05 abril 2016

Avaliação sensata

O centro não morreu
Nilson Velazquez*[foto]

Embora a crise política faça pensar que, por conta do estágio da luta de classes que ela representa, a luta é, agora, protagonizada por uma forma mecanicista entre apenas os dois pólos antagonistas, há muitos atores que ainda podem ser conquistados.
A história do Brasil atesta como o centro cumpre o papel de fiel da balança. 
Nesse sentido, é salutar frisar que, no momento atual, consideráveis setores do centro flertam com as opiniões mais à direita e até fascistas. Mas engana-se quem acha que essa disputa será travada no campo dos "de cá" contra os "de lá".
A saída do PMDB, em que pese na "tese", represente uma forte déblâcle para o governo - mesmo que o PMDB nunca tenha entregado o que vendeu - abre oportunidades de diálogos com outros setores do centro.
O centro, embora tenha no PMDB sua mais forte caricatura, não tem só ele para se alojar. Aloja-se, inclusive, nos partidos de esquerda.
Negar, portanto, a importância desses atores é rumar ao suicídio. 
A gravidade política nos exige amplitude para garantir o mínimo, o essencial, para podermos dar passos largos adiante.
*Professor, secretário de Formação e Propaganda do Comitê Estadual do PCdoB/Pernambuco

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