
Um giro bom
(pro mundo)
Mas o mundo
(é grande)
E não precisa de mim
( e de ti)
Mas eu, querida
Eu preciso do mundo
E ele está aí
(flertando)
Voz altiva na cena internacional
No Vermelho:
Amorim: ''G8 morreu'' e ''não representa mais nada"
. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira (12), em Paris, que o G8 – grupo dos sete países desenvolvidos mais a Rússia – está morto. “Não sei como ele vai ser enterrado, mas o G8 morreu”. “No mundo de hoje, o grupo dos oito países mais ricos do mundo não representa mais nada”, completou, na saída de uma palestra para estudantes comemorativa aos dez anos do departamento de Mercosul na universidade francesa Science Po.
. Celso Amorim avaliou que as decisões tomadas nesta sexta-feira pelo grupo dos oito países mais ricos do mundo não podem mais prescindir da opinião dos países em desenvolvimento. Ele afirmou que, para muitos temas, o G20 (grupo de 20 países emergentes criado nas discussões da OMC) tem hoje uma representatividade mais efetiva do que o G8. “Estamos entrando num tempo de governança variável, em que vários grupos diferentes vão se formar de acordo com áreas de interesse.”
. Leia a matéria na íntegra: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57876
Amorim: ''G8 morreu'' e ''não representa mais nada"
. O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Celso Amorim, disse nesta sexta-feira (12), em Paris, que o G8 – grupo dos sete países desenvolvidos mais a Rússia – está morto. “Não sei como ele vai ser enterrado, mas o G8 morreu”. “No mundo de hoje, o grupo dos oito países mais ricos do mundo não representa mais nada”, completou, na saída de uma palestra para estudantes comemorativa aos dez anos do departamento de Mercosul na universidade francesa Science Po.
. Celso Amorim avaliou que as decisões tomadas nesta sexta-feira pelo grupo dos oito países mais ricos do mundo não podem mais prescindir da opinião dos países em desenvolvimento. Ele afirmou que, para muitos temas, o G20 (grupo de 20 países emergentes criado nas discussões da OMC) tem hoje uma representatividade mais efetiva do que o G8. “Estamos entrando num tempo de governança variável, em que vários grupos diferentes vão se formar de acordo com áreas de interesse.”
. Leia a matéria na íntegra: http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57876
Não é a “suína”
. Estou em Belém, Pará, cumprindo compromisso na condioção de memnbro da executiva nacional do PCdoB.
. Trata-se de um encontro para avaliar o desempenho do Partido na área institucional – governos e parlamento.
. E peguei uma tremenda gripe!
. Mas posso garantir que é gripe comum...
. Trata-se de um encontro para avaliar o desempenho do Partido na área institucional – governos e parlamento.
. E peguei uma tremenda gripe!
. Mas posso garantir que é gripe comum...
O direito de João a uns dias de repouso
. Tenha o nome de férias ou não, o prefeito João da Costa tem todo o direito de se afastar do cargo por alguns dias, deixando no comando do governo o seu vice-prefeito, Milton Coelho.
. Chega a ser uma desumanidade negar ao prefeito esse direito, sabendo-se que dias atrás João da Costa foi atendido num serviço de emergência médica em razão do seu estado de saúde.
. Agravos à saúde não têm prazo nem escolhem data.
. Demais, o governo é formado por uma equipe – no caso constituída por quadros competentes -, e o prefeito tem no seu substituto um vice-prefeito reconhecidamente capaz e digno da confiança do titular.
. Chega a ser uma desumanidade negar ao prefeito esse direito, sabendo-se que dias atrás João da Costa foi atendido num serviço de emergência médica em razão do seu estado de saúde.
. Agravos à saúde não têm prazo nem escolhem data.
. Demais, o governo é formado por uma equipe – no caso constituída por quadros competentes -, e o prefeito tem no seu substituto um vice-prefeito reconhecidamente capaz e digno da confiança do titular.
Abordagem dialética
Blog da Folha, por Pedro Saldanha:
Siqueira assegura continuidade, mas diz que mesmice seria ruim
. O início conturbado da administração de João da Costa (PT) inquieta aliados e regozija oposicionistas. Há todo o instante, é contestado o slogan da vitoriosa campanha petista no Recife. “o João é João”. Vice-prefeito de João Paulo e integrante da base de João da Costa, o vereador Luciano Siqueira (PCdoB) não vê grandes problemas na comparação perniciosa. “Claro que “João não é João”. Trata-se de dois governantes de estilos diferentes. O que não quer dizer que haja discrepâncias de conteúdo no que diz respeito à linha geral do atual governo e o que o antecedeu. Há unidade em torno da continuidade de um projeto político que a cidade reconheceu como correto e vitorioso”, ressalta o comunista.
. As diferenças evidentes entre os “joãos” é vista por Siqueira não apenas como natural, mas até como um aspecto positivo para a cidade. “Quanto ao modo de administrar, cada um tem o seu. E isso longe de ser negativo é uma boa coisa. A mesmice é que seria ruim, pois conspira contra a eficiência, a ciência e a criatividade”, reflete o parlamentar.
Siqueira assegura continuidade, mas diz que mesmice seria ruim
. O início conturbado da administração de João da Costa (PT) inquieta aliados e regozija oposicionistas. Há todo o instante, é contestado o slogan da vitoriosa campanha petista no Recife. “o João é João”. Vice-prefeito de João Paulo e integrante da base de João da Costa, o vereador Luciano Siqueira (PCdoB) não vê grandes problemas na comparação perniciosa. “Claro que “João não é João”. Trata-se de dois governantes de estilos diferentes. O que não quer dizer que haja discrepâncias de conteúdo no que diz respeito à linha geral do atual governo e o que o antecedeu. Há unidade em torno da continuidade de um projeto político que a cidade reconheceu como correto e vitorioso”, ressalta o comunista.
. As diferenças evidentes entre os “joãos” é vista por Siqueira não apenas como natural, mas até como um aspecto positivo para a cidade. “Quanto ao modo de administrar, cada um tem o seu. E isso longe de ser negativo é uma boa coisa. A mesmice é que seria ruim, pois conspira contra a eficiência, a ciência e a criatividade”, reflete o parlamentar.
Artigo de toda quarta-feira no Blog de Jamildo (JC Online)
Reforma política: qualquer coisa vale a pena?
Luciano Siqueira
Vem a pergunta: É um puxa e encolhe interminável. A gente só fala do assunto porque, apesar de tudo, tem importância capital para o aperfeiçoamento do processo democrático. E as dificuldades são tantas que cabe a pergunta: qualquer coisa vale a pena?
O fato é que em maio último o Congresso Nacional perdeu a oportunidade de dar um passo adiante ao adiar uma reforma política que valesse já para as eleições de 2010. Prevaleceu uma vontade conservadora majoritária na Câmara e no Senado, que opta por deixar tudo como está sabendo de antemão como é que fica.
Fica inclusive, o conjunto das regras eleitorais, a mercê de decisões do TSE não raro tomadas às portas do pleito, sob o pretexto de que o Legislativo permanece omisso.
Pelo menos para atenuar esse efeito deletério, verifica-se um esforço de ao menos disciplinar a legislação específica, recuperando para o Legislativo a iniciativa no trato da matéria. E, apesar das condições políticas adversas, com o foco na regulação da propaganda eleitoral e, se o clima melhorar, na tentativa de viabilizar o financiamento público das campanhas.
