Luciano Siqueira
Durante todo dia de ontem, em contatos pessoais, telefônicos
e pelas redes sociais, muitas pessoas se dizem inseguras quanto que pode
acontecer após a votação do impeachment domingo.
A preocupação é válida, natural e compreensível. Não há uma
bola de cristal que nos possa esclarecer desde já o desdobramento da votação na
Câmara dos Deputados. Mas é certo que, seja qual for o resultado, no dia
seguinte inauguraremos novo quadro político do país.
Se vencermos, será o momento de se trabalhar rápido e de
modo eficiente em prol de um novo pacto,
envolvendo as forças vivas da nação, independentemente da posição que hoje
tenham em relação ao governo, tendo como objetivo preservar a ordem democrática
e retomar o desenvolvimento do país.
Nesse caso, à presidenta Dilma e as forças políticas aliadas
cabe uma atitude livre de qualquer preconceito ou sectarismo, no sentido de
agregar a esse pacto até mesmo correntes políticas e segmentos sociais dentre os
que têm se posicionado a favor do impeachment.
Se o resultado for negativo, a luta seguirá até a votação no
Senado. E se no Senado um resultado negativo viesse a se confirmar, a luta
continuará de imediato — seja no combate ao governo ilegítimo que terá se
constituído, seja na mobilização de forças políticas e sociais para obter conquistas
expressivas nas eleições municipais de outubro, de modo acumularmos forças para
o próximo pleito presidencial.
Assim, no domingo nada termina, haverá uma flexão nos termos
do conflito entre os que querem prosseguir as mudanças no país versus os que
pretendem retornar o modelo neoliberal que arar dimensão maior.
Todos nós devemos estar preparados para as duas hipóteses.
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