TROCAR o Face a Face pelo Facebook?
Jomard Muniz de Britto, jmb
Em nome da verdade mais precária
alerto aos navegantes da internet que
tudo não passa de alegria febril da
cineasta Luci Alcântara talvez tentando
tornar-me contemporâneo, ó tolice!
quando muito melhor é ser extemporâneo.
Na condição de IMpaciente de todas
pressões comunicantes fico instigando
a solidão de leituras, caminhadas libertas
do Parque 13 de maio ao Gato Que Ri.
Conversações quase analíticas com
amigos intergeracionais. Precariedade
nas interações digitais. A favor das
palavras de ordem e desordens afetivas.
Não consigo ler poemas nem ensaios,
sem imprimí-los. Biblioteca não suporta
papeis avulsos e compulsivos diários.
LUTAR SEMPRE. DESISTIR NUNCA
no Grito dos Excluídos. Mais bicicletas,
menos automóveis. Alegoria de uma jovem
representando o planeta sem opressões
nem corrupções. Utopia necessária para
transparências. Cidadães exigências.
Ao pensar a poeticidade através de tudo:
das elucubrações (palavra horrenda!)
filosofantes às aliterações desses
íntimos atentados... transparentes?
Desejos desejantes impedem oportunistas
trocatrocas e trocadilhos: dos Partidos
enquanto lojas de conveniência.
Impossível trocar a compaixão vivida
pelo Dalai Lama com o ludismo sapiencial
de Vavá Schön Paulino, tão brasilírico.
Demasiado trocar a poeira cósmica pelo
mapa do céu dos astrólogos. Mais ainda
o outono do medo pelo verão luminoso
das biodiversidades.
Incluir "o bando de tietes da net" no
bandido da luz vermelha de Helena
Ignês Sganzerla.
Maior do que o nome - Glauco César de
Lima e Silva Segundo - o sucesso
arcoverdejante do jovem pianista na
Jornada Literária /Portal do Sertão/SESC-PE.
Jussara Salazar e João Urban
ultrapassando Polônias, Caruarus e
Curitiba para inaugurar travessias
na pele da moça Maria das muitas
Graças, santa e pomba-gira, mistérios
da religiosidade que outros experimentam
desconstruir pela retórica fenomenológica.
Jamais trocar o quase da invenção
pelo talvez das depressões ideológicas.
Conectar o rigor da transparência com
a plena fruição das cidadanias.
Recife, setembro de 2011.