É possível adotar o financiamento público sem o complemento das listas preestabelecidas pelos partidos para a disputa proporcional? Parece que não. Seria uma imensa incongruência teórica e prática.
Mas é assim que caminha a contra-reforma eleitoral. Outro curso para o enfrentamento conseqüente da questão, só se o novo Congresso a ser eleito em 2010 estiver comprometido perante o eleitorado. E se a correlação de forças mudar, na esteira de uma expressiva renovação da composição tanto da Câmara como do Senado.
Enquanto isso, nova investida promovida por parlamentares bem-intencionados entra na ordem do dia. Trata-se da limitação de competência do Tribunal Superior Eleitoral, impedindo, por exemplo, que o TSE edite resoluções até 5 de março do ano do pleito e que as resoluções não poderão ultrapassar o caráter de regulamentação, não poderão criar inovações, sanções ou punições que não existem.
É alguma coisa? É. Embora muito pouco em relação ao tanto que é necessário e urgente para tornar o jogo eleitoral mais democrático e transparente. http://www.lucianosiqueira.com.br/
Luciano Siqueira
Vem a pergunta: É um puxa e encolhe interminável. A gente só fala do assunto porque, apesar de tudo, tem importância capital para o aperfeiçoamento do processo democrático. E as dificuldades são tantas que cabe a pergunta: qualquer coisa vale a pena?
O fato é que em maio último o Congresso Nacional perdeu a oportunidade de dar um passo adiante ao adiar uma reforma política que valesse já para as eleições de 2010. Prevaleceu uma vontade conservadora majoritária na Câmara e no Senado, que opta por deixar tudo como está sabendo de antemão como é que fica.
Fica inclusive, o conjunto das regras eleitorais, a mercê de decisões do TSE não raro tomadas às portas do pleito, sob o pretexto de que o Legislativo permanece omisso.
Pelo menos para atenuar esse efeito deletério, verifica-se um esforço de ao menos disciplinar a legislação específica, recuperando para o Legislativo a iniciativa no trato da matéria. E, apesar das condições políticas adversas, com o foco na regulação da propaganda eleitoral e, se o clima melhorar, na tentativa de viabilizar o financiamento público das campanhas.
É possível adotar o financiamento público sem o complemento das listas preestabelecidas pelos partidos para a disputa proporcional? Parece que não. Seria uma imensa incongruência teórica e prática.
Mas é assim que caminha a contra-reforma eleitoral. Outro curso para o enfrentamento conseqüente da questão, só se o novo Congresso a ser eleito em 2010 estiver comprometido perante o eleitorado. E se a correlação de forças mudar, na esteira de uma expressiva renovação da composição tanto da Câmara como do Senado.
Enquanto isso, nova investida promovida por parlamentares bem-intencionados entra na ordem do dia. Trata-se da limitação de competência do Tribunal Superior Eleitoral, impedindo, por exemplo, que o TSE edite resoluções até 5 de março do ano do pleito e que as resoluções não poderão ultrapassar o caráter de regulamentação, não poderão criar inovações, sanções ou punições que não existem.
É alguma coisa? É. Embora muito pouco em relação ao tanto que é necessário e urgente para tornar o jogo eleitoral mais democrático e transparente. http://www.lucianosiqueira.com.br/
11 junho 2009
Questão de estilo
. Aqui e acolá se especula acerca de contradições (ou até divergências) entre o atual prefeito, João da Costa, e o anterior, João Paulo.
. Claro que “João não é João”. Trata-se de dois governantes de estilos diferentes. O que não quer dizer que haja discrepâncias de conteúdo no que diz respeito à linha geral do atual governo e o que o antecedeu.
. Há unidade em torno da continuidade de um projeto político que a cidade reconheceu como correto e vitorioso.
. Quanto ao modo de administrar, cada um tem o seu. E isso longe de ser negativo é uma boa coisa. A mesmice é que seria ruim, pois conspira contra a eficiência, a ciência e a criatividade.
. Claro que “João não é João”. Trata-se de dois governantes de estilos diferentes. O que não quer dizer que haja discrepâncias de conteúdo no que diz respeito à linha geral do atual governo e o que o antecedeu.
. Há unidade em torno da continuidade de um projeto político que a cidade reconheceu como correto e vitorioso.
. Quanto ao modo de administrar, cada um tem o seu. E isso longe de ser negativo é uma boa coisa. A mesmice é que seria ruim, pois conspira contra a eficiência, a ciência e a criatividade.
Boa noite, Ferreira Gullar
Traduzir-se
Uma parte de mim
Uma parte de mim
é todo mundo;
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.
Uma parte de mim
é multidão;
outra parte é estranheza
e solidão.
Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira.
Uma parte de mim
almoça e janta;
outra parte
se espanta.
Uma parte de mim
é permanente;
outra parte
se sabe de repente.
Uma parte de mim
é só vertigem;
outra parte,
linguagem.
Traduzir uma parte
na outra parte
—que é um questão
de vida ou morte—
será arte?
Previsão otimista
Blog de Jamildo:
Economia do Brasil está pronta para crescer de novo, diz 'Economist'
Da Folha Online
. Entre os últimos países do mundo a cair em recessão devido à crise econômica global em curso, o Brasil pode estar entre os primeiros a sair dela, segundo reportagem na versão eletrônica da revista britânica "The Economist".
. Na reportagem, intitulada "Ready to Roll Again" ("Pronta para Rodar de Novo", em tradução livre), a "Economist" diz que uma série de indicadores, do valor do mercado acionário à criação de crédito, já estão quase onde estavam antes da quebra do banco americano Lehman Brothers, em setembro do ano passado, que agravou a crise financeira e acabou por afetar a economia mundial como um todo.
. A revista ainda destaca o corte feito pelo Banco Central na taxa Selic, feito ontem, para 9,25% ao ano --"a primeira vez que a taxa fica em um dígito desde os anos 60"--, a queda de apenas 0,8% no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no primeiro trimestre deste ano na comparação com o último de 2008.
. Na comparação com o primeiro trimestre de 2008, por sua vez, o PIB brasileiro teve retração de 1,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta terça-feira (9). Trata-se da segunda taxa negativa consecutiva do PIB (Produto Interno Bruto) nessa comparação --houve queda de 3,6% no quarto trimestre--, o que configura um quadro de recessão técnica, a primeira desde 2003. Leia mais.
Economia do Brasil está pronta para crescer de novo, diz 'Economist'
Da Folha Online
. Entre os últimos países do mundo a cair em recessão devido à crise econômica global em curso, o Brasil pode estar entre os primeiros a sair dela, segundo reportagem na versão eletrônica da revista britânica "The Economist".
. Na reportagem, intitulada "Ready to Roll Again" ("Pronta para Rodar de Novo", em tradução livre), a "Economist" diz que uma série de indicadores, do valor do mercado acionário à criação de crédito, já estão quase onde estavam antes da quebra do banco americano Lehman Brothers, em setembro do ano passado, que agravou a crise financeira e acabou por afetar a economia mundial como um todo.
. A revista ainda destaca o corte feito pelo Banco Central na taxa Selic, feito ontem, para 9,25% ao ano --"a primeira vez que a taxa fica em um dígito desde os anos 60"--, a queda de apenas 0,8% no PIB (Produto Interno Bruto) brasileiro no primeiro trimestre deste ano na comparação com o último de 2008.
