Luciano Siqueira
Se possível, um milhão de amigos. Amigos em diversas
gradações: aqueles e aquelas com quem a gente guarda empatia e convergência em
torno das coisas da vida, no trabalho, na vizinhança, no círculo familiar; e os
mais próximos, amigos-irmãos que se fazem nossos confidentes ao longo da vida.
Afeição, simpatia, identidade e ternura – sentimentos que se aproximam da cumplicidade e dão a medida do tamanho da amizade que às vezes ultrapassa os chamados laços de sangue. “Puxa, tantos anos sem nos vermos e parece que conversamos ontem!”
“A amizade é um amor que nunca morre”, ensina o poeta Quintana. Porém tal como uma grande relação de amor, amizades também perecem sob a pressão da competição egoísta ou do ciúme mórbido. Esse amigo de vocês – que cultiva amizades como quem lapida uma pedra preciosa – já provou o prazer da conquista de inúmeros amigos e amigas e também experimentou o fel de amizades desfeitas. Ou, melhor dizendo, de falsas amizades cultivadas.
A gente acredita na sinceridade da palavra, na autenticidade do gesto; dialoga; troca experiências e ideias; soma esforços numa mesma direção – e eis que o vírus da deslealdade corrói o que parecia saudável. Chega o momento em que você repete Chico Buarque na bela canção: “Olhos nos olhos,/Quero ver o que você faz/Ao sentir que sem você eu passo bem demais...”.
Passadas décadas, a vida bem vivida me ensinou a usar uma trena imaginária que me permite, por precaução, medir o tamanho das amizades – para não ir tão longe com quem suscita dúvida ou para percorrer a estrada larga da cumplicidade com quem inspira confiança.
A trena tem funcionado, com raros desvios. De muitos, aprendi a esperar pouco e assim tem sido possível conviver harmonicamente. De uns poucos, espero muito e tenho obtido mais ainda. Aqui e acolá alguém escapa ao crivo da trena e me prega uma peça: envereda pela deslealdade e pela maledicência com o mesmo ímpeto com que se esconde deixando o rabo visível. Resta seguir em frente, deixando ao largo quem prefere outro caminho.
Mas a vida também tem ensinado a buscar pacientemente as boas amizades, sem desistir diante do primeiro desencontro. Aprendendo com Cora Coralina: “Se temos de esperar,/que seja para colher a semente boa/que lançamos hoje no solo da vida./Se for para semear,/então que seja para produzir/milhões de sorrisos,/de solidariedade e amizade.” (Publicado no portal Vermelho).
Afeição, simpatia, identidade e ternura – sentimentos que se aproximam da cumplicidade e dão a medida do tamanho da amizade que às vezes ultrapassa os chamados laços de sangue. “Puxa, tantos anos sem nos vermos e parece que conversamos ontem!”
“A amizade é um amor que nunca morre”, ensina o poeta Quintana. Porém tal como uma grande relação de amor, amizades também perecem sob a pressão da competição egoísta ou do ciúme mórbido. Esse amigo de vocês – que cultiva amizades como quem lapida uma pedra preciosa – já provou o prazer da conquista de inúmeros amigos e amigas e também experimentou o fel de amizades desfeitas. Ou, melhor dizendo, de falsas amizades cultivadas.
A gente acredita na sinceridade da palavra, na autenticidade do gesto; dialoga; troca experiências e ideias; soma esforços numa mesma direção – e eis que o vírus da deslealdade corrói o que parecia saudável. Chega o momento em que você repete Chico Buarque na bela canção: “Olhos nos olhos,/Quero ver o que você faz/Ao sentir que sem você eu passo bem demais...”.
Passadas décadas, a vida bem vivida me ensinou a usar uma trena imaginária que me permite, por precaução, medir o tamanho das amizades – para não ir tão longe com quem suscita dúvida ou para percorrer a estrada larga da cumplicidade com quem inspira confiança.
A trena tem funcionado, com raros desvios. De muitos, aprendi a esperar pouco e assim tem sido possível conviver harmonicamente. De uns poucos, espero muito e tenho obtido mais ainda. Aqui e acolá alguém escapa ao crivo da trena e me prega uma peça: envereda pela deslealdade e pela maledicência com o mesmo ímpeto com que se esconde deixando o rabo visível. Resta seguir em frente, deixando ao largo quem prefere outro caminho.
Mas a vida também tem ensinado a buscar pacientemente as boas amizades, sem desistir diante do primeiro desencontro. Aprendendo com Cora Coralina: “Se temos de esperar,/que seja para colher a semente boa/que lançamos hoje no solo da vida./Se for para semear,/então que seja para produzir/milhões de sorrisos,/de solidariedade e amizade.” (Publicado no portal Vermelho).
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