A recente
decisão da Justiça, de anular a condenação dos réus do chamado “buraco do
Metrô”, escondeu um escândalo ainda maior. Os réus eram funcionários menores
das três empreiteiras envolvidas – Odebrecht, Camargo Correia e OAS.
Fontes que acompanharam
as investigações, na época, contam que a intenção inicial do Ministério Público
Estadual era indiciar os presidentes das companhias. Houve uma árdua negociação
política, conduzida por instâncias superiores do Estado, que acabou permitindo
que as empreiteiras indicassem funcionários de escalão inferior. O custo da
operação teria sido de R$ 15 milhões, divididos irmãmente entre as três
empreiteiras.
O governador da época
era José Serra.
Na Operação Castelo de
Areia (que envolveu a Camargo Correia, e que foi anulada graças a um trabalho
político do advogado Márcio Thomas Bastos) havia indícios veementes do
pagamento de R$ 5 milhões pela empreiteira. Agora, a delação da Odebrecht
menciona quantia similar. Interromperam a delação do presidente da OAS, mas não
seria difícil que revelasse os detalhes.
São bolas quicando na
área do PSDB e que dificilmente serão aproveitadas pela Lava Jato ou pelo PGR.
(Luís Nassif, no Jornal GGN)
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