. Na comparação com o primeiro trimestre de 2008, por sua vez, o PIB brasileiro teve retração de 1,8%, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgados nesta terça-feira (9). Trata-se da segunda taxa negativa consecutiva do PIB (Produto Interno Bruto) nessa comparação --houve queda de 3,6% no quarto trimestre--, o que configura um quadro de recessão técnica, a primeira desde 2003. Leia mais.
Uma revista sempre atual
Do Editorial da revista Princípios número 91:
. “A comunicação social plural consagrada pela Carta Magna – Carta que textualmente veda o monopólio na esfera dos meios de comunicação – torna-se uma aspiração cada vez mais distante e uma necessidade cada vez mais premente. Por sua vez, a liberdade de imprensa é aviltada e reduzida à “liberdade de empresa”, por conglomerados de mídia que atuam sem marco regulatório, sob a regência quase tão somente da ganância de seus interesses. Quer ser onipotente e onipresente. Daí reage, por exemplo, com virulência contra o projeto da TV Pública determinado pela Constituição que o governo pretende concretizar.
. Se outrora a comunicação plural e a liberdade de imprensa foram aniquiladas pela ditadura militar, agora, encontram-se “aprisionadas” pelos interesses econômicos e políticos dos monopólios nacionais e dos oligopólios estrangeiros.
. Em conseqüência, instaurou-se um confronto do bloco formado pelo povo e a frente democrática e de esquerda versus o monopólio midiático que desrespeita e afronta praticamente todo o Capítulo V da Constituição. O motivo do confronto é nítido: tal como atua e está configurada a mídia não há como a democracia avançar no país.. “A comunicação social plural consagrada pela Carta Magna – Carta que textualmente veda o monopólio na esfera dos meios de comunicação – torna-se uma aspiração cada vez mais distante e uma necessidade cada vez mais premente. Por sua vez, a liberdade de imprensa é aviltada e reduzida à “liberdade de empresa”, por conglomerados de mídia que atuam sem marco regulatório, sob a regência quase tão somente da ganância de seus interesses. Quer ser onipotente e onipresente. Daí reage, por exemplo, com virulência contra o projeto da TV Pública determinado pela Constituição que o governo pretende concretizar.
. Se outrora a comunicação plural e a liberdade de imprensa foram aniquiladas pela ditadura militar, agora, encontram-se “aprisionadas” pelos interesses econômicos e políticos dos monopólios nacionais e dos oligopólios estrangeiros.
. A meia dúzia de monopólios que domina a mídia brasileira é em muitos negócios associada a oligopólios estrangeiros e, também, ameaçada de ser engolida por estes.”
Má vontade com João
. Refiro-me ao João da Costa, nosso prefeito. Nem fez ainda seis meses de gestão e são cobrados resultados que normalmente só se concretizam em torno de um ano e meio de trabalho.
. Além disso, destacam-se os problemas – alguns naturais em qualquer início de governo -, e pouco se fala das muitas realizações.
. No retorno de Belém, onde estarei de amanhã a segunda-feira, para cumprimento de agenda da direção nacional do PCdoB, iniciarei uma série de pronunciamentos breves, porém esclarecedores, acerca do quanto o prefeito e sua equipe já fizeram.
. Além disso, destacam-se os problemas – alguns naturais em qualquer início de governo -, e pouco se fala das muitas realizações.
. No retorno de Belém, onde estarei de amanhã a segunda-feira, para cumprimento de agenda da direção nacional do PCdoB, iniciarei uma série de pronunciamentos breves, porém esclarecedores, acerca do quanto o prefeito e sua equipe já fizeram.
Tenebrosa história recente
Interpoética:
O CCC em Pernambuco
por Marcelo Mário de Melo
Uma verdadeira muralha de ocultamento se estendeu e se mantém vigilante em Pernambuco, em torno das ações e dos integrantes do Comando de Caça aos Comunistas, o famigerado CCC, grupo clandestino de extrema direita que atuou em diversos pontos do país e tinha representação no Estado. Na década de 1960, o CCC espancou artistas de teatro no Rio e em São Paulo, depredou diretórios estudantis, seqüestrou e agrediu lideranças estudantis.
O núcleo estadual do CCC possuía expressão no movimento estudantil. Executou muitas pichações, depredou diretórios acadêmicos, metralhou a sede da Arquidiocese de Olinda e Recife e publicou uma lista ameaçando 46 líderes estudantis, que deveriam “tomar cuidado”. Logo depois dessa ameaça houve o atentado ao presidente da União dos Estudantes de Pernambuco – UEP, Cândido Pinto de Melo, emboscado e atingido por um tiro que lhe seccionou a medula, deixando-o paraplégico. Meses depois, houve o assassinato do Padre Henrique, barbaramente torturado e abandonado num matagal na Cidade Universitária.
As investigações em torno desses fatos foram competentemente malversadas, nas instâncias policiais e judiciárias, com o sentido de garantir a impunidade e a não identificação dos integrantes do CCC. Inquéritos viciados. Processos engavetados. Documentos dos autos devidamente surrupiados. Tratava-se de uma ação clandestina realizada com o suporte operacional das estruturas repressivas oficiais. E com o apoio político ramificado no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, para as devidas ações de “abafamento”.
O esquema funcionou muito bem. Tanto que hoje, no que se refere ao CCC, existe um lastro de ações, mas não existem executores. Há crimes, mas não há criminosos. E muitos ex-integrantes do CCC, destilando o discurso democrático, depois de limpar as manchas de sangue das mãos, trocar slogans e retocar bandeiras, andam por aí nas avenidas da impunidade, posando de democratas e olhando o carnaval passar.
Há fortes indícios de que personagens envolvidos nos crimes que atingiram Cândido Pinto e o Padre Henrique, também estiveram presentes no assassinato do Procurador Pedro Jorge, responsável pelo processo conhecido na imprensa como o Escândalo da Mandioca. O que remete à Segunda Seção da Polícia Militar de Pernambuco.
Mas aqui há uma ocorrência de “gato escondido com rabo de fora”, permitindo trazer alguma luz nesse escuro e prolongado túnel. Foi em 1985, durante a campanha eleitoral para a primeira eleição a prefeito das capitais, desde 1964. Eu e os jornalistas Paulo Santos, Ivan Maurício e Clériston, entrevistávamos o candidato Jarbas Vasconcelos para o periódico “O Rei da Notícia”. E ele afirmou que, um dia, à noite, estudante de direito, foi com um colega ao estacionamento da Universidade Católica, para pegar uma carona. Aí encontrou cerca de 30 militantes do CCC fazendo pichação, protegidos por integrantes da Polícia Militar. Uma das inscrições falava da cabeça de D. Hélder. Perguntamos quem eram as pessoas do CCC que estavam pichando. E Jarbas respondeu que não queria citar nomes, mas adiantou: “é gente que hoje tem mandato.”
Era o ano de 1985. E no ano de 2009 estamos diante de um jogo de adivinhação. Um quebra-cabeças democrático. Ou uma pauta de jornalismo investigativo. Para tentar identificar, no listão composto por governador e vice-governador, senadores, deputados federais e estaduais, e vereadores da capital, quem eram os integrantes do CCC que faziam pichação com a proteção da PM, quando foram flagrados pelo estudante Jarbas Vasconcelos.
