A batalha das redes sociais
Eduardo Bomfim
Com o surgimento das revoltas árabes, quando centenas de milhares de manifestantes tomaram as ruas do Cairo e das principais cidades de outros Países da região, consolida-se o fenômeno da geração das redes sociais que se espalhou pela Europa através do movimento dos indignados.
De lá para cá são crescentes as tentativas de interpretações dessa onda de concentrações coletivas que devem se espalhar pelos diversos continentes. Algumas delas atribuem a esse novo despertar das massas às revoluções tecnológicas contemporâneas associadas a uma espécie de militância de novo tipo.
Na verdade as multidões que vão sacudindo o velho continente estão se rebelando mesmo é contra as consequências da crise da nova ordem liberal que vai fazendo água por todos os lados inclusive onde os partidos socialistas governam e que também adotaram cortes no setor social e ajustes fiscais penalizando terrivelmente o mundo do trabalho e segmentos da classe média.
A taxa de desemprego, só na Espanha, já ultrapassa a faixa de 20% da população economicamente ativa e entre os jovens esse índice atinge o alarmante número de 40%. Assim, o Partido Socialista Espanhol foi massacrado nas recentes eleições porque sofreu a defecção do eleitor de esquerda justamente revoltado contra as medidas econômicas do governo socialista de Zapatero.
No Brasil, como que se antecipando à possibilidade dessas manifestações onde as redes sociais jogam destacado papel de convocação, o maior jornal conservador do País disparou um ensaio sobre o conteúdo ideológico dessas ferramentas e de um hipotético novo tipo de ativista, o anarquista cibernético, que é contra os sindicatos, os partidos e qualquer tipo de política. Foi o que tentou promover os EUA nas revoltas árabes.
Porém as redes sociais são ferramentas de comunicação, assim como o telefone, a Internet, e até como foi o telégrafo, à época. Todos foram ao seu tempo revoluções tecnológicas, e ponto. O decisivo mesmo são as idéias que se divulgam seja ao telefone, nas redes sociais, o que sai na Internet, nos jornais ou na TV etc.
Sem alternativas à falência da nova ordem mundial e a uma crise de civilização por ela mesmo erigida, os conservadores buscam uma saída contra a crescente insubordinação popular diante do desastre econômico e social provocado pelas políticas neoliberais. Para isso, tentam divulgar uma ideologia de escapismo desprovida de toda consciência política.
Na verdade as multidões que vão sacudindo o velho continente estão se rebelando mesmo é contra as consequências da crise da nova ordem liberal que vai fazendo água por todos os lados inclusive onde os partidos socialistas governam e que também adotaram cortes no setor social e ajustes fiscais penalizando terrivelmente o mundo do trabalho e segmentos da classe média.
A taxa de desemprego, só na Espanha, já ultrapassa a faixa de 20% da população economicamente ativa e entre os jovens esse índice atinge o alarmante número de 40%. Assim, o Partido Socialista Espanhol foi massacrado nas recentes eleições porque sofreu a defecção do eleitor de esquerda justamente revoltado contra as medidas econômicas do governo socialista de Zapatero.
No Brasil, como que se antecipando à possibilidade dessas manifestações onde as redes sociais jogam destacado papel de convocação, o maior jornal conservador do País disparou um ensaio sobre o conteúdo ideológico dessas ferramentas e de um hipotético novo tipo de ativista, o anarquista cibernético, que é contra os sindicatos, os partidos e qualquer tipo de política. Foi o que tentou promover os EUA nas revoltas árabes.
Porém as redes sociais são ferramentas de comunicação, assim como o telefone, a Internet, e até como foi o telégrafo, à época. Todos foram ao seu tempo revoluções tecnológicas, e ponto. O decisivo mesmo são as idéias que se divulgam seja ao telefone, nas redes sociais, o que sai na Internet, nos jornais ou na TV etc.
Sem alternativas à falência da nova ordem mundial e a uma crise de civilização por ela mesmo erigida, os conservadores buscam uma saída contra a crescente insubordinação popular diante do desastre econômico e social provocado pelas políticas neoliberais. Para isso, tentam divulgar uma ideologia de escapismo desprovida de toda consciência política.
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