As missões de paz no Brasil
Aldo
Rebelo, no portal Vermelho
A
Fragata Independência, navio de guerra da Marinha do Brasil, deixou o País para
ser a nau-capitânia da Força Interina da Organização das Nações Unidas no
Líbano, uma das nove áreas do planeta onde as Forças Armadas brasileiras
comandam ou participam da tarefa delegada pela ONU de garantir segurança e
prevenir conflitos. A missão mais conhecida é a do Haiti, mas estamos também,
além do Líbano, na Libéria, Chipre, Costa do Marfim, Saara Ocidental, Sudão,
Sudão do Sul e Congo.
O Brasil participa das missões
de paz e humanitárias da ONU desde 1947, quando enviou observadores militares
aos Bálcãs, na Europa. Dez anos depois, tropas brasileiras integraram a Força
de Emergência na região do Canal de Suez, no Egito. Exército, Marinha e
Aeronáutica já participaram de 30 missões da ONU, enviando 27 mil militares ao
Exterior.
Os batalhões de paz da ONU se
encarregam de garantir a segurança e a normalidade institucional do país ou de
uma região onde sejam fortes a violência civil ou a instabilidade política e
até ocorrem conflitos, como no Líbano, onde a Marinha do Brasil desempenha um
papel essencial na patrulha do Mar Mediterrâneo, coibindo o contrabando de
armas e ao mesmo tempo treinando os marinheiros libaneses. No Haiti, onde
estamos desde 2004, a missão é de estabilização. Nossos militares asseguram paz
à população e participam ativamente da reconstrução da infraestrutura do país
devastada pelo terremoto de 2010.
Os comandos militar no Haiti e
naval no Líbano são brasileiros e coordenam tropas enviadas por vários países.
Antes reservadas às nações que dividiram o mundo, essas lideranças atestam o
protagonismo do País no cenário internacional. O Brasil já está na direção de
duas organizações importantes, a das Nações Unidas para Alimentação e
Agricultura (FAO) e a Mundial do Comércio (OMC), credenciando-se
progressivamente a ocupar um lugar destacado na geopolítica mundial.
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