Trata-se de um jogo com elevada exigência de responsabilidade e cuidado. Porque não podemos distribuir, a esmo, suspeições e acusações, caluniando, injuriando e difamando. Assim como os representantes da ditadura fizeram com os seus inimigos políticos. E que se tenha sempre em mente a recomendação do velho Graciliano Ramos na introdução das suas Memórias do Cárcere: “não devemos caluniar o nosso fascismo tupinambá”.
Os objetivos maiores deverão ser, sempre, a composição da verdade histórica, a desmistificação política, e – mesmo que retardada ou apenas simbólica – a justiça ante os sacrificados.
O CCC em Pernambuco
por Marcelo Mário de Melo
Uma verdadeira muralha de ocultamento se estendeu e se mantém vigilante em Pernambuco, em torno das ações e dos integrantes do Comando de Caça aos Comunistas, o famigerado CCC, grupo clandestino de extrema direita que atuou em diversos pontos do país e tinha representação no Estado. Na década de 1960, o CCC espancou artistas de teatro no Rio e em São Paulo, depredou diretórios estudantis, seqüestrou e agrediu lideranças estudantis.
O núcleo estadual do CCC possuía expressão no movimento estudantil. Executou muitas pichações, depredou diretórios acadêmicos, metralhou a sede da Arquidiocese de Olinda e Recife e publicou uma lista ameaçando 46 líderes estudantis, que deveriam “tomar cuidado”. Logo depois dessa ameaça houve o atentado ao presidente da União dos Estudantes de Pernambuco – UEP, Cândido Pinto de Melo, emboscado e atingido por um tiro que lhe seccionou a medula, deixando-o paraplégico. Meses depois, houve o assassinato do Padre Henrique, barbaramente torturado e abandonado num matagal na Cidade Universitária.
As investigações em torno desses fatos foram competentemente malversadas, nas instâncias policiais e judiciárias, com o sentido de garantir a impunidade e a não identificação dos integrantes do CCC. Inquéritos viciados. Processos engavetados. Documentos dos autos devidamente surrupiados. Tratava-se de uma ação clandestina realizada com o suporte operacional das estruturas repressivas oficiais. E com o apoio político ramificado no Executivo, no Legislativo e no Judiciário, para as devidas ações de “abafamento”.
O esquema funcionou muito bem. Tanto que hoje, no que se refere ao CCC, existe um lastro de ações, mas não existem executores. Há crimes, mas não há criminosos. E muitos ex-integrantes do CCC, destilando o discurso democrático, depois de limpar as manchas de sangue das mãos, trocar slogans e retocar bandeiras, andam por aí nas avenidas da impunidade, posando de democratas e olhando o carnaval passar.
Há fortes indícios de que personagens envolvidos nos crimes que atingiram Cândido Pinto e o Padre Henrique, também estiveram presentes no assassinato do Procurador Pedro Jorge, responsável pelo processo conhecido na imprensa como o Escândalo da Mandioca. O que remete à Segunda Seção da Polícia Militar de Pernambuco.
Mas aqui há uma ocorrência de “gato escondido com rabo de fora”, permitindo trazer alguma luz nesse escuro e prolongado túnel. Foi em 1985, durante a campanha eleitoral para a primeira eleição a prefeito das capitais, desde 1964. Eu e os jornalistas Paulo Santos, Ivan Maurício e Clériston, entrevistávamos o candidato Jarbas Vasconcelos para o periódico “O Rei da Notícia”. E ele afirmou que, um dia, à noite, estudante de direito, foi com um colega ao estacionamento da Universidade Católica, para pegar uma carona. Aí encontrou cerca de 30 militantes do CCC fazendo pichação, protegidos por integrantes da Polícia Militar. Uma das inscrições falava da cabeça de D. Hélder. Perguntamos quem eram as pessoas do CCC que estavam pichando. E Jarbas respondeu que não queria citar nomes, mas adiantou: “é gente que hoje tem mandato.”
Era o ano de 1985. E no ano de 2009 estamos diante de um jogo de adivinhação. Um quebra-cabeças democrático. Ou uma pauta de jornalismo investigativo. Para tentar identificar, no listão composto por governador e vice-governador, senadores, deputados federais e estaduais, e vereadores da capital, quem eram os integrantes do CCC que faziam pichação com a proteção da PM, quando foram flagrados pelo estudante Jarbas Vasconcelos.
Trata-se de um jogo com elevada exigência de responsabilidade e cuidado. Porque não podemos distribuir, a esmo, suspeições e acusações, caluniando, injuriando e difamando. Assim como os representantes da ditadura fizeram com os seus inimigos políticos. E que se tenha sempre em mente a recomendação do velho Graciliano Ramos na introdução das suas Memórias do Cárcere: “não devemos caluniar o nosso fascismo tupinambá”.
Os objetivos maiores deverão ser, sempre, a composição da verdade histórica, a desmistificação política, e – mesmo que retardada ou apenas simbólica – a justiça ante os sacrificados.
Serra reprime estudantes
No Vermelho, por Bernardo Joffily:
Vergonha: ex-presidente da UNE manda PM invadir a USP
. Quem conhece bem o governador de São Paulo, José Serra, diz que ele nada tem de impulsivo. Cerebral e determinado, Serra agiu de caso pensado e escolheu o seu lado quando mandou a Polícia Militar jogar bombas e atirar balas de borracha nos grevistas da Universidade de São Paulo (USP). O ex-presidente da UNE, nos idos de 1964, e provável presidenciável tucano em 2010, quer provar a seu eleitorado conservador que aquilo foram pecadilhos de juventude.
. Algum dia algum sociólogo ou politicólogo se debruçará sobre essa curiosa e muito brasileira peculiaridade camaleônica de nossa direita conservadora: apresentar candidatos viracasacas, egressos do campo da esquerda.Assim foi com o ex-presidente Fernando Henrique, que flertou com o marxismo, exilou-se durante a ditadura e colaborou com o semanário alternativo Opinião, antes de se tornar o presidente da privataria neoliberal.
. Assim é com o governador paulista, que presidiu a UNE como militante da AP (Ação Popular), discursou no célebre comício de 13 de março de 1964, pressionando pelas reformas de base de João Goulart, e também conheceu o exílio.
. A lista incluiria o vice de Serra no Palácio dos Bandeirantes, Alberto Goldman, ex-PCB, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). E seria longa – numa mistura de mimetismo esperto e confissão de que a direita no Brasil oculta sua verdadeira cara.
. Leia a matéria na íntegra http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57844
Ilustração: Serra visto por Luc Gilberstein
Vergonha: ex-presidente da UNE manda PM invadir a USP
. Quem conhece bem o governador de São Paulo, José Serra, diz que ele nada tem de impulsivo. Cerebral e determinado, Serra agiu de caso pensado e escolheu o seu lado quando mandou a Polícia Militar jogar bombas e atirar balas de borracha nos grevistas da Universidade de São Paulo (USP). O ex-presidente da UNE, nos idos de 1964, e provável presidenciável tucano em 2010, quer provar a seu eleitorado conservador que aquilo foram pecadilhos de juventude.
. Algum dia algum sociólogo ou politicólogo se debruçará sobre essa curiosa e muito brasileira peculiaridade camaleônica de nossa direita conservadora: apresentar candidatos viracasacas, egressos do campo da esquerda.Assim foi com o ex-presidente Fernando Henrique, que flertou com o marxismo, exilou-se durante a ditadura e colaborou com o semanário alternativo Opinião, antes de se tornar o presidente da privataria neoliberal.
