Eduardo
Bomfim, no Vermelho
A jornalista Tereza Cruvinel em
sua coluna referiu-se ao correspondente Pepe Escobar estudioso em geopolítica
global. Segundo ele “o golpe em curso no Brasil é uma operação tipo guerra
híbrida”.
Essa recente, sofisticada, forma de guerra contra os povos
vem se intensificando em várias regiões do mundo. E aqui assumiu feição aberta
desde as manifestações em 2013.
Acumulam-se fatos que apontam a presença do Departamento de
Estado dos EUA no golpe que se desenrola no País fartamente denunciados pelo
ex-agente da NSA norte-americana Edward Snowden ao afirmar: nos últimos anos o
Brasil tem sido a nação mais espionada do mundo.
A estratégia de desestabilização, do tipo guerra híbrida,
abrange os terrenos político, econômico, as instituições republicanas, a
apropriação das riquezas naturais, como as imensas reservas do pré-sal
brasileiro etc.
Em nosso caso, além das tempestades digitais virais,
objetivam ações contra a legalidade democrática, o enfraquecimento do
sentimento patriótico, a fragilização da soberania, deslocar o Brasil do campo
do Brics, desmantelar o Estado nacional etc.
Já a crise institucional tem como ponto alto, até agora, a
ação golpista que acedeu licença para o impedimento da presidente Dilma
Rousseff via Câmara dos deputados. A luta democrática segue no Senado.
Mas o nervo exposto do putsch é o governo Temer que tem
provocado a rejeição de largos setores democráticos, legalistas, que cresce
todos os dias nas ruas ou através de manifestos públicos.
O governo Temer, interino, ilegítimo, é resultante de uma
das mais grotescas conspirações da História republicana cuja dependência à
grande mídia e ao capital financeiro é absoluta.
Imerso em contradições diárias, exoneração de ministros,
investigações jurídico-policiais, sem base social, rejeição interna, externa, o
governo interino prenuncia um vácuo de poder.
Torna-se essencial a constituição de uma plataforma em
defesa da nação e da democracia que aglutine anseios de dezenas de milhões de
brasileiros.
Que seja ampla, suprapartidária, envolva personalidades
nacionais destacadas, partidos políticos, associações, religiosos, sindicatos
etc.
Indique, via plebiscito, eleições presidenciais antecipadas,
com políticas e programa para superar a crise das instituições da República que
avança desembestada.
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