A viragem necessária
Eduardo Bomfim, no Vermelho
vermelho.org.br
Vivenciamos um contexto que vem
acumulando uma série de fatores negativos extremados provocando um cenário
adverso às condições de vida dos cidadãos, povos e nações seja em função do
agravamento da crise capitalista tanto como do modelo civilizatório imposto nas
últimas décadas pelas forças do Mercado financeiro.
É instigante a afirmação do editorial no Observatório da
Imprensa escrito pelo jornalista Alberto Dines, de que: vivemos numa espécie de
Estado Digital - e global, sob a batuta do capital especulativo, acrescento -
composto por segmento ativíssimo, pretensamente ilustrado, autocentrado,
absolutamente impermeável às dúvidas, massificado, monolítico que não admite
ponderações ou nuances, “tudo irremediavelmente claro e equivocado” segundo o
poeta Affonso Romano de Santana.
São condições propícias ao ressurgimento de um nazifascismo
adequado à continuidade das políticas neoliberais, às diretivas da Nova Ordem
mundial, que apesar do crescente protagonismo dos Países que compõem o Brics,
Brasil, Rússia, índia, China e África do Sul, ainda mantém sob imposições
fatídicas a supremacia conquistada no inicio dos anos 90 passados.
É um conflito que exige desenlace objetivo entre o velho que
carrega consigo um oceano de guerras de rapina, decréscimo dos grandes valores
universais, crise civilizacional, que teima em permanecer dominante versus o
que é a alternativa concreta para novas relações geopolíticas efetivamente
democráticas, civilizadas, mas que não acumulou ainda as condições necessárias
para a viragem necessária.
Através do emprego de todas as formas possíveis de
instrumentos de chantagem e coerção para manter-se hegemônica a Nova Ordem e o
capital rentista com seus recorrentes ataques especulativos contra as nações,
como ocorreu com o Brasil dias atrás, é que se aguçam os elementos de
confrontos e crise de uma Ordem falida, selvagem, com traços fascistóides,
belicistas, intolerantes contra a emergência dos anseios democráticos dos
Países, comunidades e cidadãos.
Ao Brasil que nos últimos meses vive um processo de
desestabilização estimulado interna e externamente cabe lutar pela sua
soberania, os valores democráticos, a legalidade constitucional, todos sob
graves ameaças, e um novo projeto estratégico de desenvolvimento econômico, social.
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