. Assim é com o governador paulista, que presidiu a UNE como militante da AP (Ação Popular), discursou no célebre comício de 13 de março de 1964, pressionando pelas reformas de base de João Goulart, e também conheceu o exílio.
. A lista incluiria o vice de Serra no Palácio dos Bandeirantes, Alberto Goldman, ex-PCB, o deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) e o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). E seria longa – numa mistura de mimetismo esperto e confissão de que a direita no Brasil oculta sua verdadeira cara.
. Leia a matéria na íntegra http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57844
Ilustração: Serra visto por Luc Gilberstein
Avançando na orla
Blog de Jamildo:
Olinda vai receber R$ 20 milhões para revitalização da orla
O ministro do Turismo, Luiz Barretto, anunciou nessa quarta-feira (10) a liberação de recursos para a reurbanização e revitalização de 6,2 quilômetros da orla de Olinda (PE). As obras, orçadas em R$ 20 milhões, devem ser iniciadas em outubro. Barretto conheceu o projeto durante reunião com o prefeito Renildo Calheiros e o secretário de Turismo de Pernambuco, Silvio Costa Filho, na sede da prefeitura.
. Entre as ações previstas estão a recuperação dos espigões para conter o avanço do mar e a transformação da faixa para bicicletas em ciclovia na praia de Bairro Novo. As obras no Bairro Novo são a segunda fase da urbanização. Na primeira, o investimento do Ministério do Turismo foi de R$ 6 milhões.
. A praia de Casa Caiada vai ganhar ciclovia, pista de cooper, banheiros e barracas de praia. Na praia de Rio Doce, além desses equipamentos, será construída a avenida à beira-mar e a pavimentação das ruas perpendiculares à orla. Em todo o trecho serão construídos redutores de velocidade para dar mais segurança aos pedestres. "Essas intervenções devolvem a cidade ao mar e são parte da preparação do eixo Recife-Olinda para a Copa de 2014", disse o ministro.
Olinda vai receber R$ 20 milhões para revitalização da orla
O ministro do Turismo, Luiz Barretto, anunciou nessa quarta-feira (10) a liberação de recursos para a reurbanização e revitalização de 6,2 quilômetros da orla de Olinda (PE). As obras, orçadas em R$ 20 milhões, devem ser iniciadas em outubro. Barretto conheceu o projeto durante reunião com o prefeito Renildo Calheiros e o secretário de Turismo de Pernambuco, Silvio Costa Filho, na sede da prefeitura.
. Entre as ações previstas estão a recuperação dos espigões para conter o avanço do mar e a transformação da faixa para bicicletas em ciclovia na praia de Bairro Novo. As obras no Bairro Novo são a segunda fase da urbanização. Na primeira, o investimento do Ministério do Turismo foi de R$ 6 milhões.
. A praia de Casa Caiada vai ganhar ciclovia, pista de cooper, banheiros e barracas de praia. Na praia de Rio Doce, além desses equipamentos, será construída a avenida à beira-mar e a pavimentação das ruas perpendiculares à orla. Em todo o trecho serão construídos redutores de velocidade para dar mais segurança aos pedestres. "Essas intervenções devolvem a cidade ao mar e são parte da preparação do eixo Recife-Olinda para a Copa de 2014", disse o ministro.
Coluna semanal no portal Vermelho
A pesquisa CNI-Ibope e a esperança dos nordestinos
Luciano Siqueira
Sou meio arredio a comentar pesquisas eleitorais e de avaliação de governos. São necessárias, sim; fornecem-nos indicações valiosas, idem. Mas em geral podem ser consideradas um retrato, um “instantâneo” como se dizia antigamente, e não a expressão fiel da realidade, que está em constante movimento. Por isso se prestam muitas vezes a análises tendenciosas ao gosto político do “analista”.
Feita a ressalva, tomo a liberdade de chamar a atenção do leitor para a convergência entre os elevados índices de aprovação conferidos ao governo e ao presidente Lula no Nordeste, segundo a pesquisa CNI-Ibope, e o crescimento da renda familiar na Região.
Vejamos. Quanto ao desempenho do governo, a aprovação chega a 92% no Nordeste, acima da média nacional, que é de 80%. Uma parcela expressiva dos que concorrem para índice tão elevado está justamente entre os mais pobres e de menor escolaridade – ou seja, parte considerável da população recém-incorporada ao mercado de consumo na esteira de programas governamentais. Gosta mais do governo e do presidente quem continua pobre, porém tem melhorado de vida.
O Nordeste tem apenas 28% da população nacional, mas concentra a metade dos pobres do país. Por isso metade dos recursos do Bolsa Família, que pularam de R$ 2 bilhões ao ano para R$ 10 bilhões ao ano, é injetada na microeconomia regional. Dados de agosto de 2006 indicam que a renda decorrente dos benefícios pagos no Bolsa Família foi 36,4% maior do que a do mesmo mês no ano anterior, proporcionando um crescimento das vendas do comércio da região bem acima da média nacional, o mesmo ocorrendo com a produção industrial.
Quer outra razão? O aumento real do salário mínimo, que aqui tem notável impacto, uma vez que a metade dos trabalhadores brasileiros nessa faixa salarial está Nordeste.
Bom, os impactos da crise global sobre o país e a chamada “recessão técnica” verificada nos últimos seis meses não atingem o Nordeste? Atingem, sim. Mas não fulminam a esperança dos nordestinos, que continuam acreditando no governo e confiando no presidente – como atestam os números da pesquisa CNI-Ibope.
Como esse fator influenciará as eleições de 2010, veremos. Mas não há nenhum motivo para imaginar que a oposição tucano-demo vem a atrair para si esse enorme contingente do eleitorado, mesmo que, por enquanto, o governador Serra esteja no topo dos mais citados quando se trata de candidatos à presidência. www.lucianosiqueira.com.br
Luciano Siqueira
Sou meio arredio a comentar pesquisas eleitorais e de avaliação de governos. São necessárias, sim; fornecem-nos indicações valiosas, idem. Mas em geral podem ser consideradas um retrato, um “instantâneo” como se dizia antigamente, e não a expressão fiel da realidade, que está em constante movimento. Por isso se prestam muitas vezes a análises tendenciosas ao gosto político do “analista”.
Feita a ressalva, tomo a liberdade de chamar a atenção do leitor para a convergência entre os elevados índices de aprovação conferidos ao governo e ao presidente Lula no Nordeste, segundo a pesquisa CNI-Ibope, e o crescimento da renda familiar na Região.
Vejamos. Quanto ao desempenho do governo, a aprovação chega a 92% no Nordeste, acima da média nacional, que é de 80%. Uma parcela expressiva dos que concorrem para índice tão elevado está justamente entre os mais pobres e de menor escolaridade – ou seja, parte considerável da população recém-incorporada ao mercado de consumo na esteira de programas governamentais. Gosta mais do governo e do presidente quem continua pobre, porém tem melhorado de vida.
O Nordeste tem apenas 28% da população nacional, mas concentra a metade dos pobres do país. Por isso metade dos recursos do Bolsa Família, que pularam de R$ 2 bilhões ao ano para R$ 10 bilhões ao ano, é injetada na microeconomia regional. Dados de agosto de 2006 indicam que a renda decorrente dos benefícios pagos no Bolsa Família foi 36,4% maior do que a do mesmo mês no ano anterior, proporcionando um crescimento das vendas do comércio da região bem acima da média nacional, o mesmo ocorrendo com a produção industrial.
Quer outra razão? O aumento real do salário mínimo, que aqui tem notável impacto, uma vez que a metade dos trabalhadores brasileiros nessa faixa salarial está Nordeste.
Bom, os impactos da crise global sobre o país e a chamada “recessão técnica” verificada nos últimos seis meses não atingem o Nordeste? Atingem, sim. Mas não fulminam a esperança dos nordestinos, que continuam acreditando no governo e confiando no presidente – como atestam os números da pesquisa CNI-Ibope.
Como esse fator influenciará as eleições de 2010, veremos. Mas não há nenhum motivo para imaginar que a oposição tucano-demo vem a atrair para si esse enorme contingente do eleitorado, mesmo que, por enquanto, o governador Serra esteja no topo dos mais citados quando se trata de candidatos à presidência. www.lucianosiqueira.com.br
IPI para carros continua?
. Especula-se que o presidente Lula já teria decidido prorrogar de novo a isenção de IPI na compra de veículos.
. O anuncia seria feito no final do mês. O novo prazo ainda estaria em discussão.
. A perda de receita com a isenção do imposto é estimada em R$ 2,5 bilhões desde dezembro.
. O anuncia seria feito no final do mês. O novo prazo ainda estaria em discussão.
. A perda de receita com a isenção do imposto é estimada em R$ 2,5 bilhões desde dezembro.
09 junho 2009
Economia solidária e assistência social
No site da PCR:
Milho para entidades de assistência social
. Cerca de 15 entidades responsáveis por trabalhos na área de assistência social em diversos bairros da capital pernambucana, foram contempladas, nesta terça-feira (09), com a concessão de 15 mil espigas de milho, que servirão para alimentar crianças, adolescentes e adultos em situação de vulnerabilidade, atendidos pelas instituições. A iniciativa, coordenada pela Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Econômico, serviu para simbolizar a abertura do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) 2009, realizado pelo terceiro ano consecutivo, através de uma parceria entre a Prefeitura do Recife e o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A entrega ocorreu no Sítio Trindade, em Casa Amarela, Zona Norte do Recife, e contou com a presença do secretário da pasta, José Antônio Bertotti.
. O projeto, segundo o diretor de Abastecimento e Segurança Alimentar da PCR, Ronald Oliveira, é um mecanismo que não beneficia somente aqueles que recebem os alimentos, mas também toda a economia do Estado. “Nós adquirimos os produtos junto aos pequenos agricultores através de uma verba repassada pela União. Em seguida direcionamos estes produtos para as instituições que comprovadamente garantam o acesso da comida aos que precisam. Com isso, todos ganham: os que produzem, as entidades, que economizam dinheiro, e as pessoas necessitadas que terão uma alimentação saudável assegurada”, comentou. O PAA deste ano está orçado em R$ 800 mil e deve favorecer aproximadamente 400 instituições com o repasse de 300 toneladas de alimento.
Na foto, o secretário José Bertotti faz entrega.
Avaliação otimista
No blog Conversa Afiada, por Paulo Henrique Amorim:
PIB da marolinha: consumo interno segura a economia
. A divulgação do PIB do primeiro trimestre decepcionou o PiG(*) e os colonistas (**).
. A economia caiu menos do que esperavam.
. E já demonstra sinais de vigor.
. O responsável por isso é o consumo doméstico.
. Ou seja, o Bolsa Família, o aumento real do salário mínimo, o crédito consignado, o PAC e a intervenção do Estado na economia.
. O Abílio Diniz não leva o PiG(*) a sério, por isso comprou o Ponto Frio: por causa da demanda doméstica.
. Ou seja, quando a eleição se realizar em 2010, a economia crescerá 4% ao ano.
. A oposição tem duas opções: matar a Dilma ou afundar a Petrobrás.
. Bye bye Serra 2010
PIB da marolinha: consumo interno segura a economia
. A divulgação do PIB do primeiro trimestre decepcionou o PiG(*) e os colonistas (**).
. A economia caiu menos do que esperavam.
. E já demonstra sinais de vigor.
. O responsável por isso é o consumo doméstico.
. Ou seja, o Bolsa Família, o aumento real do salário mínimo, o crédito consignado, o PAC e a intervenção do Estado na economia.
. O Abílio Diniz não leva o PiG(*) a sério, por isso comprou o Ponto Frio: por causa da demanda doméstica.
. Ou seja, quando a eleição se realizar em 2010, a economia crescerá 4% ao ano.
. A oposição tem duas opções: matar a Dilma ou afundar a Petrobrás.
. Bye bye Serra 2010
Lula: popularidade em alta
No Vermelho:
CNI/Ibope: avaliação positiva de Lula sobe para 80%
. A exemplo das recentes pesquisas Datafolha e Sensus, a pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje tem boas notícias para o governo. A pesquisa mostra que 68% dos entrevistados consideram o governo Luiz Inácio Lula da Silva ótimo ou bom contra 64% em março. Também houve melhora na aprovação da maneira como o presidente Lula governa o País, passando de 78% para 80%. O recorde era de 84% em dezembro.
. Para os técnicos do Ibope, a " melhora nas expectativas relativas ao cenário econômico " explica esse resultado e ajudou a reverter a queda na avaliação positiva apurada no primeiro trimestre (em dezembro de 2008, 73% dos entrevistados consideravam o governo bom ou ótimo).
. O modo como Lula lidou com a crise econômica, segundo a percepção dos brasileiros, foi o elemento-chave para a melhora nos índices. Os brasileiros acreditam que o governo e o Brasil enfrentaram a crise - e a derrotaram.
. Em março deste ano, 83% dos entrevistados consideravam a crise grave ou muito grave, e apenas 78% responderam da mesma forma nesta pesquisa. Os que achavam que o Brasil seria prejudicado pela crise eram 69% e passaram para 63%. O índice de pessoas que sentiram o efeito da crise no dia-a-dia também diminuiu de 37% para 34%.
. O governo ainda se saiu bem na avaliação sobre as ações que foram adotadas para combater os efeitos das turbulências do mercado internacional: 59% dos entrevistados aprovavam as medidas do governo em março, e 69% pensam assim agora. 48% também acreditam que o Brasil está mais preparado para enfrentar a crise, como prega o governo. Em março, apenas 39% responderam da mesma forma.
. A avaliação negativa, ou seja, a fatia que acha o governo Lula ruim ou péssimo, caiu 2 pontos percentuais, indo de 10% em março para 8% em junho. Com isso, a diferença entre a avaliação positiva e a negativa passou a ser de 60 pontos ante os 54 pontos verificados no levantamento anterior.
. A exemplo das recentes pesquisas Datafolha e Sensus, a pesquisa CNI/Ibope divulgada hoje tem boas notícias para o governo. A pesquisa mostra que 68% dos entrevistados consideram o governo Luiz Inácio Lula da Silva ótimo ou bom contra 64% em março. Também houve melhora na aprovação da maneira como o presidente Lula governa o País, passando de 78% para 80%. O recorde era de 84% em dezembro.
. Para os técnicos do Ibope, a " melhora nas expectativas relativas ao cenário econômico " explica esse resultado e ajudou a reverter a queda na avaliação positiva apurada no primeiro trimestre (em dezembro de 2008, 73% dos entrevistados consideravam o governo bom ou ótimo).
. O modo como Lula lidou com a crise econômica, segundo a percepção dos brasileiros, foi o elemento-chave para a melhora nos índices. Os brasileiros acreditam que o governo e o Brasil enfrentaram a crise - e a derrotaram.
. Em março deste ano, 83% dos entrevistados consideravam a crise grave ou muito grave, e apenas 78% responderam da mesma forma nesta pesquisa. Os que achavam que o Brasil seria prejudicado pela crise eram 69% e passaram para 63%. O índice de pessoas que sentiram o efeito da crise no dia-a-dia também diminuiu de 37% para 34%.
. O governo ainda se saiu bem na avaliação sobre as ações que foram adotadas para combater os efeitos das turbulências do mercado internacional: 59% dos entrevistados aprovavam as medidas do governo em março, e 69% pensam assim agora. 48% também acreditam que o Brasil está mais preparado para enfrentar a crise, como prega o governo. Em março, apenas 39% responderam da mesma forma.
. A avaliação negativa, ou seja, a fatia que acha o governo Lula ruim ou péssimo, caiu 2 pontos percentuais, indo de 10% em março para 8% em junho. Com isso, a diferença entre a avaliação positiva e a negativa passou a ser de 60 pontos ante os 54 pontos verificados no levantamento anterior.
. Leia a matéria http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57698
08 junho 2009
PT mais sensato
No Blog da Folha, por Pedro Saldanha:
SERÁ?
Siqueira vislumbra PT amadurecido
. A mídia nacional traz hoje a informação de que, em nome do "projeto Dilma", o PT estaria disposto a brir espaço para partidos aliados na disputa majoritária em vários dos principais colégios eleitorais do País. Acostumados com o protagonismo impositivo dos petistas, políticos como o vereador do Recife Luciano Siqueira (PCdoB) - preterido na disputa pela PCR em 2008, quando João Paulo impôs o nome de João da Costa - comemoram a sinalização da legenda do presidente Lula.
. "A se confirmar o gesto – só em 2010 teremos a comprovação – o PT estará dado sinal de amadurecimento. Ninguém vence uma empreitada dessa magnitude sozinho. E para ter aliados é preciso abrir mão de postura hegemonista", analisa o comunista.
SERÁ?
Siqueira vislumbra PT amadurecido
. A mídia nacional traz hoje a informação de que, em nome do "projeto Dilma", o PT estaria disposto a brir espaço para partidos aliados na disputa majoritária em vários dos principais colégios eleitorais do País. Acostumados com o protagonismo impositivo dos petistas, políticos como o vereador do Recife Luciano Siqueira (PCdoB) - preterido na disputa pela PCR em 2008, quando João Paulo impôs o nome de João da Costa - comemoram a sinalização da legenda do presidente Lula.
. "A se confirmar o gesto – só em 2010 teremos a comprovação – o PT estará dado sinal de amadurecimento. Ninguém vence uma empreitada dessa magnitude sozinho. E para ter aliados é preciso abrir mão de postura hegemonista", analisa o comunista.
Economia deve crescer 1% no ano
. Quem afirma é o ministro Guido Mantega, como informa a Agência Brasil.
. Diz ele que a economia brasileira vai crescer de forma lenta e gradual, devendo atingir entre 3% e 4% no último trimestre de 2009 e o mesmo percentual em 2010. Para este ano, ele projeta crescimento de 1%.
. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços gerados no país), a ser divulgado amanhã (9), será negativo, mas refletirá uma situação do “passado”.
. Não se deve fixar a atenção no “retrovisor”, porque o país já vive outra realidade, insiste o ministro, apontando “nítidos sinais de retomada da economia”. Ele reconheceu, porém, que, por enquanto, o desempenho da atividade produtiva ainda será fraco e mais concentrado na construção civil e nos setores que receberam incentivos fiscais, como, por exemplo, a indústria automobilística, por meio da redução do Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI) na venda de veículos novos.
. Esse incentivo, previsto para vigorar até o final deste mês, não deverá ser novamente prorrogado. Tanto essa medida quanto os benefícios concedidos ao setor da chamada linha branca (fogões e geladeiras, por exemplo), foram recursos ”provisórios para dar tempo à economia de se recuperar. À medida que a economia demonstra que caminha com as próprias pernas, então, podemos retirar esses estímulos”, garante.
. Cá com nossos botões, dizemos amém!
. Diz ele que a economia brasileira vai crescer de forma lenta e gradual, devendo atingir entre 3% e 4% no último trimestre de 2009 e o mesmo percentual em 2010. Para este ano, ele projeta crescimento de 1%.
. O resultado do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços gerados no país), a ser divulgado amanhã (9), será negativo, mas refletirá uma situação do “passado”.
. Não se deve fixar a atenção no “retrovisor”, porque o país já vive outra realidade, insiste o ministro, apontando “nítidos sinais de retomada da economia”. Ele reconheceu, porém, que, por enquanto, o desempenho da atividade produtiva ainda será fraco e mais concentrado na construção civil e nos setores que receberam incentivos fiscais, como, por exemplo, a indústria automobilística, por meio da redução do Imposto Sobre Produto Industrializado (IPI) na venda de veículos novos.
. Esse incentivo, previsto para vigorar até o final deste mês, não deverá ser novamente prorrogado. Tanto essa medida quanto os benefícios concedidos ao setor da chamada linha branca (fogões e geladeiras, por exemplo), foram recursos ”provisórios para dar tempo à economia de se recuperar. À medida que a economia demonstra que caminha com as próprias pernas, então, podemos retirar esses estímulos”, garante.
. Cá com nossos botões, dizemos amém!
Futebol em livro
. O convite é do jornalista Inácio França. Lançamento nacional do livro A CABEÇA DO FUTEBOL (editora Casa das Musas).
. 25 textos de 25 jornalistas e escritores: Inácio França, Samarone Lima, Raimundo Carrero, Xico Sá, Juca Kfouri, José Roberto Torero, Humberto Werneck e outros.
. Terça-feira, 9 de junho, às 19h, véspera do jogo da Seleção. Local: Bar Mamulengo, na Praça do Arsenal, Recife Antigo.
. Preço do livro: R$ 25,00, com direito a autógrafo dos autores.
. 25 textos de 25 jornalistas e escritores: Inácio França, Samarone Lima, Raimundo Carrero, Xico Sá, Juca Kfouri, José Roberto Torero, Humberto Werneck e outros.
. Terça-feira, 9 de junho, às 19h, véspera do jogo da Seleção. Local: Bar Mamulengo, na Praça do Arsenal, Recife Antigo.
. Preço do livro: R$ 25,00, com direito a autógrafo dos autores.
PCdoB convoca 12º Congresso
No Partido Vivo, por José Carlos Ruy:
PCdoB quer programa para mobilizar partido e trabalhadores
. A 13ª Reunião do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil, realizada dias 6 e 7, convocou o 12º Congresso partidário, marcado para novembro deste ano. Aprovou ainda uma Política de Quadros para nosso tempo e também as propostas de Teses, de Resolução Política para o Congresso, de Normas Congressuais e atualização do Estatuto do partido.
. O Partido Comunista do Brasil vai para seu 12° Congresso imbuído da necessidade de mudar seu programa para fazer dele um instrumento capaz de mobilizar o Partido e os trabalhadores. Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB manifestou esta convicção na abertura da 13ª reunião do Comitê Central do Partido, no sábado, em São Paulo.
. Para o debate congressual a proposta de Normas Congressuais inclui a edição da Tribuna de Debates, que será publicada a partir de 15 de julho, na Classe Operária e no portal do partido na internet (http://www.pcdob.org.br/).
. Renato Rabelo apresentou, na intervenção inaugural desta reunião, os projetos de Programa Socialista e de Resolução Política, enfatizando que a renovação do programa não vai alterar sua essência, que continua a mesma do programa atual do Partido. Ele é, e continuará sendo, disse, um programa socialista cuja atualização leva em conta a situação atual do Brasil e do mundo.
Recomposição entre tática e estratégia - O aspecto principal da mudança, ressaltou, envolverá uma recomposição entre tática e estratégia. É preciso colocar o programa de cabeça para cima, disse, alertando que o programa atual tem sua parte estratégica muito desenvolvida, com grande detalhamento do que seria o almejado sistema socialista. Este é um erro pois envolve ou a especulação sobre um futuro que ainda não conhecemos, ou a cópia de experiências externas, disse.
. O objetivo estratégico, pensa Renato Rabelo, é um rumo, um norte, ''e pouco sabemos sobre ele'' pois é uma realidade que ainda não foi vivida no Brasil. Diferente da tática, ''que conhecemos; estão diante de nós os desafios, a correlação de forças'' dentro da qual o Partido atua. O programa, disse ele, ''situa o objetivo estratégico definindo sua essência; não é possível ir além disso''.
. A proposta de um novo Programa Socialista está dividida em dois grandes blocos: um conjunto introdutório e o programa propriamente dito. Na parte inicial, faz uma relação objetiva entre o sistema capitalista e o sistema socialista, trata das realidades mundial e brasileira e suas contradições, dando as linhas gerais do contexto em que são definidos os objetivos táticos e estratégicos e o caminho, compreendido a partir da correlação de forças e dos desafios que precisam ser enfrentados.
. A definição da tática (isto é, do caminho) para se alcançar a transição ao socialismo requer que seus fundamentos sejam explicitados; precisa estar baseada em idéias conclusivas e objetivos claros, evitando excessos analíticos ou narrativos que podem levar à falta de clareza quanto ao foco. Idéias afirmativas e conclusivas, diz Renato Rabelo, permitem que o objetivo maior fique mais nítido no Programa. Isto é o essencial, afirmou. É preciso delinear em seus traços mais importantes o caminho a ser percorrido, deixando clara a relação entre ele e o objetivo maior, entre a tática e a estratégia. Nesse sentido, ''o programa deve ser um fator mobilizador do Partido e dos trabalhadores''.
. Leia a matéria na íntegra http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57608
PCdoB quer programa para mobilizar partido e trabalhadores
. A 13ª Reunião do Comitê Central do Partido Comunista do Brasil, realizada dias 6 e 7, convocou o 12º Congresso partidário, marcado para novembro deste ano. Aprovou ainda uma Política de Quadros para nosso tempo e também as propostas de Teses, de Resolução Política para o Congresso, de Normas Congressuais e atualização do Estatuto do partido.
. O Partido Comunista do Brasil vai para seu 12° Congresso imbuído da necessidade de mudar seu programa para fazer dele um instrumento capaz de mobilizar o Partido e os trabalhadores. Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB manifestou esta convicção na abertura da 13ª reunião do Comitê Central do Partido, no sábado, em São Paulo.
. Para o debate congressual a proposta de Normas Congressuais inclui a edição da Tribuna de Debates, que será publicada a partir de 15 de julho, na Classe Operária e no portal do partido na internet (http://www.pcdob.org.br/).
. Renato Rabelo apresentou, na intervenção inaugural desta reunião, os projetos de Programa Socialista e de Resolução Política, enfatizando que a renovação do programa não vai alterar sua essência, que continua a mesma do programa atual do Partido. Ele é, e continuará sendo, disse, um programa socialista cuja atualização leva em conta a situação atual do Brasil e do mundo.
Recomposição entre tática e estratégia - O aspecto principal da mudança, ressaltou, envolverá uma recomposição entre tática e estratégia. É preciso colocar o programa de cabeça para cima, disse, alertando que o programa atual tem sua parte estratégica muito desenvolvida, com grande detalhamento do que seria o almejado sistema socialista. Este é um erro pois envolve ou a especulação sobre um futuro que ainda não conhecemos, ou a cópia de experiências externas, disse.
. O objetivo estratégico, pensa Renato Rabelo, é um rumo, um norte, ''e pouco sabemos sobre ele'' pois é uma realidade que ainda não foi vivida no Brasil. Diferente da tática, ''que conhecemos; estão diante de nós os desafios, a correlação de forças'' dentro da qual o Partido atua. O programa, disse ele, ''situa o objetivo estratégico definindo sua essência; não é possível ir além disso''.
. A proposta de um novo Programa Socialista está dividida em dois grandes blocos: um conjunto introdutório e o programa propriamente dito. Na parte inicial, faz uma relação objetiva entre o sistema capitalista e o sistema socialista, trata das realidades mundial e brasileira e suas contradições, dando as linhas gerais do contexto em que são definidos os objetivos táticos e estratégicos e o caminho, compreendido a partir da correlação de forças e dos desafios que precisam ser enfrentados.
. A definição da tática (isto é, do caminho) para se alcançar a transição ao socialismo requer que seus fundamentos sejam explicitados; precisa estar baseada em idéias conclusivas e objetivos claros, evitando excessos analíticos ou narrativos que podem levar à falta de clareza quanto ao foco. Idéias afirmativas e conclusivas, diz Renato Rabelo, permitem que o objetivo maior fique mais nítido no Programa. Isto é o essencial, afirmou. É preciso delinear em seus traços mais importantes o caminho a ser percorrido, deixando clara a relação entre ele e o objetivo maior, entre a tática e a estratégia. Nesse sentido, ''o programa deve ser um fator mobilizador do Partido e dos trabalhadores''.
. Leia a matéria na íntegra http://www.vermelho.org.br/base.asp?texto=57608
Os desafios da UEP
. Uma opinião aguerrida, sensata e equilibrada. Em entrevista ao nosso site http://www.lucianosiqueira.com.br/, Virgínia Barros, nova presidente da União dos Estudantes de Pernambuco fala dos planos da entidade.
. Confira.
PT amplo e flexível?
. Nos jornais de hoje a informação de que o PT estaria disposto a apoiar candidatos a governador de outras legendas em seis dos estados mais importantes do país.
. Para reforçar a base de apoio à possível candidatura da ministra Dilma à presidência da República.
. A se confirmar o gesto – só em 2010 teremos a comprovação – o PT estará dado sinal de amadurecimento.
. Ninguém vence uma empreitada dessa magnitude sozinho. E para ter aliados é preciso abrir mão de postura hegemonista.
. Para reforçar a base de apoio à possível candidatura da ministra Dilma à presidência da República.
. A se confirmar o gesto – só em 2010 teremos a comprovação – o PT estará dado sinal de amadurecimento.
. Ninguém vence uma empreitada dessa magnitude sozinho. E para ter aliados é preciso abrir mão de postura hegemonista.
História: 8 de junho de 1978
Acaba a censura prévia à imprensa. Em 8 anos, ela proibiu até a Declaração de Independência dos EUA. Sufocou jornais como Opinião e Movimento. Fez O Estado de S. Paulo esgotar os versos dos Luisíadas, que colocava no lugar das matérias censuradas. A oposição em alta força o recuo, que por sua vez estimula mais rebeldias. (Vermelho http://www.vermelho.org.br/).